Não faz muito tempo, o mundo – e o Brasil, em particular –, se escandalizou com as manifestações racistas contra jogadores de futebol que foram hostilizados por torcedores nos estádios europeus apenas porque eram negros. Na Itália e na Espanha, diversos jogadores negros, inclusive brasileiros, foram chamados de “macacos”, “gorilas” e “pretos de merda” por torcidas organizadas dos maiores times daqueles países. As reações foram, felizmente, imediatas. Intelectuais, jornalistas, políticos e autoridades esportivas de todo o planeta botaram a boca no trombone e reduziram, como era de se esperar, gente assim ao nível de delinqüentes comuns. Ainda há, eventualmente, exaltações racistas nos gramados, mas há um consenso razoavelmente arraigado sobre esse tipo de atitude, tornada, universalmente, inaceitável. Você não irá ver, por exemplo, no Maracanã, torcidas inteiras – homens, mulheres e crianças – gritando “crioulo safado” para o artilheiro Adriano, do Flamengo, por conta de alguma mancada do Imperador. Com a PM circulando, nem racistas emperdenidos se arriscam a tanto.
Mas, ai de Adriano, se ele fosse gay.
No sábado passado, espremido no Maracanã ao lado de meu filho mais velho e outras 57 mil pessoas, fui ver um jogaço, Flamengo 2 x 1 São Paulo, de virada, um espetáculo de futebol. Quando o time do São Paulo entrou em campo, as torcidas organizadas do Flamengo, além de milhares de outros torcedores avulsos, entoaram, a todo pulmão: “Veados, veados, veados!”. Daí, o painel eletrônico passou a anunciar, com a ajuda do sistema de autofalantes, a escalação são-paulina, recebida com as tradicionais vaias da torcida da casa, até aí, nada demais. Mas o Maraca veio abaixo quando o nome do volante Richarlyson foi anunciado: “Bicha, bicha, bicha!”. E, em seguida: “Bicharlyson, bicharlyson!”. Ao longo da partida, bastava que o são-paulino tocasse na bola para receber uma saraivada de insultos semelhantes. No ápice da histeria homofóbica, a Raça Rubro Negra, maior e mais importante torcida do Rio, e uma das maiores do Brasil, convocou o estádio a entoar uma quadrinha supostamente engraçada. Era assim:
“O time do São Paulo/só tem veado/o Dagoberto/come o Richarlyson”.
Richarlyson virou alvo da homofobia esportiva brasileira, com indisfarçável conivência de cronistas esportivos, jornalistas e colegas de vestiário, a partir de 2005, quando fez uma espécie de “dança da bundinha” ao comemorar um gol do São Paulo, time que por ser oriundo do elitista bairro do Morumbi acabou estigmatizado como reduto homossexual, ou time dos “bambis”, como resumem as torcidas adversárias. A imprensa chegou a anunciar o dia em que Richarlyson iria assumir sua homossexualidade, provavelmente numa entrada ao vivo, no programa Fantástico, da TV Globo – o que, diga-se de passagem, nunca aconteceu. Desde então, no entanto, o volante nunca mais teve paz. No Maracanã lotado, qualquer lance que o envolvesse era, imediatamente, louvado por um coro uníssono e ensurdecedor de “veado, veado, veado!”. Homens, mulheres e crianças. O atacante Dagoberto entrou de gaiato nessa história apenas porque, com Richarlyson, forma uma eficiente dupla de ataque no São Paulo.
Agora, imaginem se, no Morumbi, a torcida do São Paulo saudasse o atacante Adriano, do Flamengo, aos berros de “macaco, macaco, macaco!”, apenas para ficarmos nas analogias retiradas do mundo animal. Ou, simplesmente, entoasse uma quadrinha do tipo criada para a dupla Dagoberto/Richarlyson, dizendo que no Flamengo só tem crioulo, que Adriano enraba, sei lá, o Petkovic. O mundo iria cair, e com razão, porque chegamos a um estágio civilizatório onde o racismo tornou-se motivo de repulsa, mesmo em suas nuances tão brasileiras, escondidas em piadas de salão e ódios de cor mal disfarçados no elevador social. Usa-se, no caso dos gays, o mesmo mecanismo perverso que perdurou na sociedade brasileira escravagista e pós-escravagista com o qual foi possível transformar em insulto uma condição humana que deveria, no fim das contas, ser tão somente aceita e respeitada. Assim, torcedores brasileiros chamam de veados os são-paulinos em campo como, não faz muito tempo, nos chamavam, os argentinos, de “macaquitos”, em pleno Monumental de Nuñes, em Buenos Aires, para revolta da nação.
Quando – e se – a lei que criminaliza a homofobia no Brasil, a exemplo do racismo, for aprovada no Congresso Nacional, será preciso educar gerações inteiras de brasileiros a respeitar a sexualidade alheia. Espero, a tempo de recebermos os atletas que virão às Olimpíadas de 2016, no Rio, provavelmente, no mesmo Maracanã que hoje se compraz em xingar Richarlyson de veado. Por enquanto, a discussão sobre a lei está parada, no Brasil, porque o lobby das bancadas religiosas teme abrir mão de um filão explorado por fanáticos imbuídos da missão de “curar” homossexuais, ou de outros, para quem os gays são uma aberração bíblica passível, portanto, da ira de deus.
Nos jornais de domingo, nem uma mísera linha sobre o assunto. Das duas uma: ou é fato banal e corriqueiro, logo, tornado invisível aos olhos das dezenas de repórteres enfiados na tribuna da imprensa do Maracanã; ou é conivência mesmo.
13/10/2009 at 19:32
Tem razão. Rycharlison não tem culpa de dar o cu. A torcida está errada em xingá-lo. Viado mesmo é quem torce pro Flamengo, aquele time de macaco.
E sobre 2016: O que acham que vão gritar quando o Hipólito subir no pau??
Eu sei: Richarlysson, Richarlysson!!!
13/10/2009 at 19:36
Prestem atenção no comentarista: é justamente sobre esse tipo de babaquice que estou falando.
14/10/2009 at 14:56
E é claro que o “grande homem”, como ele deve se considerar, se esconde por trás de um pseudônimo para divulgar suas ofensas escrotas…
14/10/2009 at 19:39
Uau, é chocante ler coisas assim. Comparar discriminação por cor com um vício contra a natureza é típico daquelas mentes que se outorgam o estatuto de “pensadoras”, mas cujas limitações atingem até mesmo a capacidade de categorizar e de fazer silogismos, supostamente universal.
Agora, difícil é entender se o sr. usa de um discurso falacioso porque está imbuído de liberalismo, ou se trata-se de um expediente para tornar-se um. É realmente difícil chegar a um termo, já que o texto é insosso e ancorado no mesmo argumento circular de sempre…
15/10/2009 at 14:07
Vício contra a natureza? Haja ignorância! Homossexualismo não é vício contra a natureza! A natureza criou os homossexuais e os heteros, somos todos naturais.
16/10/2009 at 01:03
Ignorância, Jobila? É essa a sua resposta ao que escrevi? Logo se vê o quanto compreende da coisa.
A luxúria se dá por dois modos: (i) de um modo de contrarie a reta razão (fornicação, adultério, etc.); (ii) de um modo que, para além disso, contrarie a própria ordem natural do ato sexual que convém à espécie humana – e isso constitui, por consequência lógica, um vício contra a natureza.
E o argumento, dona Jobila, cadê? A “natureza” criou homossexuais e heterossexuais? Pensei que isso, na visão dos defensores, fosse uma questão de “opção sexual”. Uma natureza que cria algo contrário às suas próprias leis não pode ser natural, e portanto não pode ser a natureza quem as cria.
