Jean Wyllys de Matos Santos é um sujeito tranquilo, bem humorado, que defende idéias sem alterar a voz, as mais complexas, as mais simples, baiano, enfim. Ri, como todos os baianos, da pecha da preguiça, como assim nomeiam os sulistas um sentimento que lhes é desconhecido: a ausência de angústia. Homossexual assumido, Jean cerra fileiras no pequeno e combativo PSOL, a única trincheira radical efetivamente ativa na política brasileira. E é justamente no Congresso Nacional que o deputado Jean Wyllys, eleito pelos cidadãos fluminenses, tem se movimentado numa briga dura de direitos civis, a luta contra a homofobia.
Cerca de 200 homossexuais são assassinados no Brasil, anualmente, exclusivamente por serem gays. Entre eles, muitos adolescentes.
Mas o Brasil tem pavor de discutir esse assunto, inclusive no Congresso, onde o discurso machista une sindicalistas a ruralistas, em maior ou menor grau, mas, sobretudo, tem como aliado as bancadas religiosas, unidas em uma cruzada evangélica. Os neopentecostais, como se sabe, acreditam na cura da homossexualidade, uma espécie de praga do demônio capaz de ser extirpada como a um tumor maligno. O mais incrível, no entanto, não é o medievalismo dessa posição, mas o fato de ela conseguir interditar no Parlamento não só a discussão sobre a criminalização da homofobia, mas também o direito ao aborto e a legalização das drogas. Em nome de uma religiosidade tacanha, condenam à morte milhares de brasileiros pobres e, de quebra, mobilizam em torno de si e de suas lideranças o que há de mais lamentável no esgoto da política nacional.
Jean Wyllys se nega a ser refém dessa gente e, por isso mesmo, é odiado por ela. Contra ele, costumam lembrar-lhe a participação no Big Brother Brasil, o inefável programa de massa da TV Globo, onde a debilidade humana, sobretudo a de caráter intelectual, é vendida como entretenimento. Jean venceu uma das edições do BBB, onde foi aceito por ser um homossexual discreto, credenciado, portanto, para plantar a polêmica, mas não de forma a torná-la um escândalo. Dono de um discurso político bem articulado, militante da causa gay e intelectualmente superior a seus pares, não só venceu o programa como ganhou visibilidade nacional. De repórter da Tribuna da Bahia, em Salvador, virou redator do programa Mais Você, de Ana Maria Braga, mas logo percebeu que isso não era, exatamente, uma elevação de status profissional.
Na Câmara dos Deputados, Jean Wyllys, 36 anos, baiano de Alagoinhas, tornou-se a cara da luta contra a homofobia no Brasil, justamente num momento em que se discute até a criminalização do bullying. Como se, nas escolas brasileiras, não fossem os jovens homossexuais o alvo principal das piores e mais violentas “brincadeiras” perpetradas por aprendizes de brucutus alegremente estimulados pelo senso comum. Esses mesmos brucutus que, hoje, ligam para o gabinete do deputado do PSOL para ameaçá-lo de morte.
Abaixo, a íntegra de uma carta escrita por Jean ao Jornal do Brasil, por quem foi acusado, por um colunista do JB Wiki (seja lá o que isso signifique), de “censurar cristãos”. O texto é uma pequena aula de civilidade e História. Vale à pena lê-lo:
Em primeiro lugar, quero lembrar que nós vivemos em um Estado Democrático de Direito e laico. Para quem não sabe o que isso quer dizer, “Estado laico”, esclareço: O Estado, além de separado da Igreja (de qualquer igreja), não tem paixão religiosa, não se pauta nem deve se pautar por dogmas religiosos nem por interpretações fundamentalistas de textos religiosos (quaisquer textos religiosos). Num Estado Laico e Democrático de Direito, a lei maior é a Constituição Federal (e não a Bíblia, ou o Corão, ou a Torá).
Logo, eu, como representante eleito deste Estado Laico e Democrático de Direito, não me pauto pelo que diz A Carta de Paulo aos Romanos, mas sim pela Carta Magna, ou seja, pelo que está na Constituição Federal. E esta deixa claro, já no Artigo 1º, que um dos fundamentos da República Federativa do Brasil é a dignidade da pessoa humana e em seu artigo 3º coloca como objetivos fundamentais a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. A república Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos princípios da prevalência dos Direitos Humanos e repúdio ao terrorismo e ao racismo.
Sendo a defesa da Dignidade Humana um princípio soberano da Constituição Federal e norte de todo ordenamento jurídico Brasileiro, ela deve ser tutelada pelo Estado e servir de limite à liberdade de expressão. Ou seja, o limite da liberdade de expressão de quem quer que seja é a dignidade da pessoa humana do outro. O que fanáticos e fundamentalistas religiosos mais têm feito nos últimos anos é violar a dignidade humana de homossexuais.
Seus discursos de ódio têm servido de pano de fundo para brutais assassinatos de homossexuais, numa proporção assustadora de 200 por ano, segundo dados levantados pelo Grupo Gay da Bahia e da Anistia Internacional. Incitar o ódio contra os homossexuais faz, do incitador, um cúmplice dos brutais assassinatos de gays e lésbicas, como o que ocorreu recentemente em Goiânia, em que a adolescente Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, que, segundo a mídia, foi brutalmente assassinada por parentes de sua namorada pelo fato de ser lésbica. Ou como o que ocorreu no Rio de Janeiro, em que o adolescente Alexandre Ivo, que foi enforcado, torturado e morto aos 14 anos por ser afeminado.
O PLC 122 , apesar de toda campanha para deturpá-lo junto à opinião pública, é um projeto que busca assegurar para os homossexuais os direitos à dignidade humana e à vida. O PLC 122 não atenta contra a liberdade de expressão de quem quer que seja, apenas assegura a dignidade da pessoa humana de homossexuais, o que necessariamente põe limite aos abusos de liberdade de expressão que fanáticos e fundamentalistas vêm praticando em sua cruzada contra LGBTs.
Assim como o trecho da Carta de Paulo aos Romanos que diz que o “homossexualismo é uma aberração” [sic] são os trechos da Bíblia em apologia à escravidão e à venda de pessoas (Levítico 25:44-46 – “E, quanto a teu escravo ou a tua escrava que tiveres, serão das gentes que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas…”), e apedrejamento de mulheres adúlteras (Levítico 20:27 – “O homem ou mulher que consultar os mortos ou for feiticeiro, certamente será morto. Serão apedrejados, e o seu sangue será sobre eles…”) e violência em geral (Deuteronômio 20:13:14 – “E o SENHOR, teu Deus, a dará na tua mão; e todo varão que houver nela passarás ao fio da espada, salvo as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás para ti; e comerás o despojo dos teus inimigos, que te deu o SENHOR, teu Deus…”).