28/10/2009 at 14:45
OS FLAMENGUISTA SAO UNS IDIOTAS
13/10/2009 at 21:11
Tem razão, Leandro. É interessante que o babaca regurgita, sem nenhum problema, aquilo que o povo que se acha “progressista” por aí considera o “grande” argumento contra a homofobia: viado não tem culpa de dar o cu. Que saia justamente da boca do babaca – que talvez nem tenha culpa de ser burro, mas que certamente tem de ser escroto, como tantos no congresso nacional – talvez ajude a entender por que as coisas, neste setor, vão tão mal.
14/10/2009 at 01:22
Tudo é culpa do congresso. TUDO! Até os gays e os negros.
14/10/2009 at 06:43
Gustavo, você não entendeu. Então vou tentar explicar o mais didaticamente possível. O que o Rodrigo disse é que, se tem escrotos como esse no Brasil, é possível que eles votem em escrotos para o Congresso. O Congresso é reflexo do povo. No que tem de bom, e no que tem de ruim.
18/10/2009 at 13:21
Se a moça aí não deu resposta a altura, dou eu.
“Ordem sexual natural que convem a especie humana”?! Vamos a ela.
Nenhum primata superior copula principalmente para se reproduzir.
Entre os chimpanzés bonobos, a copula tem obvia função de regulação social.
Isso se acirra no genero Homo, especialmente tudo indica do Homo Habilis até nós.
De modo que mesmo o sexo heterossexual, na especie Homo Sapiens, tem como principal função laço social. De modo que a gravidez é quase um acidente – quando em outras espécies, ela é uma consequencia obrigatoria, inclusive nos primatas inferiores maiores (os babuinos rezus, por exemplo).
Só que ainda tem uma questão a mais, que não é meramente evolucionista, na especie Sapiens Sapiens: nesta, a sexualidade se manifesta mais nas crianças do que nos adultos. E nas crianças ela comparece: 1) sem objetivo sexual definido senao o auto-erotismo; 2) sem objeto sexual, senao o corpo proprio. Isso de alguma forma nao desaparece, apenas diminui de intensidade, especialmente da puberdade em diante. Freud chamou isso de “disposição bissexual perverso polimorfa”.
Se partimos destes dois dados cientificos é facilimo concluir: a heterossexualidade é tao fortuita e aleatoria quanto a heterossexualidade. Ambas nao sao nada naturais, e ambas tem algum grau de patologia (no sentido de desvio) associado.
Alias, nos lembra Freud em importante nota de roda-pé aos Tres Ensaios Sobre A Teoria Da Sexualidade, em 1922: “do ponto de vista da psicanalise, a heterossexualidade ainda precisa ser explicada. Não faz sentido que a maior parte da populacao assim se declare, se partem de uma disposicao inata bissexual e tem numa escolha homossexual enormes facilidades de economia psiquica – embora no momento historico atual, possa gerar dificuldades sociais”.
Para concluir: o discurso de “ordem sexual natural” quase sempre nao tem nada de “natural” ou “cientifico/biologico”. É um discurso francamente religioso. Ou eventualmente politico.
18/10/2009 at 13:23
ERRATA:
“Se partimos destes dois dados cientificos é facilimo concluir: a heterossexualidade é tao fortuita e aleatoria quanto a HOMOssexualidade. Ambas nao sao nada naturais, e ambas tem algum grau de patologia (no sentido de desvio) associado.”
13/10/2009 at 19:36
Também sou do DF, também estava no Maracanã neste jogo e percebi tudo isso. Lamentável.
14/10/2009 at 01:24
Se percebeu porque ficou calado? Você foi conivente! Foi conivente! Sua bicha xita!
14/10/2009 at 09:33
Claro, na próxima eu grito “PARA, GENTE” bem alto contra 57 mil vozes gritando “BICHARLYSON”.
13/10/2009 at 19:37
[…] gays são os novos negros: https://brasiliaeuvi.wordpress.com/2009/10/13/os-novos-negros/ por […]
13/10/2009 at 19:55
Mas que comparação infeliz. A discriminação racial, de fato, nem deveria ser chamada assim.
Do ponto de vista genético não existe raça negra, índia, e branco. Somos todos iguais, a única coisa que muda é a pigmentação.
Um negro não escolhe nascer negro.
E um homem, independente de ser gay, vai ser sempre homem.
É opção de cada um ser gay ou não. Os gays não se diferenciam de nada dos heteros. São só gays e, como disse o Rycharlison, gostam de dar a bunda.
Só não entendo essa, de homofobia. O que existe é uma heterofobia. Daqui a algum tempo será proíbido ser hetero, vão obrigar todo mundo ser gay, porque eles tudo podem criticar, mas não podem ser criticados.
13/10/2009 at 21:56
Mas que confusão infeliz.
A discriminação não tem nada a ver com a genética. Ela não se baseia e nunca se baseou na crença de que existe uma diferença genética entre raças.
Se baseia na crença de que existem raças que a “pigmentação” marca, mas que não se definem simplesmente por ela, mas por outras babaquices associadas: diferenças de cultura, religião, caráter, talento, inteligência, etc..
Pelamordedeus. Essa idéia de contrabandear a genética pra provar que não existe raça, logo, não existe discriminação racial é a mesma coisa que contrabandear a física pra provar que não existe matéria, logo, ninguém roubou o dinheiro.
Coisa digna famoso do Solar das Taras Conceituais Proibidas.
14/10/2009 at 00:07
Não entendeu a colocação. A discriminação racial, em sí só já é preconceituosa, visto o ponto de vista genético.
Como eu havia dito antes, não existem raças entre humanos.
Então, voltando ao que eu havia falado, é infeliz a comparação caracterizada em ‘discriminação racial’ com a tal de homofobia.
Primeiro, quem nasce negro, nasce porque descendeu genes que pigmentam a pele de seus pais, e isso não é OPÇÃO.
Não conheço, posso estar desinformado, estudo científico que relate que os gays, são assim, por transmissão de genes de pais para filhos, logo é opção.
E se de fato existir transmissão genética de pais para filhos, como explicar quando somente um é gay e o(s) outro(s) não?
Logo, poderia se levantar uma hipótese como anomalia genética, doença – se preferirem.
Eu, na minha opnião, creio que ser gay é uma opção, logo é injusto comparar a discriminação por uma opção do que a sofrida por alguém que nasceu sem opção de escolha da cor de pele. Fato.
15/10/2009 at 14:16
Ser gay não é opção, não! Você acha realmente que alguém acorda um dia e pensa: hmmm…quero sofrer preconceito todo dia, ser expulso de casa pelo meu pai, ser humilhado perante a família e ser demitido sem justa causa do trabalho pq, a partir de hj, vou ser gay!!! Ninguém escolhe ter uma vida mais difícil não! Pq é óbvio que é mais facil ser hetero! Eles são gays pq sentem atração sexual por pessoas do mesmo sexo, e lutam por seus direitos pois acreditam que não estão fazendo mal a ninguém e têm o direito de viver suas vidas do jeito que quiser. Sem sombra de dúvida, o preconceito vem da ignorância.
16/10/2009 at 03:22
Que acorda pensando: hmmm…quero sofrer preconceito todo dia, ser expulso de casa pelo meu pai, ser humilhado perante a família e ser demitido sem justa causa do trabalho pq, a partir de hj, vou ser gay!!! Acredito que não. E sim, hummm quero dara bunda hoje e ver como é!
06/09/2010 at 21:31
Bom, aqui estao alguns estudos cientificos a cerca da homosexualidade. Siga os linques. Os textos estao em Ingles.
http://news.bbc.co.uk/1/hi/health/7456588.stm
http://www.sciencemag.org/cgi/reprint/261/5119/321
http://www.springerlink.com/content/j054534t1k8194p5/
http://www.theatlantic.com/magazine/archive/1997/06/homosexuality-and-biology/4683/
13/10/2009 at 22:29
Isso de todo mundo ser obrigado a ser gay nunca vai rolar. Nem os gays vão defender esta causa. É verdade que, como tu dizes, os gays gostam de dar a bunda. Mas não há nada que eles gostem mais do que comer a bundinha de um pseudo-hetero militante.