A leitura da Bíblia deve ensejar uma religiosidade sadia e tolerante, livre de fundamentalismos. Ou seja, se não pratica a escravidão e o assassinato de adúlteras como recomenda a Bíblia, então não tem por que perseguir e ofender os homossexuais só por que há nela um trecho que os fundamentalistas interpretam como aval para sua homofobia odiosa.
Não declarei guerra aos cristãos. Declarei meu amor à vida dos injustiçados e oprimidos e ao outro. Se essa postura é interpretada como declaração de guerra aos cristãos, eu já não sei mais o que é o cristianismo. O cristianismo no qual fui formado – e do qual minha mãe, irmãos e muitos amigos fazem parte – valoriza a vida humana, prega o respeito aos diferentes e se dedica à proteção dos fracos e oprimidos. “Eu vim para que TODOS tenham vida; que TODOS tenham vida plenamente”, disse Jesus de Nazaré.
Não, eu não persigo cristãos. Essa é a injúria mais odiosa que se pode fazer em relação à minha atuação parlamentar. Mas os fundamentalistas e fanáticos cristãos vêm perseguindo sistematicamente os adeptos da Umbanda e do Candomblé, inclusive com invasões de terreiros e violências físicas contra lalorixás e babalorixás como denunciaram várias matérias de jornais: é o caso do ataque, por quatro integrantes de uma igreja evangélica, a um centro de Umbanda no Catete, no Rio de Janeiro; ou o de Bernadete Souza Ferreira dos Santos, Ialorixá e líder comunitária, que foi alvo de tortura, em Ilhéus, ao ser arrastada pelo cabelo e colocada em cima de um formigueiro por policiais evangélicos que pretendiam “exorcizá-la” do “demônio”.
O que se tem a dizer? Ou será que a liberdade de crença é um direito só dos cristãos?
Talvez não se saiba, mas quem garantiu, na Constituição Federal, o direito à liberdade de crença foi um ateu Obá de Xangô do Ilê Axé Opô Aforjá, Jorge Amado. Entretanto, fundamentalistas cristãos querem fazer uso dessa liberdade para perseguir religiões minoritárias e ateus.
Repito: eu não declarei guerra aos cristãos. Coloco-me contra o fanatismo e o fundamentalismo religioso – fanatismo que está presente inclusive na carta deixada pelo assassino das 13 crianças em Realengo, no Rio de Janeiro.
Reitero que não vou deixar que inimigos do Estado Democrático de Direito tente destruir minha imagem com injúrias como as que fazem parte da matéria enviada para o Jornal do Brasil. Trata-se de uma ação orquestrada para me impedir de contribuir para uma sociedade justa e solidária. Reitero que injúria e difamação são crimes previstos no Código Penal. Eu declaro amor à vida, ao bem de todos sem preconceito de cor, raça, sexo, idade e quaisquer outras formas de preconceito. Essa é a minha missão.
Jean Wyllys (Deputado Federal pelo PSOL Rio de Janeiro)
19/04/2011 at 13:48
[…] A trincheira de Jean Wyllys […]
19/04/2011 at 13:48
[…] by Leandro Fortes O nome dele não é […]
19/04/2011 at 13:59
[…] do site “Brasilia eu vi”, de Leandro Fortes, que tem a honra de ser processado pelo ex-Supremo Presidente Supremo do […]
19/04/2011 at 14:26
[…] Fortes diz em seu post que o deputado, por defender a laicidade do Estado e os direitos civis, está sob ameaça de morte. Vá ler o belíssimo texto de Fortes: A trincheira de Jean Wyllys […]
19/04/2011 at 14:39
Esta briga religiosa tá transormando o Brasil em uma nova Irlanda do Norte
19/04/2011 at 15:31
Quanta lucidez!, vou usar esse texto para trabalhar na sala de aula. É digno de uma reflexão profunda, principalmente na escola pública (laica) em que trablho onde toda a equipe diretiva é praticante de uma mesma religião (Batista)e, tenta impor essa crença, na marra, usando a máquina do Estado.
19/04/2011 at 23:16
Concordo com vc. Eu também vou usá-lo em minhas aulas.
Att
20/04/2011 at 10:40
Parabéns professora… a escola é diversa como a sociedade e é dever do educador contirbuir para quebra de esteriótipos e preconceitos.
19/04/2011 at 15:33
Este é o Brasil…Estado Laico, em que um Deputado esclarecido como o Jean Wyllys tem que falar deste Estado Laico e de Liberdade Sexual frente a imagem de cristo no centro da Câmara dos Deputados…Está na hora de o Brasil tornar-se de uma vez por todas independente de qualquer dogma religioso que só atrasa o processo de desenvolvimento como um estado forte, de direitos, e com liberdade de crença ou descrença…
19/04/2011 at 16:04
Um Estado que tem “Deus” no preâmbulo da sua Constituição é laico?
20/04/2011 at 01:06
É.
21/08/2011 at 13:02
Que Deus? Leia o resto e saberá.
19/04/2011 at 16:07
Nossa!!!! Tem que ser muito “macho” para esta briga!!!!
No sentido de ousado e combativo.
19/04/2011 at 17:11
O deputado JEAN WYLLYS nos orgulha enquanto humanos. No meio de tanto lixo (inclusive no Congr Nacional) este rapaz destaca-se, brilha intensamente junto com Brizola Neto e Luiza Erundina, entre outros.
E pensar que foi “revelado” num BBB(5), no coração do inimigo global!
Muito AXÉ, Jean!
19/04/2011 at 18:36
Vamos Lembrar do deoutado Antonio Raguffe, um exemplo a ser seguido no congresso.
20/04/2011 at 20:25
Não é.
19/04/2011 at 17:20
Jean Wyllys tem se revelado um dos melhores parlamentares dessa legislatura! É o do tipo que honra e respeita os votos que recebeu! Espécime raro na fauna brasiliense! Está de parabéns!
19/04/2011 at 18:07
Carta aos Fundamentalistas
E-mail enviado por um estudante de teologia de Boston para Laura Schlessinger, uma personalidade do rádio americano que distribui conselhos para pessoas que ligam para seu show. Recentemente ela disse que a homossexualidade é uma abominação de acordo com Levíticos 18:22 e não pode ser perdoada em qualquer circunstância. O texto abaixo é uma carta aberta para Dra. Laura, escrita por um cidadão americano e também disponibilizada na
Internet”.
“Cara Dra. Laura,
Obrigado por ter feito tanto para educar as pessoas no que diz respeito à Lei de Deus. Eu tenho aprendido muito com seu show, e tento compartilhar o conhecimento com tantas pessoas quantas posso. Quando alguém tenta defender o homossexualismo, por exemplo, eu simplesmente o lembro que Levítico 18:22 claramente afirma que isso é uma abominação. Fim do debate. Mas eu preciso de sua ajuda, entretanto, no que diz respeito a algumas leis específicas e como seguí-las:
a) Quando eu queimo um touro no altar como sacrifício, eu sei que isso cria um odor agradável para o Senhor (Levítico 1:9). O problema
são os meus vizinhos. Eles reclamam que o odor não é agradável para eles. Devo matá-los por heresia?
b) Eu gostaria de vender minha filha como escrava, como é permitido em Êxodo 21:7. Na época atual, qual você acha que seria um preço justo por ela?
c) Eu sei que não é permitido ter contato com uma mulher enquanto ela está em seu período de impureza menstrual (Levítico 15:19-24). O problema é: como eu digo isso a ela ? Eu tenho
tentado, mas a maioria das mulheres toma isso como ofensa.
d) Levíticos 25:44 afirma que eu posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres, se eles forem comprados de nações vizinhas. Um amigo meu diz que isso se aplica a mexicanos, mas não a canadenses. Você pode esclarecer isso? Por que eu não posso possuir canadenses?
e) Eu tenho um vizinho que insiste em trabalhar aos sábados. Êxodo 35:2 claramente afirma que ele deve ser morto. Eu sou moralmente obrigado a matá-lo eu mesmo?
f) Um amigo meu acha que mesmo que comer moluscos seja uma abominação (Levítico 11:10), é uma abominação menor que a homossexualidade. Eu não concordo. Você pode esclarecer esse ponto?
g) Levíticos 21:20 afirma que eu não posso me aproximar do altar de Deus se eu tiver algum defeito na visão. Eu admito que uso óculos para ler. A minha visão tem mesmo que ser 100%, ou pode-se dar um jeitinho?
h) A maioria dos meus amigos homens apara a barba, inclusive o cabelo das têmporas, mesmo que isso seja expressamente proibido em Levíticos 19:27. Como eles devem morrer?
i) Eu sei que tocar a pele de um porco morto me faz impuro (Levítico 11:6-8), mas eu posso jogar futebol americano sem usar luvas? (as bolas de futebol americano são feitas com pele de porco)
Obrigado novamente por nos lembrar que a palavra de Deus é eterna e imutável.
Seu discípulo e fã ardoroso.”
19/04/2011 at 18:10
Desculpem esqueci o link:
Carta aos Fundamentalistas
http://planetaignis.blogspot.com/2011/04/obedecer-ou-desobedecer-eis-questao.html
19/04/2011 at 18:36
[…] [retirado do blog https://brasiliaeuvi.wordpress.com/2011/04/19/a-trincheira-de-jean-wyllys/#comment-6702 ] […]
26/05/2011 at 12:25
A DECISÃO DO STF SOBRE A UNIÃO HOMOSSEXUAL E A VIOLAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO
Recentemente (Maio de 2011), no mês do dia das mães, o STF decidiu a favor da equiparação da união homossexual à união estável (entidade familiar), que, por sua vez, já era reconhecida pela Constituição. Uma vez que a união estável mencionada na Constituição é entre HOMEM e MULHER (art. 226, parágrafo 3o da Constituição), não poderia ser a união homossexual equiparada a ela em hipótese alguma. É interessante observar que uma união incestuosa entre um irmão e uma irmã atenderia a definição da Constituição de união estável, mas não é admitida como união estável por impedimento legal. A união homossexual, todavia, desatende tanto a definição constitucional de união estável como viola a regulamentação legal.
A Constituição diz que a finalidade da proteção dada à união estável é “facilitar sua conversão em casamento” (art. 226, parágrafo 3o da Constituição). Atualmente, porém, ainda não há casamento civil entre homossexuais. Como poderia, então, haver união estável de homossexuais?
O STF alega ter feito uma analogia entre a união homossexual e a união estável da Constituição. Isso, porém, não seria possível por duas razões. Em primeiro lugar, a regra é o casamento e a união estável é a exceção. Uma das regras da hermenêutica jurídica é a que diz que “as exceções são de interpretação estrita”, ou seja, não cabe analogia em Direito excepcional. Em segundo lugar, o tema da família é de grande interesse público (art. 226 da CF: “A família, BASE DA SOCIEDADE, TEM ESPECIAL PROTEÇÃO DO ESTADO”). Normas cuja matéria envolve grande interesse público são cogentes e taxativas (numerus clausus). O raciocínio cabível a essas normas não é o raciocínio a simile (que procura casos análogos por semelhança), mas, sim, o raciocínio a contrário sensu (que trata com exclusão ou de modo inverso às situações não previstas).
A regulação do casamento e da união estável não tem em vista a simples proteção dos parceiros, mas, antes, a proteção da família constituída. Como, porém, podemos falar em família homossexual se a união homossexual é biologicamente infértil?
Falar em adoção por “casais” homossexuais é um descalabro. Um casal heterossexual (que biologicamente poderia ter filhos) reúne as condições naturais para se colocar de modo análogo a uma família com um adotando. Um solteiro (a) heterossexual poderia adotar na condição análoga a de um viúvo (a) ou de uma mãe solteira, embora a existência de um casal (heterossexual) sempre deveria ter preferência. Os psicólogos sabem que a figura de um pai (masculino) e de uma mãe (feminino) faz parte do que uma criança precisa para formar uma personalidade sadia. Um cristão diria que o Criador sábio fez as coisas assim, enquanto um evolucionista ateu diria que a natureza impessoal é que é “sábia”. O evolucionista coerente teria que reconhecer que a união homossexual não promove a evolução da espécie, pois a sua generalização implicaria na própria extinção da espécie.
Não estou sugerindo aqui repressão aos homossexuais ou a negação de seus direitos como pessoa humana em função de sua orientação sexual. O que estou colocando é uma análise da instituição da família (estrutura e fim) para mostrar que não faz sentido falar em casamento gay. Entre os gregos, havia muita homossexualidade, mas eles nunca cogitaram de um casamento homossexual.
Eu não vejo como uma união homossexual pode ser a “Base da Sociedade” (art. 226 da CF) se a sua generalização acabaria com a sociedade e a própria continuidade da espécie humana. Não vejo porque ela deveria ter a “Proteção do Estado”, embora esteja disposto a lutar para que o homossexual, enquanto pessoa humana, receba a plena proteção individual.