13/10/2009 at 22:37
Facto!
14/10/2009 at 01:26
O leandro é militante pelos gays. Ele suporta a causa. Os gays mesmo não estão nem ai, estão é se divertindo com ssa bagunça toda, estão de olho na bundinha do Lele rsss
20/10/2009 at 11:02
pô Vegas… que comentariozinho banal…
16/10/2009 at 01:04
Toda vez que uma minoria se afirma, ou que alguem o faz por ela, tem sempre alguém taxando de radicalismo, de subversivo, de perturbador da ordem, e blá blá blá…
“O que existe é uma heterofobia.”
Com certeza não vive na mesma sociedade que eu.
13/10/2009 at 20:16
Azenha, a questão é simples:
– futebol é coisa de preto. Portanto, nele, nunca coube racismo. Mais: é de mulato – é de quem está no lugar por excelência do anti-racismo;
– mas futebol não é coisa de viado. Aliás, é fundamentalmente coisa de não-viado.
Que haja e sempre tenha havido jogadores que transam com homens é uma coisa. Homem que transa com homem não é, automaticamente, viado. Nem, automaticamente, homossexual. Nem, automaticamente, bissexual.
O problema se dá aí: na passagem, por vezes brusca, entre escolha de objeto e identificacao imaginaria (e nao-obrigatoria) com esta mesma escolha.
O inverso é verdade tambem: gostar de mulher nao faz ninguem, automaticamente, hetero. A maioria dos meus amigos gostam exclusivamente de mulheres. Mas isso nao faz deles “heteros”, desde que tratam seus amigos homens com caricias e beijo no rosto em publico. E desde que a homossexualidade, como possibilidade, para eles nao é um problema do qual se defender. É uma fortuidade da qual nao participam, apenas.
14/10/2009 at 01:27
Cara. Que papo estranho e bicha.
16/10/2009 at 01:18
É verdade. Um viado não precisa necessariamente dar o seu cu para ser um viado. Richarlyson é a prova disso. Basta torcer pelo fluminense, ou pelo são paulo. Todo esse papo de imaginário e objeto, faz sentido. Identifica-se – talvez coniventemente, como Leandro disse – um indivíduo pela sua orientação sexual sem necessariamente ter determinada orientação sexual. E isso não é uma questão de suspeita – todo mundo sabe que o Rycharlison não da a bunda.
Gostei dessa reflexão. Obrigado seu Lucas Portela.
13/10/2009 at 20:16
e, ah, Leandro Fortes, voce comete um erro de linguagem:
é “viados, viados, viados”. com i.
Veado, com e, nos lembra Millor Fernandes, são os cervos campestres. Que nada tem a ver com os homossexuais.
O mesmo diz João Silverio Trevisan, de quem nao se pode dizer que seja de direita ou homofobo.
13/10/2009 at 20:41
Não sou um especialista, mas até onde sei, “viado” é uma corruptela fonética de “veado”, assim como “minino” é de “menino” e “buceta” é de “boceta”. No mais, meu caro, o que menos importa nessa discussão é a semântica.
Forte abraço.
13/10/2009 at 22:07
Leandro, é VIADO mesmo. Viado vem de DESVIADO, que é como eram chamados antigamente os pederastas, os homossexuais. No mais, belo texto, parabéns.
14/10/2009 at 01:28
O leandro não cometeu esse erro! Ele fez de propósito, tudo na escrita dele é pensado. Ele não escreveu VIADO com I porque ele tem vergonha de falar essa palavra feia.
14/10/2009 at 18:08
Hahahahahaha!
13/10/2009 at 20:20
Não é só a torcida do Flamengo que tem esse comportamento. A do São Paulo não aplaude o nome dele quando se anuncia a escalação no estádio.
13/10/2009 at 20:21
E, vale lembrar, a reciproca tambem é verdadeira: pode-se ser viado, sem gostar de homens. Rycharlyson, por exemplo, pode não gostar sexualmente dos homens. Mas seus habitos, pelo que sei, sao femininos.
Gostaria de frisar que nao vai, de mim, aqui, nenhum juizo de valor. Apenas juizo de fato. Se uso o termo “viado”, é a bem da clareza. Isto é: pra deixar claro de que nao estou falando nem do desejo homossexual nem de sua pratica. Mas de uma identificacao imaginaria com este desejo e com esta pratica.
16/10/2009 at 01:09
Como diria um professor da faculdade, os termos feminino e masculino, quando se trata de comportamento, já não existem mais de acordo com a juventude pós-moderna.
13/10/2009 at 20:42
“O problema se dá aí: na passagem, por vezes brusca, entre escolha de objeto e identificacao imaginaria (e nao-obrigatoria) com esta mesma escolha.”…
Há que se reconhecer, ao menos, que os sujeitos preconceituosos evoluíram muito desde o “Viado tem que morrer!” até o “objeto e a identificação imaginária”. A humanidade avança…
13/10/2009 at 22:35
Meu caro, nao ha nada, absolutamente nada, de preconceituoso no que eu escrevi.
Foi uma observação de fatos, sem nenhum juizo de moral. Releia, por gentileza.
13/10/2009 at 20:42
“Gay is the new black…”
Reza a lenda que, quem muito nega, é porque quer.
Essa rasteiríssima interpretação freudiana talvez não valha nada cientificamente, mas parece expressar uma verdade inconteste do esporte “viril”.
O parafuso solto da não aceitação se caracteriza a partir do fim da infância.
Desse momento em diante, dentro de nossas convicções sociais e padrões de comportamento, xingar de qualquer coisa atravessa nosso senso comum e nos nega a própria civilização. O velho “Mal estar…”
Já li que “homofobia é doença, pena que não mata”.
É um bom slogan, mas sem 8 ou 80, por favor. Criminalizar o preconceito homofóbico é uma necessidade, liberar pulsões assassinas não. Se não dá nisso aqui: “Daqui a algum tempo será proíbido ser hetero, vão obrigar todo mundo ser gay”.
É bom lembrar que o notório Kassab foi eleito em São Paulo auxiliado pela campanha silenciosa das religiões majoritárias. Que diziam groselhas como essa aí em cima.
O projeto de lei da Marta, que versa sobre união homossexual, foi tratado como uma imposição da preferência gay, uma obrigatoriedade a todos se tornarem pederastas.
(pausa para sarcasmos)
Acho que o “Mal estar…” tá aí.
Foi bom mesmo o Richarlyson conhecer a comunidade gay de São Paulo. Isso o ajudou a ignorar abobrinhas como aquele processo contra o dirigente palestrino. Se o cara é boca-mole, problema dele.
Depois disso, o negro austríaco passou a jogar um bolão. Sem trocadilhos!
No fim das contas, no esporte competitivo é isso que importa.
Quem ainda tem dúvidas, que procure saber o quem-é-quem do mundo homossexual. Surpreender-se-á! É uma cultura verdadeiramente inútil, mas quem sabe não faça a pessoa compreender mais as humanidades, própria e alheias.
13/10/2009 at 20:55
Como certos torcedores quase sempre mostram que são seres irracionais!
O lendário zagueiro do São Paulo, depois do Santos e da seleção brasileira, Mauro Ramos de Oliveira, devido à sua elegância em campo, seu comportamento de pessoa de fino trato e (que falta de sorte!) suas nádegas volumosas era chamado de Marta Rocha, em alusão à Miss Brasil.
A mania de procurar ofender os outros com termos como “viado”, “bicha” ou “gay” muitas vezes (se não sempre) revela, na verdade, um sentimento reprimido de homossexualidade por parte de quem ofende.
Isso já é mais do que sabido há muito tempo e as pesssoas deviam pensar um pouco mais antes de abrir a boca para dizer besteiras.