Acerca ainda da adoção de crianças por parceiros homossexuais, eu observaria também que nós precisamos lembrar dos direitos da criança e do adolescente. O Estatuto da Criança e do Adolescente diz:
“A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.”
O artigo 7o fala em “desenvolvimento sadio e harmonioso” da criança. Ora, uma criança adotada sempre enfrenta dificuldades para entender que não é filha biológica de seus pais adotivos. Agora, imagine para ela entender que não tem pais heterossexuais. Tente por um pouco de tempo pensar no vexame dessas crianças. Pense no prejuízo psicológico que causa a violação de uma lei da natureza, pois o normal seria uma criança ter vindo de um pai e uma mãe, sendo adoção feita por um casal heterossexual uma tentativa (com dificuldades) de se aproximar do modelo natural.
Não nos deixemos aqui levar pela mídia. Há muitas reportagens feitas pela televisão que procuram apresentar quadros de “felicidade” em situações em que homossexuais criaram um filho. A coisa é tão falsa que tais representações fazem aparentar que há mais harmonia nessas psdeudofamílias do que em famílias convencionais e que o adotando sequer enfrentou os problemas habituais resultante de não conhecer os seus pais biológicos.
A aceitação do “casamento” gay levará muitos casais homossexuais a se precipitarem em adoções para provar a sociedade que podem ser uma família. Isso será um desastre.
Eu defendo o respeito às minorias, mas não posso aceitar que a minoria tenha o direito de criar a “cara” da sociedade. No início, os movimentos de causa gay militaram pela união homossexual em nome de direitos patrimoniais para os parceiros homossexuais, mas o dinheiro e os bens nunca deveriam ser a base do casamento ou motivos para alterações substanciais no Direito de Família. Lembro-me de ter aprendido na Faculdade que o Direito de Família diferencia-se dos Direitos Obrigacional e Real por não ser de fundo patrimonial. Assim, os homossexuais poderiam resolver o problema de seu patrimônio comum no âmbito do Direito Obrigacional e Real por meio de formas contratuais. Ao perceberem esse argumento, porém, os homossexuais começaram a falar em adoção de filhos, “igrejas” de homossexuais, cerimônias “matrimoniais” entre homossexuais, tudo para forçar a barra. Eles descobriram que qualquer aberração pode ser conseguida através de militância, pressão e barganha no mundo corrupto de hoje.
Os homossexuais organizados querem remover a igreja da discussão sobre o tema da união gay. Porque, entretanto, os movimentos homossexuais recusam opiniões religiosas na esfera pública, mas usam a compreensão de casamento monogâmico cristão como paradigma analógico para a sua causa? Porque que defendem direitos para uniões homossexuais “não promíscuas”?
Será que poderemos recusar a opinião da igreja (parte representativa da sociedade) sobre o assunto do “casamento” gay? Se não quisermos a fé cristã na esfera pública, nós teremos que acabar com o casamento monogâmico e o descanso semanal (mencionado no decálogo) do trabalhador. Se a moral não deve ser levada em conta no caso das uniões homossexuais, por que continuar a manter impedimentos matrimoniais para uniões incestuosas? Por que não legalizar a pedofilia?
Os homossexuais organizados em movimento não querem respeito a minorias, mas, antes, eles querem reorganizar a sociedade e o Estado conforme os seus valores. O objetivo é subverter instituições históricas de tempos imemoriais para reestruturá-las segundo a ideologia do movimento gay. Conseguido isso, nós teremos a ditadura ideológica da minoria.
No caso da decisão do STF, não apenas o órgão julgador não percebeu que abandonou o seu papel de guardião da Constituição, mas também agiu sem legitimidade.
Se a aceitação do casamento homossexual já fosse ponto pacífico porque não foi feita emenda à Constituição? Porque não foi mencionada essa união na lei mais recente sobre união estável?
Nas últimas eleições, nós vimos que políticos tiveram que negociar sobre o assunto para não inviabilizarem a sua candidatura junto ao povo. Não podemos dizer que foi a igreja e não a sociedade que fez esta imposição aos políticos. A igreja também faz parte da sociedade. Além disso, os candidatos não teriam feito acordos com a igreja se não entendessem que a sua posição é influente no modo de pensar da sociedade.
De acordo com o constitucionalismo clássico, somente uma assembléia constituinte especificamente eleita para fazer a Constituição pode estabelecer o Estatuto Fundamental da Sociedade. Essa assembléia deve ser dissolvida logo após a feitura da Constituição, pois a continuidade no poder poderia levá-la adaptar o texto normativo às suas conveniências. Dentro dessas pressuposições, eu pergunto: “Qual a legitimidade do STF (órgão permanente sem composição decorrente do voto popular) para mudar a Constituição?”.
Não devemos levar em conta a unanimidade do STF e as opiniões na mídia. Os que pensam em contrário não tem oportunidade de falar (a não ser os mais ridículos). Eu mesmo não consegui publicar artigos sobre o assunto que havia escrito. A mídia administrada com a participação de muitos homossexuais é seletiva.
A decisão do STF serve para desviar a atenção de todos do fato de ele não ser militante em assuntos de relevância nacional mencionados explicitamente na Constituição (como a Reforma Agrária, a participação dos trabalhadores no lucro das empresas, a questão da “ficha limpa”, etc).
Filósofos de renome (ateus, céticos e relativistas) admitem que a nova esquerda (feminismo radical, movimento gay) afasta a mente da sociedade dos reais problemas sociais. Richard Rorty, por exemplo, diz que a “esquerda cultural” (nova esquerda) “é incapaz de se engajar na política nacional”. Nas palavras de Zygmunt Bauman, Rorty “conclama as pessoas a recuperarem a sensatez e despertarem para as causas profundas da miséria humana”. Bauman diz que os novos intelectuais são obstinadamente egocêntricos e auto-referentes. A sua conclusão é clara: “A guerra por justiça social foi, portanto, reduzida a um excesso de batalhas por reconhecimento”
Os movimentos da esquerda cultural são de fundo neoliberal. Eles pretendem que ninguém pense nas injustiças da lógica de mercado. Os problemas periféricos é que ganham a atenção. Os líderes dos movimentos da nova esquerda são riquinhos ou pessoas da classe média. O que nós precisamos é pensar nos trabalhadores, no homem do campo, nos que estão na miséria.
Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho
Mestre em Direito Público (UFC), Doutor em Sociologia do Direito (UFC), Livre Docente em Filosofia do Direito (UVA), Professor da UFC/UNIFOR, Autor de vários livros jurídicos, entre os quais: Hermenêutica e Unidade Axiológica da Constituição (3a ed.), Hermenêutica Jurídica Clássica (3a ed.), A Essência do Direito (2a ed.) e Teoria dos Valores Jurídicos.
19/04/2011 at 19:24
[…] aqui […]
19/04/2011 at 20:04
Leandro…
Você comete um equívoco INADMISSÍVEL nesta parte de sua crônica: “Jean cerra fileiras no pequeno e combativo PSOL, a única trincheira radical efetivamente ativa na política brasileira”.
Estou pasma com essa INVERDADE que você ousa proferir, especialmente, depois que o PROTESTO CONTRA A VISITA DO OBAMA ORGANIZADO PELO P-S-T-U, fez os 13 primeiros PRESOS POLÍTICOS pós-“democratização” do país, obra do Governo Dilma e do Governo Cabral, especialmente, sendo o PSTU o ÚNICO PARTIDO DE ESQUERDA LEGÍTIMO DESTE PAÍS (some-se a ele apenas o PCO) que, realmente É O MAIS COMBATIVO DO BRASIL. Ignorar isto, e mentir descaradamente dizendo ser o PSOL a única trincheira radical efetivamente ativa no Brasil, é FALTAR COM A VERDADE FACTUAL da política partidária brasileira. PROTESTO CONTA ESSA MEN-TI-RA!!! É um absurdo o pouco caso que vocês da imprensa – seja da grande Mídia seja da blogosfera – fazem do PSTU, a ponto de ignorá-lo dessa forma espúria. É nojento isso! É abominável!
O PSTU TEM, no momento, 11 militantes sendo processados por um absurdo ato de AFRONTA AO DIREITO CONTITUCIONAL DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO DO PENSAMENTO POLÍTICO, e nenhum jornalista de peso diz nada? PIOR! Ainda IGNORAM esse IDÔNEO Partido Político (o único que não aceita verba de campanha de empresas e se mantém com pequenas doações de seus militantes), e também o TRABALHO DIGNO DE DEFESA DAS MINORIAS E DE APOIO AOS MOVIMENTOS SOCIAIS QUE ELE REALIZA PELO BRASIL AFORA?
Estou indignada e decepcionadíssima com você. QUE JORNALISMO É ESSE? Não existe isenção. Não existe respeito à verdade factual no jornalismo brasileiro. TÁ TUDO DOMINADO!!! TUDO!
20/04/2011 at 12:15
Leila, vc não entendeu o que eu quis dizer, provavelmente porque não fui claro o suficiente. Quando classifiquei o PSOL de “trincheira ativa”, quis dizer que a atuação do partido é efetiva no parlamento, com mais representatividade, portanto, que os demais partidos menores, como o PSTU.
Forte abraço.
19/04/2011 at 20:31
[…] Por Leandro Fortes, no Brasília Eu Vi […]
19/04/2011 at 20:32
Sugiro que visite o site do partido: http://www.pstu.org.br/
Quem sabe assim, você toma conhecimento do trabalho que ele faz, desde 1990, quando nasceu de um racha na cúpula do PT, porque os militantes dissidentes não concordaram com a negativa do Lula (+ Dirceu, + Genoíno etc.)de ir às ruas contra Collor de Melo? O PT de Lula só concordou com a participação no protesto depois que a Rede Globo apoiou o movimento. Esta é a VERDADE HISTÓRICA escondida pela imprensa.
Tive dois filhos militando por ANOS no PSTU, muito antes de existir o PSOL (outra partido nascido de dissidência no PT), e não foi nem uma nem duas vezes que eles foram a Brasília apoiar protesto do Movimento dos Sem Terra. Conheço a história e o trabalho do PSTU, e está apara nascer o partido que se aproxime dele, em estatística de mobilização pública, na LUTA PELAS MINORIAS e PELOS MOVIMENTOS SOCIAIS. O PSTU SÓ FAZ ISSO, Leandro. Nada mais que isso. E por isso, por LUTAR PELAS MINORIAS, que não ele elege representantes. É o único verdadeiramente radical no sentido de FAZER UMA OPOSIÇÃO LIMPA (inclusive contra o SIONISMO INTERNACIONAL), sem o dinheiro SUJO de empresas nas suas parcas contas, diferentemente do próprio PSOL.
ROUBAR ESSA BANDEIRA DO PSTU, que é a sua VERDADE HISTÓRICA, é simplesmente um ato VIL.
Deixo o meu protesto INDIGNADO.
Leila Brito
19/04/2011 at 20:41
Em tempo: um dos mais expressivos trabalhos do PSTU no seu apoio às minorias, é colaborar com a mobilização pública em defesa dos direitos dos Homossexuais, em todas as capitais do país, participando da organização de passeatas com a ABGLT.Isso faz parte da HISTÓRIA do PSTU, e sempre foi feito MUITO ANTES DA RECENTE, repito, EXISTÊNCIA DO PSOL. Fica esse registro para conhecimento dos seus leitores. Obrigada!
19/04/2011 at 23:32
Adorei! Eu não acredito que Deus seja tão estúpido para ordenar tais abusos, tanto os do velho quanto do novo testamento.
Particularmente não acredito na bíblia, é meu direito, porque ele querem me forçar a viver pela bíblia deles?
29/04/2011 at 13:17
Se vc não acredita na Bíblia, você não acredita em Deus algum, é simples assim.E,é claro, vc não é mesmo obrigado a acreditar em nada. Seja livre.O grande problema e que vive falando em direito não sabe enxergar onde começa o direito do outro.É meu direito por exemplo dizer quantas vezes quiser que sexo homossexual é pecado, e, é esse direito constitucional que querem ferir com o PL122.
20/04/2011 at 04:04
V.Exª Deputado Jean Wylys,Sr Jornalista Paulo Henrique Amorim, Srs visitantes,
Concordo com o nobre deputado,qdo diz q, temos q respeitar e seguir nossa CF,pq ela é a Lei principal de nosso País,mas,em relação ao PL 122, sou em parte desfavorável,porque, ela prevê punição para q, em instituições religiosas, de, dizerem,mesmo baseados nas Sagradas escrituras da Bíblia,de dizer q o Homossexualismo é errado.Ora, Nobre deputado,Srs do Blog, nenhum Cristão é incitado a bater,matar,”arrebentar” com Homossexuais,mas, dentro de nossos segmentos religiosos,e estilo de vida,o Homossexual é tão pessoa, é tão digno qto qqer outro,mas o Homossexualismo é sim,condenável.
então,acho q essa PL,deve deixar bem claro q, a liberdade de expressão, não seja violada,pois pra mim,rata-se de “censura” aos Héteros Cristãos SIM.