13/10/2009 at 21:47
Interessante o seu post, Leandro (uma leitora foi lá no meu blog e o sugeriu). Acho que vc tem razão, mas não sei como uma lei anti-homofobia seria capaz de mudar o comportamento de torcedores num estádio. E o esporte realmente é um meio homofóbico (e machista). Em outros campos o racismo fala mais alto, como no caso de negros ganharem menos, terem menos escolaridade, menos acesso a universidades, que brancos. Por isso que é difícil comparar preconceitos, e muito menos fazer um “Oppression Olympics” pra ver quem é mais discriminado, se gays, negros, mulheres, gordas, ateus etc. Ainda quero escrever um post sobre isso…
13/10/2009 at 22:39
“o esporte” nao é um meio homofobico.
nem mesmo “os esportes coletivos de bola” o são.
o futebol, é.
Mister é ter precisão e não generalizar. Ater-se aos fatos, e não a idéias ou ideologias
13/10/2009 at 22:07
No que diz respeito a esse assunto é importante ressaltar que há sim jornalistas que já se manifestaram quanto a essa manifestações homofóbicas nos estádios, falo do Juca Kfouri e de mais alguém de quem não me lembro o nome, o assunto foi tratado no blog do juca, e tratava de uma manifestação da própria torcida saopaulina, que entoava cantos homofóbicos ao aguerrido jogador Richarlyson (uma imensa imbecilidade, desmotivar o jogador do próprio time para o qual se está torcendo, haja inteligência). E como testemunha posso dizer, que nem mesmo se Richarlyson jogasse como Maradona ou Pelé essa situação mudaria, é preciso ação, tanto do poder público, quanto da sociedade organizada e do próprio clube do jogador.
13/10/2009 at 22:09
Leandro, é, sim, fato corriqueiro. Não se trata apenas da torcida adversária. Os torcedores são-paulinos fazem a mesma coisa com jogador em questão. Sobretudo a torcida organizada. Se não me engano, há pouco o músico Nando Reis (são-paulino) abordou o tema após assistir um jogo de seu time.
Abraços!
13/10/2009 at 22:12
De novo eu: eis o texto do músico sobre o jogador> http://nandoreis.terra.com.br/boleiros-intolerancia-coletiva/
Abraços!
15/10/2009 at 09:51
Valeu, Zeca.
Forte abraço.
13/10/2009 at 22:24
É engraçado isso porque na torcida do Flamento tá cheio de viado. Tinha até a FLA-GAY … não tem mais???
Então vai todo mundo tomar no cu, porque o São Paulo vai acabar tetracampeão … com gol da vitória feito pelo Richarlyson!
13/10/2009 at 23:17
Uma coisa realmente me fascina nessa história toda: que tipo de incidente tem que acontecer para que alguém se sinta suficientemente encorajado a sair de sua rotina, ler o texto acima, descer até o final da página e deixar registrado seu comentário homofóbico pra posteridade?
13/10/2009 at 23:29
Torcida é assim mesmo. Não tem como, pois todos se apelidam, pois os flamenguistas são urubus, nós palmeirenses somos porcos, curintiano é gambá, cruzeirense é chamado de maria pelos atleticanos e por ai vai. É ruim ver o estadio inteiro nessa histeria coletiva. É bom lembrar q a Torcida Jovem do Flamengo é aliada da Independente do São Paulo, mas não se dá e até briga com a Raça Rubro Negra do próprio Flamengo. Difícil de entender mesmo. Tudo isso pq a Mancha é aliada da Força Jovem do Vasco q é inimiga mortal das torcidas rubro-negras.
14/10/2009 at 00:08
Da mesma maneira que a homofobia contra os jogadores e a torcida do São Paulo é aceita naturalmente no meio futebolístico – o que concordo plenamente é criminoso – também se naturaliza contra o torcedor do corinthians o preconceito de classe rancoroso da elite brasileira.
Mas disso, ninguém fala.
O analfabeto, pobre e ladrão (que no imaginário, também é preto, porque no imaginário, se é pobre e analfabeto, tem de ser ladrão; e se é ladrão, obviamente é preto)
14/10/2009 at 00:10
Amigo, primeiro que ele e Dagoberto não formam uma dupla de ataque, pq Richarlyson não é atacante, ele é volante
E segundo, sou são paulino e vejo torcidas adversarias xingando por exemplo o Rogerio Ceni, não é raro escutar Rogerioooooo Viadoooooo, pq isso não é homofobia ?? Pq o Rogerio não é gay, pq ele tem esposa e filhos ???
Mas até que se prove o contrario o Richarlyson tb não é gay, ele nunca assumiu
Quem está na verdade sendo homofobico é vc, querendo dizer que ele é gay, ele nunca assumiu, qual a diferença de xingarem ele ou o Rogerio Ceni de viado ??
Diferença nenhuma
14/10/2009 at 00:23
Caro Leandro:
Faz parte de toda torcida ” pegar no pé de outra”. Aquilo é no momento, exemplos? Zico tinha quebrado a perna ou joelho, com super esforço tentando a recuperação, primeiro jogo contra Fluminense, torcida tricolor ” bichado, bichado!”mesma coisa fez a torcida do Flamengo contra o Galo, Reinaldo extraordinario jogador ( sem todos os meniscos dos 2 joelhos) – ” bichado, bichado”.A do Botafogo mostrando os 6 x 0 que deram no Flamengo e mostravam com um cartaz – 6 a 0 ! 6 a 0!.A do Galo provocando a do Cruzeiro e seu goleiro Raul que era loiro – ” Vanderleia!Vanderleia!”
Seria feita a mesma coisa pela a torcida do Flamengo ao Ronaldo , fenomeno – ” traveco! traveco!”Maldade tudo isto? logico que sim, mas termina o jogo acabou.
Lógico que levantar dar Sieg heil!ou Viva Mussoline, Morra crioulo ou outras coisas terriveis assim ( acontecendo na Italia ), ultrapassa em muito o termo de pegar no pé, aí o clube deve ser punido até pela perda dos pontos ou eliminação.
Agora querer criticar as torcidas organizadas, onde a briga e a violencia sejam a tonica, estou com vc – e aí são violentos sejam do mengo, são paulo, corinthians, inter, galo …
O resto ” bichado, bicha, bicha, vanderleia, vanderleia, favelados, favelados, urubus, urubus,traveco, traveco…” faz parte do jogo, tem que guentar ou desiste do futebol, vá ao XADREZ!
Quanto a torcida do São Paulo chamar o Adriano de ” crioulo safado” fica difícil, Adriano jogou no sampa, e quantos negros jogam no São Paulo? desculpa foi forçar a barra.
Chamar nós da torcida do Flamengo, de URUBU, Henfil transformou em simbolo, de FAVELADOS, a torcida encontra outra saida, sempre encontra senão encontrar – PEGARAM NO NOSSO PÉ!rssrsrsrrs
Não Lenadro, foi para chatear, caso este jogador do São Paulo vier jogar no Flamengo, da noite para o dia será transformado no MACHÃO dos MACHÕES.
Um abraço
14/10/2009 at 00:38
Quando iremos aprender que a sexualidade, convencional ou não, não deve ter toda essa importância na vida das pessoas? Do outro lado do Atlântico andam crucificando Berlusconi ( também ) por ser um fornicador empedernido. Se seus malabarismos na alcova não interferirem no seu jeito de governar pra mim está tudo bem. Aonde ele enfia o seu “cazzo” pouco importa. O caso do Richarlyson segue o mesmo padrão. Homossexual ou não Richarlyson bate uma senhora bola. Não é isso que fundamentalmente importa? Meter a bola na rede? Deixem o rapaz em paz. O que ele faz entre quatro paredes é assunto dele. Somos uma nação homofóbica até a medula e deveríamos nos envergonhar disso. Está dito.
Débora Blog
14/10/2009 at 01:23
Gay e negro é a mesma coisa ?
Isso que o Leandro tá querendo dizer ?
14/10/2009 at 18:10
Não.
14/10/2009 at 01:50
Reproduzo comentário que fiz no Vi o Mundo:
Zé Cabudo (13/10/2009 – 23:34)
Sou contra homofilofobia e, mais do que isso, tenho repugnância de qualquer tipo de discriminação. Mas são dois casos diferentes. Não dá pra equiparar com a questão racial. Nações invadiram e exploraram a África, as Américas e sua gente. Institucionalizaram o tráfico e escravidão negreiros. Existe praticamente uma relação de dívida individual e coletiva do mundo ocidental com a África e afro-decendentes. Já Gays, sempre os houve, mas não há essa questão histórica. Desconheço alguma nação que deva parte da sua história ao sacrifício deles. Ou outra relação de dívida do mundo com a “classe” homoafetiva. A nossa sociedade deve a eles alguns direitos civis que lhes são negados, isso sim. Mas acho que não é a questão aqui. Além disso, um gay (não-negro) de boa aparência sempre foi um cara bem sucedido. Um negro de boa aparência sempre foi e sempre será, antes, tratado como motorista, garçom, jogador de futebol ou pagodeiro. São questões diferentes. Violência física e moral contra gays são absurdos atos de ignorância, sim. Mas não mais do que contra portadores de deficiência intelectual, ciganos ou nordestinos no sudeste, por exemplo. Diante disso, chamá-los de “os novos negros” me soa um tanto exagerado.
14/10/2009 at 02:07
Muito bom texto, Léo. Percebo um monte de sacanagem no teor de alguns comentários aqui postados, mas creio que mais de forma provocativa e menos de homofobia, de fato.
As torcidas agem motivadas pelas manifestações da massa. Rubinho pé de chinelo; Ronaldo Traveco;Maradona Xinxeiro; Guga maconheiro e por aí vai. Tudo que sai do padrão “comportamento social” esperado repercurte, principalmente no esporte de forma provocativa por quem torce. Tenho certeza que em campo os próprios rivais se ofendem o tempo inteiro pra provocar expulsão, descontrole, o que quer que seja.
Acho que tem de se levar em conta a espontaneidade, mesmo que
grosseira, do comportamento das torcidas, principalmente em se tratando
de futebol. As mães dos juízes, tadinhas, que digam. As putas não têm culpa, coitadas, das profissões que seus filhos escolhem…
15/10/2009 at 09:52
Valeu, Manno.
bjundas
14/10/2009 at 02:11
Ressaltando que racismo é um motivador ainda mais grosseiro e entendi perfeitamente sua comparação.
Estava com saudade de ler seus posts.
Bjsss
14/10/2009 at 02:19
Perdoe-me Leandro,
Complementando seu último parágrafo:
Ou, talvez, seja fato. E contra fatos não há o que questionar, ou há?
Comparar “homofobia” com racismo é o mesmo que comparar Sionismo com judaismo. É possível? Se for, discorra, por favor.
De resto, é de conhecimento até do reino mineral essa característica do São Bambis, digo, São Paulo.
Faz parte do folclore futebolístico, apelidos, depreciações de times adversários. A título de exemplo, a torcida palmeirense cansada de sofrer gozações de seus maiores adversários da capital que entoavam “porco, porco, porco”, a torcida tomou uma sábia e certeira decisão: Pegou o porquinho como seu segundo mascote, e passou ela a entoar “porco, porco, porco”. Pronto, resolveu o problema.
Talvez, esteja aí a solução para a problemática sambambina, digo, são paulina: Pega o bambi como seu segundo mascote. Tudo a ver, não?
Abraços
14/10/2009 at 08:09
Taí a solução, ainda vou ver nos ‘anéis’ do morungay toda torcida sãobambina de rosa e com a máscara do bixinho! hehehehe
14/10/2009 at 08:29
Eu não deixo meu Palmeiras nem por decreto.
Tenho alma palestrina, e sou Gay até a medula, acho uma afronta quererem me sãopaulinear.
Avente Palestra!
14/10/2009 at 12:37
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Palmeirense, gay? E daí?
Qual o problema? Cada um que goze por onde melhor lhe convenha.
Nunkassab que o diga (sic).
Aliás, por que o “vereador” Agnaldo Timóteo (símbolo maior da masculinidade paulistana) não propõe a mudança (apropriada) de Morumbi para Morumbambi, ao invés de propor mudança de Pq Ibirapuera para Pq miachel Jackson? Tudo a ver, também, não?
Kassab para mascote do São Bambis, já!
Abraços (por trás)
14/10/2009 at 15:36
Não fique nervosa amiga, podemos também pedir para mudar o Parque Antártica para Arena Leão Lobo, e o Parque São Jorge para Estádio Pandora da Fiel.
Beijos querida.
15/10/2009 at 03:43
Meninaaaa…
Você tá um “poço” de criatividade, hoje…
kkkkkkkkkk
14/10/2009 at 09:28
http://www.ducker.com.br/musicas.htm
Em todas essas músicas, onde há “******” eles cantam “macaco” no estádio.
O racismo existe sim, e segue forte. Isso não desqualifica a homofobia, e muito menos isenta os sãopaulinos, “vítimas” nesse caso: eles próprios, na saudação aos jogadores ao início das partidas, não cantam o nome de Richarlyson. Homossexuais simplesmente são vítimas fáceis porque nossa sociedade assim prega. Tudo, em nossa cultura, é prova de masculinidade: se não beber, é menos homem; se não brigar, é menos homem. Se não pegar mulher, então!? A tendência é que isso diminua com o tempo, mas não haverá espaço para homossexuais assumidos no futebol por muitos anos.
14/10/2009 at 09:44
Leandro, você quer ver o que é preconceito? Então vá até as cadeiras cativas do Morumbi e de lá assista a uma partida entre São Paulo e Corinthians. Ali não faltam exemplos explícitos de ódio racial e de classe social. E também de homofobia, pois ali ninguém aplaude o Ricky. É a KKK da ilustração do seu post, mas com as cores do time do Laudo Natel.
14/10/2009 at 10:05
Excelente postagem, que gera muitas discussões. Não é de hoje que tenho percebido isso. Na verdade toda forma de preconceito é ridícula, porém a maioria das pessoas só presta atenção ao que se chama de racismo. Nunca sofri preconceitos, sou morena, filha de mãe branca com pai negro, mas posso imaginar pelo o que eles não devem ter passado durante a vida e no começo da relação inclusive.
Confesso que já tive preconceito contra homosexuais, infelizmente é algo enraizado na nossa sociedade, principalmente no Rio de Janeiro.
Hoje moro no litoral do Paraná, e ao chegar aqui fui surpreendida por um gigantesco número de pessoas homossexuais], bissexuais, transexuias e o caramba a quatro. Foi um choque. Não que não haja no Rio, porém aqui a liberdade que essas pessoas possuem, podendo viver suas vidas sem ter que realmente se preocupar com aqueles que não sabem conviver com a diferença, fui intrigante. Como disse, não nego um dia ter sido preconceituosa nesse sentido. Porém em pouco tempó conheci algumas pessoas desse meio. E percebi que absolutamente não faz a menor diferença. Se é escolha ou não não me importa, a diversidade de personalidade, caráter e cultura é tão grande quanto em qualquer outro grupo humano.
Ainda tenho preconceitos, contra outros grupos, infelizmente. Tento melhorar isso. Ter preconceito é algo comum, o problema é ter orgulho dele.
14/10/2009 at 10:44
Caro Leandro,
Parabéns pelo excelente texto. Nada me resta a acrescentar, a não ser a solidariedade por ter que aturar tantos comentários descabidos.
14/10/2009 at 12:42
Ô amigo:
Todos o comentarios ao Leandro foram bons, uns mais serios outros mais brincalhões mas nenhum descabido.