Claro q, defendo a pessoa, e peço q se olhem com seriedade em relação a homofobia,mas daí deixar a liberdade de crença e de expressão sejam postas em “segundo plano” em favorecimento a um grupo,nunca.
E,sobre as passagens q V.Exª citou da bíblia,q o Senhor entendeu como incitação a escravidão e venda de pessoas, recomendo q leias com atenção, e reflita, verás justamente o momento, e o contexto das frases, e nã pegá-las isoladamente.
Pra concluir, quero dizer q sou favorável a punição para crimes de homofobia,assim para qqer outro,mas temos q ver q, tmos q defender o cidadão homossexual,garantir-lhe o direito de ser tratado como cidadão,assim como eu, ou qqer cidadão,mas aí querer “institucionalizar’ o homossexualismo, já é demais.
É um prazer, debater com o Senhor, e prova q, até no BBB pode haver vida inteligente.
Carlos Henrique Gomes Júnior
21/04/2011 at 16:12
bom, e por quê o tal “contexto” se aplica à condenação aos homossexuais, mas não se aplica aos trechos que pregam o assassinato de mulheres adúlteras ou à venda de sua própria filha como escrava? quem é que define onde o “contexto” vale e onde não vale?
eu me adianto na resposta: é tudo ARBITRÁRIO. Quem define é QUEM LÊ, e não deus. Chamar isso de ‘palavra de deus’ não é senão uma desculpa para covardia intelectual e moralismo barato, não é senão um espelho para quem QUER ler aquilo como LHE convém.
28/04/2011 at 08:23
Há uma diferença simples.
De acordo com a igreja, uma série de comportamentos é errado. Sexo antes do casamento, homossexualidade, comer carne na sexta-feira da paixão, etc. A igreja tem o direito de dizer que isso é pecado? Sim.
A igreja tem o direito de dizer que homossexualidade é doença? Não, pois não tem autoridade para tal e isso configura discriminação. Seria como dizer que ser negro ou atendente de telemarketing é doença ou desvio.
20/04/2011 at 15:21
Romanos 2:27
” Pelo que Deus os abandonou ás paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no contrário á natureza. E, semelhantemente , também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.”
Caro Blogueiro e visitantes deste espaço…
A Bíblia não cita em nenhum momento a morte á quem quer que seja nesse texto, diz apenas que Deus os entregou á suas próprias paixões, ou seja, livre arbitrio. Mas diz que receberão suas próprias recompensas, pois sairam do que eram natural, para os que não são estudiosos vale á pena lembrar que se diz por consequência, algo espiritual, pós morte humana, para os que crêem. Em nenhum momento se incita raiva contra o homossexual, mas apenas se prega contra suas práticas… Ao contrario do que se pensa é possivel distinguir uma pessoa boa, de suas condutas.
Não temos direito de julgar pessoas, mas na liberdade que a Constituição Brasileira nos dá temos o direito de julgar ações. Não se prende uma pessoa por intenção de erro, mas sim por consumação do fato errado ( Não que o homossexualismo seja passivel de nenhuma condenação ) mas é passivel de uma escolha de aceitação ou não de atos e não de pessoas…
A PL 122 vem para tolir toda e qualquer expressão em contrário ás idéias sexuais e não para defender essa ou aquela fatia da sociedade, que inclusive como o “Nobre Deputado” em questão afirma já são defendidos de liberdade por nossa constituição… Não posso coibir qualquer manifestação homossexual em locais públicos, mas preciso aceitar?
Quero encerrar com outro texto da “Bíblia Sagrada” que está em Mateus 24, versos 9 e 13: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo…” Cada um tire suas próprias conclusões
20/04/2011 at 15:22
Que texto brinlhante, e aproveito pra postar um filme que tem tudo a ver com o tema.
E que poderia ser mencionado e discutido em sala de aula e etc.
Filme – ‘Jihad do Amor – O Filme relata sobre a difícil construção da identidade sexual em ambientes repressivos – http://twixar.com/io7B6DjDV
29/04/2011 at 13:19
O que é identidade sexual?Existe mais que dois sexos???Explique por favor.
20/04/2011 at 15:34
[…] Leandro Fortes* […]
20/04/2011 at 16:37
[…] […]
21/04/2011 at 10:23
Gostei e é muito apropriado para esses tempos atuais…
Vou usar em minhas aulas tb.
23/04/2011 at 00:53
Quer dizer que tú, Leandrito, repórter de tão respeitável Carta Capital, foi buscar abrigo intelectual num deputado Big Brother Brasil? Hmmmmm. Tempos difíceis, hein?!
À patrulha ideológica que ronda por aqui e às Leandretes de plantão, explico: tal comentário não significa preconceito de minha parte à causa homossexual, que acredito, necessita sim de debates sóbrios e urgentes, pois o noticiário que vemos acerca de homossexuais humilhados, espancados e mortos nas ruas atualmente é desesperador, preocupante e irracional.
Entre-tanto, urge uma dúvida: quem será o próximo BBB que ganhará os corações da imprensa esquerdista dita intelectual, o Bam-Bam?
25/04/2011 at 12:05
Eu prefiro aquela Priscila gostosona.
23/04/2011 at 20:09
Dar visibilidade ao trabalho de um parlamentar que cumpre as promessas de campanha aos seus eleitores, como o faz Leandro nesse blog é “buscar abrigo intelectual”?
Quanto ao próximo participante do BBB a receber aplausos(os meus), será o Bial, tão logo considere publicamente que esse programa é um atentado à inteligência e a saúde pública, e peça desculpas pelo estrago que fez.
25/04/2011 at 06:18
O odio alimenta o odio. É seu combustivel.