Sei que deve torcer por algum time, quando seu maior adversario tem algo que incomoda coitado dele!não é assim?
Combater o racismo e o preconceito violento sim, só geram violencia e ódio.
Toda piada de judeu é ofensiva? toda piada de bicha é ofensiva?a do ultimo do portugues? – piada do crioulo? essa tem , no fundo sempre há a segregação racial e saudades da escravidão.
Piada de judeu explorando seu aspecto cultural os proprios judeus contam, piadas de bicha, sem as gorsserias – são ótimas enfim – relachar e gozar – somente quando nosso time ganha, caso contrario esperar a forra.
Um abraço de um Flamengo sofredor, não SEMPRE!
14/10/2009 at 10:57
[…] Publicado por Prof. Leandro em 14/10/2009 Por Leandro Fortes – https://brasiliaeuvi.wordpress.com/2009/10/13/os-novos-negros/ […]
14/10/2009 at 11:01
Todas as sociedades precisam alimentar-se de um ódio comum a uma minoria, para disfarçar outros ódios e confrontos, permitindo assim manter-se o status quo, infelizmente essa é a realidade, ontem foram os negros, hoje são os homosexuais, e amanhã será alguma minoria de imigrantes ou algo do tipo, mas eles são precisos e alimentados pela elite para esconder certas contradições provenientes de classe, assim, classe conflitantes como a de patrões e empregados, unem-se nem que seja para detratar uma outra minoria, fazendo o empregado esquecer que ele é extremamente explorado e discrimado pelo seu empregador.
14/10/2009 at 11:08
Estou mais impressionado com certos comentários do que com a gritaria histérica flamengista no Maracanã. Quem afirma que futebol é “coisa de preto” deveria ler um pouco mais sobre a história deste esporte, em especial no Brasil e rever que nem sempre a coisa funcionou desta forma.
De qualquer forma e interessante perceber como esse texto despertou reações de todo tipo. E parabéns a ele. Só cabe uma ressalva é que o racismo e a homofobia estão em contextos discriminatórios e de estigmas com características próprias, ora tendo conexões ou não. É importante isso ser lembrado no país com a maior população negra depois da Nigéria e em um planeta onde não há estatísica segura sobre quantos homossexuais existem e, se tratando de um tema ligado a sexualidade, é cercado de tabus, mesmo 100 anos após a criação da psicanálise e da revolução feminista e sexual ao longo do século XX, especialmente nesta terra carregdade preconceitos herdados da época colonial revistos e atualizados.
14/10/2009 at 12:36
Vale lembrar uma outra diferença entre racismo e homofobia.
No racismo, o preconceito não parte de uma hipotese, mas de um fato. O cara nao gosta de preto, o outro é preto. Ponto final.
Na dita homofobia, em geral parte de uma hipotese. O cara nao gosta de viado, e talvez (e por enquanto, so talvez), Richarlyson seja viado. Motivo suficiente para odia-lo.
é um preconceito, digamos, “estilo Veja”: grampo sem audio.
14/10/2009 at 12:29
Geralmente os que mais fazem questão de mostrar que são machos e chamam os outros de “viado” é que têm problemas em sair do armário.
Não esquecer de que quem foi flagrado com travestis: o “macho” Ronaldo…
14/10/2009 at 13:32
Caro Leandro,
Futebol é isso mesmo. Se o ponto fraco do cara é ser chamado de viado, a torcida adversária vai chamá-lo de viado.
Houve uma época em que no Rio a torcida do flamengo dizia que a Paquita do Renato (Gaúcho) o Romário já tinha comido. Machismo? É. Mas irritava o cara. Lá em cima lembraram bem da Martha Rocha. Outro que odiava apelidos era o Heleno Nunes, chamado de Gilda. E por aí vai. Não vejo homofobia nisso. Vejo apenas provocação.
14/10/2009 at 13:43
Tão facil seria comprovar se o bambizinho do São Paulo derrama agua fora da bacia ou não, é só enfiar o dedo no cu dele durante um jogo, acho que ele vai gostar.
14/10/2009 at 15:39
Nossa agora já descobri como o Sérgio Lima descobriu que gostava de dar o cuzinho.
14/10/2009 at 18:13
Vejo que está surgindo um casal aqui no blog! Parabéns, meninos!
14/10/2009 at 14:16
Não consigo ver nexo entre a comparação que foi feita entre o racismo e a homofobia.
Raça é questão genética e ninguém pode ser discriminado por ter nascido negro, mesmo porque a raça não determina caráter, comportamento, inteligência..etc. Não é possível se discutir mérito ou conveniência, a raça simplesmente é.
Agora já homosexualismo é uma escolha sexual, escolha esta que tem raiz no comportamento do indivíduo. Todas as sociedades rejeitam e até mesmo criminalizam comportamentos taxados de negativos, imorais ou destrutivos, conforme quais comportamentos estas sociedades avaliam que sejam danosos para o convívio e preservação social.
Portanto, na questão do homossexualismo pode-se sim discutir a conveniência ou mérito.
É perfeitamente possível discutir se a sociedade aceita ou não certos comportamentos, assim é perfeitamente possível rejeitar o homossexualismo, como se rejeita quem palita os dentes no restaurante, ou quem tem conduta escandalosa, ou quem rouba ou ainda quem descaminha menores.
Eu pergunto aos heterosexuais que tem filho homem: algum de vocês teriam coragem de contratar um homosexual para ser babá de seu filho, um belo menino de 7 anos?
14/10/2009 at 22:17
Você acredita mesmo que homossexualismo é mesmo uma questão de escolha? Talvez até pode ser que em alguns casos isso seja verdade. A psicologia tem explicações para isso. Mas daí a achar que todos os homossexuais, mesmo sabendo das discriminações que sofreriam, escolheram ser homossexuais é demais! Eu não acredito nisso em hipótese alguma. Numa sociedade tão preconceituosa como a brasileira, se fosse o caso de uma mera escolha, acho que não teríamos um único homossexual no Brasil. O Brasil é tão preconceituoso que a sua pergunta final já demonstra isso. Mas eu vou responder. Eu, particularmente, teria receio de contratar um homossexual para ser babá de meu filho tanto quanto eu teria de contratar um padre para fazer a mesma coisa.
15/10/2009 at 14:42
Ótima resposta, Augusto!
15/10/2009 at 15:00
Acredito sim que o homossexualismo seja questão de escolha. Você não?
Se a psicologia explica então você acredita que seja um desvio um desvio sexual que deve ser tratado como doença? Como a pedofilia por exemplo?
Esta é um hipótese bem interessante que gostaria de explorar, se é um desvio ou doença psicológica então deve ser tratado como tal, assim como o alcólatra e o drogadito, e não aceitar como uma conduta normal e socialmente aprovada, e até algumas vezes festejada.
Se um de seus filhos tivesse um desvio de conduta de fundo psicológico você não tentaria ajudá-lo a tratar o problema?
E falando em desvios sexuais, podemos citar o sadomasoquismo, sabemos que ele existe, as pessoas que tem o problema não são criminalizadas, mas sofreriam reproche se exibissem a sua defornação,moral ou psicológica, em praça pública, e se orgulhassem dela. Os desvios à nautureza sofrem reprovação social, e os grupos que os praticam tem 2 opções, ou se escondem e não fazem alarde de sua condição ou procuram apoio e tratamento médico para se livrarem do mal.
Então não é uma questão de preconceito é questão de valores sociais, o comportamento aceitável socialmente, e o que a sociedade reprova, e como sociedade temos o direito de reprovar.
E com relação à Babá homosexual, não é preconceito meu é um comentário que advém de uma experiência: uma parenta contratou um homossexual como babá, e por mais que a família a reprovasse ela se dizia moderna, sem preconceitos e descolada. O resultado foi que o menino sofreu abuso sexual comprovado se seu cuidador.
Então a referência à babá homo foi referência a uma experiência familiar.
Quando o seu preconceito com relação aos padres não te tiro a razão, afinal temos uma porção de experiências para nos confirmar que alguém que não tem uma vida sexual normal e saudável tem grandes chances de ter sérios problemas, alguns até tão danosos à sociedade que constituem crime.
19/10/2009 at 23:31
Escolha, sem dúvida.
Mas a heterossexualidade também é apenas isso: escolha.
Quando falo “escolha”, estou falando da “escolha INconsciente”. Que não é sinônimo de “opção” e nunca é “livre”.
21/10/2009 at 12:17
Lucas,
Acho que você faz confusão, a sexualidade normal não é uma questão de escolha, é apenas natural.
22/10/2009 at 20:56
“sexualidade normal” é grampo-sem-audio: ninguem nunca viu uma.
Não faço confusao. E mesmo que exista uma sexualidade normal, por ser normal deixa de ser escolha?
22/10/2009 at 20:59
E você se esquece ainda de uma coisa – uma descoberta fundamental de Freud, muito bem colocada em 1922:
“de um ponto de vista da economia psíquica, a normalidade seria a homossexualidade (pouco dispendiosa pro sujeito, já que não gera prole por exemplo). E desde que se parta deste principio, é a heterossexualidade que resta a ser explicada como uma patologia”.
26/10/2009 at 13:35
Como se vê pela sua citação de Freud, quando as pessoas se tornam famosas elas podem falar qualquer besteira que os outros repetem sem nenhuma crítica, sem nem mesmo verificar em que contexto o comentário foi feito, ou com que propósito.
Existe sim sexualidade normal, eu já vi muito por aí, aliás os desvios sexuais ainda são a minoria, por sorte nossa sociedade ainda não é tão doente de modo a perder o conceito de normalidade.
Muito me estranha e entristece que algumas pessoas já tenham perdido o conceito de normalidade, de honestidade de certo e errado.
27/10/2009 at 18:12
O conceito de normalidade existe, de fato, como capacidade de auto-regulação.
Fora disso, é um mito politicamente interessado.
Sobre isso, sugiro ler Georges Canguilhem, “O Normal & O Patológico”, obra que pelo seu comentário você mostra desconhecer.
A citação de Freud não está fora de contexto. Quando se diz que não há sexualidade normal é que mesmo a relação genital penis-vagina não é previamente garantida na espécie Homo Sapiens – e aliás, ela é especialmente problemática nesta espécie (já que é a espécie para qual o sexo perde quase completamente sua função procriativa).
(esta perda, como comentei bem mais acima, já pode ser observada nos primatas superiores, especialmente nos chimpanzés).
27/10/2009 at 18:14
Note que seu conceito de normalidade está no mesmo campo semântico da correção moral.
Portanto, é apenas moralista. Em nada diz respeito a uma possível psicopatologia.
Dentro de um campo moralista, ser doido é também punível. Por sorte, desde a Revolução Francesa sabe-se que não se pode ser doido e criminoso a um só tempo.
E viado não é nem doido nem criminoso. Não mais, ao menos, do que os heterossexuais.
27/10/2009 at 18:16
Mais reintero minha pergunta, da qual você fugiu.
Vamos supor que haja uma sexualidade normal. Normalíssima.
E que esta seja a maioria. Digamos 60% da população. Uma maioria epidemiologicamente relevante.
Por que, em sendo normal e majoritaria, ela deixaria de ser uma escolha?!
Que relação lógica você faz em algo ser dado como “normal” e algo ser dado como “não subjetivo”?!
Pra mim, não está óbvio. E não me parece sustentável.
14/10/2009 at 14:44
[…] novo artigo do Leandro Fortes em seu blog me encorajou ainda mais a escrever sobre o preconceito, tema sobre o […]
14/10/2009 at 14:51
caramba,
eu entrei aqui para deixar um clap, clap, clap para o belo e oportuno texto…comecei a ler os comentários e fiquei apavorada!
leandro,
os comentários mostram a verdade do seu texto. Vamos ter que fazer um tremendo esforço para brecar a homofobia no brasil. Mas, vamos lá! Com a sua coragem e de tantos outros a gente vai conseguir.
No mais, fiquei muito triste de saber que a torcida do meu mengão deu esse vexame num jogo que teve tudo para ser histórico.
Mas sei que não é só a torcida do flamengo…infelizmente isso deve acontecer em todos os estádios brasileiros, apenas, a imprensa não fala no assunto.
14/10/2009 at 15:24
caro Leandro Fortes, uma correção, o time do Sao paulo nao é chamado de elitista porque vem do Morumbi, mas porque foi formado no Club Athletico Paulistano.
14/10/2009 at 16:08
Leandro, só posso agradecer pelo post (perfeito) e lamentar os comentários homófobos que apareceram.
14/10/2009 at 16:59
Com certeza é um texto extremamente lúcido… e os comentários só me fazem, cada vez mais, reafirmar a crença de que a web está tornando-se um estádio de futebol: Onde muita gente expressa sua ignorância de maneira lamentável, afirmando coisas que não compreendem como se fossem verdades absolutas.
14/10/2009 at 17:22
Leandro, só posso te parabenizar pelo texto, simplesmente excelente!
Lembro-me de um dia no Mineirão que eu falei que o Richarlysson seria uma ótima contratação pro Galo, os caras queriam me bater na arquibancada…
E mais absurdo que as torcidas, é a legislação que transforma a homofobia em crime até hoje não existir, brincadeira de mau gosto…
Abraços!
14/10/2009 at 20:10
Leandro, sem falar naquela decisão que um juiz de São Paulo deu a respeito de uma queixa-crime oferecida pelo jogador. Quem quiser ver, pode encontrá-la por aí na internet. Na sentença, dentre outras pérolas, o juiz afirma que futebol é coisa de macho e que os gays deveriam montar uma liga própria. É isso mesmo o que está escrito na senteça. Esse juiz, salvo engano, chegou a tomar pau no Conselho Nacional de Justiça por isso.
Também sou totalmente favorável a criminalizar a homofobia ou a discriminação contra os gays. É preciso acabar com isso de uma vez. Essa parte da sociedade brasileira sofre muito com isso. Eu já fui policial civil em São Paulo. Trabalhei muito durante a madrugada e tive a oportunidade de presenciar situações muito tristes. Uma vez eu e um colega íamos em direção ao IC, no Butantã, para depositar entorpecentes. Quando passavámos perto do Jochey um travesti pulou na frente da viatura e pediu a nossa ajuda porque uns caras haviam acabado de roubar sua bolça. Prendemos os babacas mais à frente. Os caras se fuderam legal, foram em cana e ainda responderam por roubo, cuja pena é alta.
Aí eu fico pensando, não é possível que esses travestis (homens) façam de tudo para parecer uma mulher, ou mesmo mulheres que procuram se passar por homens, por pura “safadeza”. Deve haver alguma explicação biológica ou genética para isso. Pelo menos para a maioria, sem dúvida alguma que não é uma mera opção. Não é possível que alguém que tenha nascido homem acorde um dia e simplesmente “opte” por seu mulher, ou vice-versa. Basta ver o caso daquela moça, a Thame, filha da Gretchim.
No caso de a imprensa não mostrar nada, acho que isso não é surpresa, pois a Globo controla o futebol no Brasil e ela procura evitar qualquer coisa que possa prejudicar a imagem do esporte. Ela não mostra nada, nem as brigas que ocorrem fora dos estádios. Digamos que a Globo cuida bem da imagem do futebol no Brasil, em nome de seus próprios interesses, é claro.
14/10/2009 at 20:28
Parabéns pelo texto. Como citado acima, o estigma em Richard está desde nascença, ele não tem culpa de ter nascido com predominância de hormônios femininos. Não deve existir preconceito!