Em nome de Jesus Cristo, muitos que se dizem cristãos matam. Não entenderam a mensagem de Jesus, que vomita literalemnet essa gente.ELE alertou para não usarem seu nome em vão, muito menos para oprimir e destruir seus semelhantes…
25/04/2011 at 15:20
[…] Leandro Fortes, texto completo aqui) Em primeiro lugar, quero lembrar que nós vivemos em um Estado Democrático de Direito e laico. […]
28/04/2011 at 12:25
[…] federal Jean Wyllys, em carta publicada no blog Brasília, eu vi, do jornalista Leandro Fortes, apela a “defesa da Dignidade Humana (…) princípio soberano da Constituição Federal” […]
29/04/2011 at 10:46
O espaço é insuficiente para que se responda, publiquei em meu blog uma resposta ao seu post.
http://www.pranselmomelo.com.br/2011/04/carta-aberta-ao-reporte-leandro-fortes.html
29/04/2011 at 13:23
Carta aberta ao reporte Leandro Fortes em resposta ao post publicado em seu blog: A trincheira de Jean Wyllys
Jean Wyllys de Matos Santos é um sujeito tranquilo, bem humorado, que defende idéias sem alterar a voz, as mais complexas, as mais simples, baiano, enfim. Ri, como todos os baianos, da pecha da preguiça, como assim nomeiam os sulistas um sentimento que lhes é desconhecido: a ausência de angústia. Homossexual assumido, Jean cerra fileiras no pequeno e combativo PSOL, a única trincheira radical efetivamente ativa na política brasileira. E é justamente no Congresso Nacional que o deputado Jean Wyllys, eleito pelos cidadãos fluminenses, (eu sou cidadão fluminense e não votei e nem votaria nele, sua representatividade é de 15.000 eleitores, vale lembrar que o Estado do Rio de Janeiro tem 10.891.293 de eleitores, veja como é “grande” a representatividade de seu pupilo.) tem se movimentado numa briga dura de direitos civis, a luta contra a homofobia.
Cerca de 200 homossexuais são assassinados no Brasil, anualmente, exclusivamente por serem gays. Entre eles, muitos adolescentes. (Site as fontes sr Leandro Fortes, fica no mínimo deselegante para um reporte informar subjetividades.
Cerca de 700 crianças são assassinadas de forma violenta no Brasil anualmente, http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2884936 e não vejo pessoas como o Sr e seu pupilo dizer qualquer palavra, e isso de um total de 50 mil pessoas por ano segundo dados do IBGE, http://strangemansparadise.blogspot.com/2007/04/cadaveres-do-descaso-2.html, e, infelizmente, por estarmos falando em números, o Sr vem me dizer de 200 homossexuais, eles deveriam “ficar para semente”? Não acho justo que ninguém tire a vida de outra pessoa, por motivação alguma, mas sua bandeira é no mínimo ridícula. (Fale dos milhares de adolescentes que são mortos simplesmente por serem pobres, por morarem em periferias violentas, sua bandeira gay na verdade é uma afronta contra todos os discriminados que vivem a margem da lei e de condições dignas.)
Mas o Brasil tem pavor de discutir esse assunto, inclusive no Congresso, onde o discurso machista une sindicalistas a ruralistas, em maior ou menor grau, mas, sobretudo, tem como aliado as bancadas religiosas, unidas em uma cruzada evangélica. Os neopentecostais, como se sabe, acreditam na cura da homossexualidade, (eu também acredito, acredito por que conheço varias pessoas que abriram mão do desejo desenfreado e errado de sua carne por amor a Cristo, infelizmente, por conta de sua pouca, ou melhor, nenhuma informação do assunto, minhas observações terão de ser breves aqui, até para que eu seja fiel a uma advertência do próprio Cristo que diz: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem”.Mateus 7:6) , uma espécie de praga do demônio capaz de ser extirpada como a um tumor maligno. O mais incrível, (o mais incrível é ver alguém sem nenhum conhecimento de causa querer discorrer sobre um determinado assunto.) no entanto, não é o medievalismo dessa posição, mas o fato de ela conseguir interditar no Parlamento não só a discussão sobre a criminalização da homofobia, mas também o direito ao aborto e a legalização das drogas. (aqui o sr “desce de vez do salto”, revela sua nefasta insígnia, a insígnia da morte, do desprezo pela vida, quer ver não só a morte legalizada como as drogas, que brilhantismo o seu meu caro.) Em nome de uma religiosidade tacanha, (tacanho aqui é seu discurso sr Leandro Fortes, homens que defendem idéias como as que o sr defendeu claramente aqui é que fazem não só da política nacional um esgoto, e sim, da sociedade de onde esses mesmo vieram, ou nossos nobres representantes são por ventura alienígenas?)condenam à morte milhares de brasileiros pobres e, de quebra, mobilizam em torno de si e de suas lideranças o que há de mais lamentável no esgoto da política nacional.Jean Wyllys se nega a ser refém dessa gente e, (a que gente o Sr se refere aqui Sr Leandro? Com quem o Sr aprendeu a ser tão desrespeitoso, quais os motivos? Seria porque essas pessoas não lhe dizem “amém” as suas idéias? Seria isso democracia segundo o Sr Leandro Fontes?), por isso mesmo, é odiado por ela. Contra ele, costumam lembrar-lhe a participação no Big Brother Brasil, o inefável programa de massa da TV Globo, onde a debilidade humana, sobretudo a de caráter intelectual, é vendida como entretenimento. Jean venceu uma das edições do BBB, onde foi aceito por ser um homossexual discreto, credenciado, portanto, para plantar a polêmica, mas não de forma a torná-la um escândalo. Dono de um discurso político bem articulado, militante da causa gay e intelectualmente superior a seus pares, não só venceu o programa como ganhou visibilidade nacional. De repórter da Tribuna da Bahia, em Salvador, virou redator do programa Mais Você, de Ana Maria Braga, mas logo percebeu que isso não era, exatamente, uma elevação de status profissional.
Na Câmara dos Deputados, Jean Wyllys, 36 anos, baiano de Alagoinhas, tornou-se a cara da luta contra a homofobia no Brasil, justamente num momento em que se discute até a criminalização do bullying. Como se, nas escolas brasileiras, não fossem os jovens homossexuais o alvo principal das piores e mais violentas “brincadeiras” perpetradas por aprendizes de brucutus alegremente estimulados pelo senso comum. Esses mesmos brucutus que, hoje, ligam para o gabinete do deputado do PSOL para ameaçá-lo de morte.
(falácia, pura falácia, novamente o Sr. faz acusações sem citar fontes ou provas, é mais um querendo posar de vítima para atrair holofotes para si, uma prova clara e inequívoca de que em tão pouco tempo já aprendeu os modos da casa onde esta)
Abaixo, a íntegra de uma carta escrita por Jean ao Jornal do Brasil, por quem foi acusado, por um colunista do JB Wiki (seja lá o que isso signifique), de “censurar cristãos”. O texto é uma pequena aula de civilidade e História. Vale à pena lê-lo:
(A carta é uma palhaçada, se é aula de civilidade o é para o Sr., parece coisa de infante que pensa ser ou saber o fica provado no decorrer do texto que não sabe e não é. Não vou publicá-la porque já respondi a mesma no mesmo veículo o qual parece-me também merecer seu desdém).
01/05/2011 at 15:27
[…] federal Jean Wyllys, em carta publicada no blog Brasília, eu vi, do jornalista Leandro Fortes, apela a “defesa da Dignidade Humana (…) princípio soberano da Constituição Federal” e afirma: […]
01/05/2011 at 17:32
Parabéns pelo texto no que tem de lucidez e verdade…
02/05/2011 at 03:58
Leandro,
Permita-me fazer um comentário fora de pauta:
por Conceição Lemes
“Definitivamente, entrou para o lixo da história a carta aberta do ex-deputado José Carlos Aleluia à Universidade de Coimbra contra a concessão do título de doutor honoris causa ao ex-presidente Lula. Demonstração inequívoca de mesquinhez, dor-de-cotovelo, inveja. Preconceito de classe explícito”.
Neste contexto até uma criança de 10 anos de idade faz duras contestações à atitude do ex-deputado Aleluia, em relação a carta que o mesmo escreveu para a Universidade de Coimbra que concedeu ao melhor Presidente que o Brasil já teve, o título de Dr. honoris Causa.
Para quem tiver interesse de ver mais uma vergonha por que passou o ex deputado demotucano, clique no link a seguir: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/aninha-zortea-a-justiceira-nao-foi-nada-legal-o-que-ele-falou-do-lula.html
02/05/2011 at 10:23
[…] A trincheira de Jean Wyllys Reproduzido do blog “Brasília, Eu vi”, do jornalista Leandro Fortes https://brasiliaeuvi.wordpress.com/2011/04/19/a-trincheira-de-jean-wyllys/ […]
05/05/2011 at 20:47
[…] da Anistia), o Conversa Afiada republica texto do deputado federal Jean Willys extraído do site Brasília Eu Vi, de Leandro […]
06/05/2011 at 12:05
[…] Do Blog Brasília Eu Vi, de Leandro Fortes O nome dele não é Bolsonaro […]
06/05/2011 at 20:17
Enquanto se discute religião, que nada mais é do que a tentativa frustrada do homem de se religar a Deus, coisa impossível pelos seus esforços.
O STF está legislando quase tudo no país. Temos o legislativo mais caro do mundo, que deveria ouvir o povo e representá-lo, e aí covardemente (porque dependem de votos, de homo, hetero e tudo mais), repassa a matéria ao STF.
O STF está levando o país para um totalitarismo silencioso.
07/05/2011 at 11:17
[…] a matéria der Leandro Fortes do Brasília eu Vi comentando a carta do Deputado Jean Willis enviada ao Jornal do […]
19/05/2011 at 14:43
Ele está lá e quer lutar pelos direitos dele, nada contra isso, porém é preciso respeitar a instituição família, se o cara é gay, ok q n seja discriminado, mas que também n haja apologia ao homosexualismo.
17/07/2012 at 18:48
Você pode me dizer o que vem a ser apologia ao homossexualismo?
21/05/2011 at 19:25
Parabéns Jean. No Brasil, mas não só aqui como também no mundo, existe muita gente que gosta de interpretar como se utilizassem massa de de modelar. Criam bonecos que são a própria cara, e depois querem vendê-los como se fossem a cara do mundo justificando que foram feitos com modelo universal.
21/05/2011 at 19:45
Não cai uma folha sem ser de Sua Vontade…
É por isso que a Amazônia está acabando?
22/05/2011 at 16:59
concordo em quase tudo menos na liberaçao das drogas , essa nao da para ser liberado de geito nenhum. e sobre o aborto eu concordo em parte , desde que nao seja feito por criminosos ou por banalizaçao, por ex. a mulher engravida do namorado e sem mais nem menos quer faze aborto , ai nao. fora isso ta tudo certo. tem coisas que nao pode ser liberado de geito nenhum , ai onde vamos parar.
26/05/2011 at 02:22
Comunistas e latifundiários juntos? Nunca pensei que viveria o bastante para presenciar tamanha barbaridade!
03/06/2011 at 01:03
Jean é FUNDAMENTALISTA GAY!!!!!!
14/06/2011 at 10:17
Se pra essa cambada de viado, dar o cu em praça pública significa contribuir para o fim do analfabetismo, da violência, da corrupção, da fome, enfim, de tudo que não presta, então eu sou a favor deles!!!!
19/07/2011 at 12:52
Divulgando para o pessoal do Brasília, eu vi:
Narradores do Açu: um web doc contundente sobre a realidade dos desapropriados do Superporto de Eike Batista
http://urgente.blogspot.com/2011/07/narradores-do-acu-um-web-doc.html
Abs
21/08/2011 at 18:25
Perco a moral mas não perco a piada:
“ARRASÔ, AMIGÁ!!!!!!!!!”
Gostaria que houvesse mais gente igual ao Jean no Congresso.
07/09/2011 at 17:29
Belíssima carta. Inteligente.
11/09/2011 at 13:17
[…] Fonte:https://brasiliaeuvi.wordpress.com/2011/04/19/a-trincheira-de-jean-wyllys/ Share this:TwitterFacebookLike this:LikeBe the first to like this post. […]
10/12/2011 at 22:01
Se esse tal jean willis dependesse dos votos que ele recebeu nem estaria em Brasília, ele foi eleito pelo PSOL, não pelo povo. Teve apenas 13.018 votos. Menos que um vereador aqui de minha cidade Está na Câmara por causa da votação do deputado Chico Alencar que foi de 240 mil votos. “quer conferir?” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Wyllys)
(e-jean-wyllys-a-natalie-lamour-da-camara-ataca-as-marchas-contra-a-corrupcao)
O que ele está tentando fazer ao declarar guerra contra evangélicos, na verdade é desviar a atenção da realidade;.
que a maioria da população brasileira é tem opinião contraria a promiscuidade, e não apenas os evangelicos.
11/02/2012 at 22:30
Parabéns, deputado Jean Wyllys, por defender o Estado laico e democrático contra a fúria criminosa de fanáticos religiosos. O mal que o fanatismo religioso tem causado à humanidade é muitas vezes maior do que se possa imaginar. A “santa” inquisição é o exemplo mais conhecido e odioso.
07/03/2013 at 19:26
Caro Leandro existem diversas causas que ninguém fala nada, tais como presos que já cumpriram pena e estão na prisão, pessoas que atrasam 1 semana a pensão (que na maioria das vezes não é usada conforme determina a lei) e são presas, estupradores que são soltos e que continuam a fazer vitimas, etc
30/04/2013 at 13:50
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21/05/2013 at 19:17
[…] A trincheira de Jean Wyllys […]
19/04/2015 at 18:21
[…] Afiada republica texto do deputado federal Jean Willys extraído do site Brasília Eu Vi, de Leandro Fortes: Continue lendo…… PreviousJá são 10 homossexuais mortos em […]
14/08/2018 at 17:09
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