14/10/2009 at 20:59
É tão importante e estratégico darmos visibilidade e discutir essas práticas de violência para podermos desconstruí-las mediante debates, diálogos e intervenções. é necessário pontuar para os homofóbicos que tanto o sexo quanto o gênero são construções sociais que regulam e engendram comportamentos absolutos. O pior é que esses seres violentos reproduzem com legitimidade esses discursos na família, escola, igreja… Por isso a importância de uma boa educação infantil nesse pais, nesse mundo, nesse universo.
14/10/2009 at 21:17
Caraca, os comentários desse posti mostram bem o que o Leandro quis demonstrar.
14/10/2009 at 21:26
Quem liga pra isso ? aqui é assim mesmo preto é jogador de futebol ou bandido.
E bicha é bicha, quer bondade procure a igreja.
14/10/2009 at 21:48
[…] Os novos negros https://brasiliaeuvi.wordpress.com/2009/10/13/os-novos-negros/ Posted by Leandro Fortes under Homofobia & racismo "Bicharlyson! Bicharlyson!" […]
14/10/2009 at 22:41
Sr. José Cabudo, os homossexuais também foram mandados para os campos de concentração,como os judeus,os ciganos,os comunistas e todos os inimigos do regime. A diferença é que a estrela que os gays eram obrigados a usar, pregada em suas roupas, era cor-de-rosa.
15/10/2009 at 05:19
Quando o Adriano jogava no SPFC, uma vez no Morumbi presenciei a seguinte cena:
Adriano ia tocar a bola pro Richarlyson. Adriano toca errado. Torcida culpa o Richarlyson pelo erro.
15/10/2009 at 10:43
[…] Fortes sentou um texto bem na geral do preconceito. Recomendo, reveja sempre seus […]
15/10/2009 at 11:27
Grande passo Fortes, afinal de contas todo preconceito começa a cair quando as pessoas realmente se reconhecem preconceituosas, como tivemos vários exmplos aqui nos comentários. Não dá para entender alguns, é verdade, afinal de contas o texto é tão claro. Enquanto o projeto de criminalização da homofobia estiver engavetado no congresso, este tipo de discriminação e a violencia contra gays (masculinos e femininos)vão continua país afora, e o pior, não só nos estádios, mas nas ruas, como ocorreu na última parada gay de SP. Até os USA, um país considerado dos mais preconceituosos, já tem a sua nova lei que torna hediondo os crimes homofóbicos. E no mais, se todos os jogador de futebol casados com loiraças, mas que nas horas vagas gostam é de outras coisitas, iria deixar rubros tantos que comentaram aqui.
15/10/2009 at 11:59
Ao ver a foto muitos brasileiros pensará que aquela reunião foi no Maracanã, e o duro é imaginar que a maioria que fazem parte destas torcedas são negros e entre eles (pretos, brancos, indios etc) existe muitos Homosexuais não assumidos?, isso é brasil.
15/10/2009 at 16:00
Pensamento babaca esse seu viu Leandro. Com leis e imposições nunca poram fim em um mal que está encabrestado em uma cultura. Colocar ambos os “humilhados”, negros e homossexuais em um patamar de “tadinhos”, só piora a situação, está certo que o criminoso que age mais por que é coibido menos, mas em casos, e não é aplicado a um crime torpe cultural. É ignorância pensar deste modo, não bastam às condições em que os livros de história brasileiros retratam a estória do índio e do negro no Brasil. O homem branco é sempre mal, e o negro, índio e agora homossexuais são os pobrezinhos da vez. Para o inferno com esse tipo de afirmação. O respeito pelas diferenças só vai enfim acontecer quando pararem de fazer esse destacamento étnico e sexual que envolve a sociedade. Ideais inúteis como o seu só pioram o que já está ruim.
16/10/2009 at 00:59
Me desculpe o indíviduo acima, mas eu discordo. O “destacamento”, como afirma, não é algo artificial – é uma característica já inerente à nossa sociedade. Falar de classes sociais, por exemplo, é falar de etnias diferentes. Certamente, há um destaque étnico-cultural imenso entre os moradores da Rocinha e seus vizinhos de São Conrado. E esse destaque ocorre também quando a amiguinha da zona sul diz que prefere o Barra Shopping do que o Nova América, pois lá em Del Castilho só tem “gente feia”. E todo mundo sabe que “gente feia” igual a “gente pobre”. E isso é um pensamento corrente, comum. E identificar esse tipo de comportamento é um passo para que se trabalhe a sociedade nesse sentido. A questão que Leandro coloca é que enquanto conseguimos evoluir as discussões raciais no Brasil, continuamos jurássicos na questão sexual. E talvez esteja certo. Eu me coloco como parte disso.
15/10/2009 at 18:38
E ninguém comentou sobre a pressão da ridícula bancada evangélica que luta, diuturnamente, para impedir que direitos fundamentais cheguem à todos, inclusive aos homossexuais.
Esse retrocesso da corrupta bancada evangélica deveria ser alvo de manifestações constantes nas passeatas gays. Chega de passeata show, está na hora de os homossexuais se organizarem para começar a fazer pressão nos políticos ou mesmo eleger seus representantes!
Não sou gay, mas amo a democracia e entendo que todos são iguais, negros, brancos, candomblecistas, evangélicos, heteros e homos.
Um abraço!
15/10/2009 at 18:57
Leandro,
Não concordo com suas ponderações Faz parte da cultura do futebol esse tipo de provocação. Entoar gritos e cantos de bambis, porcos, gambás marginais é absolutamente aceitável, sim!
Sou palmeirense e vivo chamando os saupaulinos de bambis, zoando o Bicharlyson e, se estivesse no Maracanã, gritaria junto da massa e também faria a festa, pois isso faz parte do futebol.
Agora, tenho amigos gays, sou contra a homofobia.
E comparar o racismo da época escravista com essa manifestação jocosa do futebol é errônea.
Não vejo nenhum grupo extremista ameaçando espancar o Richarlyson, não vejo ninguém tacando pedra no ônibus dele ou fazendo terrorismo com ele e a família dele. Tudo fica no campo, na jocosidade.
Já no tempo da escravidão o racismo ainda era acompanhado de açoites repugnantes, castração da liberdade, torturas entre outras barbaridades.
Não constato essa prática diante dos jogadores do São Paulo, nem com os torcedores desse clube.
É claro que não podemos ser hipócritas em achar que não tem uma pitada de um preconceito que não é saudável. Mas, em que ramo da nossa sociedade não existe preconceito,hein?
A política mesmo é um campo fértil, onde todos do PSDB são estigmatizados e perseguidos implacavelmente por jornalistas favoráveis ao PT, e vice-versa.
Será que não é preconceito também imputar toda a podridão para um partido e toda a virtude para o que lhe é mais é alinhado ideologicamente?????
Enquando os cantos estiverem só nas torcidas, dentro do jogo, vamos celebrar e farrear.
Devemos nos preocupar é com grupos que realmente exterminam os homosexuais, por sua condição. Deixemos a intolerância de lado!!!
Abraços
15/10/2009 at 19:44
Leandro,
Gsoto muito de seus artigos tanto aqui como na Carta Capital, mas acho que desta vez vc errou na dose.
Se vc foi ao MARACanã, DEVE TER REPARADO QUE A TORCIDA DO MENGÃO, XINGOU O ROGÉRIO CENI DE VIADO O TEMPO TODO.
ELa também costuma xingar o RENATO GAÚCHO DE VIADO.
Isso é coisa de torcida, não é preconceito, pode ser de mau gosto, mas faz parte do
futebol.
Portanto, não é restrita o impropério, nem direcionada, é puro deboche e sacanagem mesmo.
Leve a mal não, mas se vc freqeuntasse há muito tempo a torcida do Mengão, já teria reparado que há muito tempo ela se utiliza desses jargões quandoquer sacanear alguém.
ABS
16/10/2009 at 01:21
“Isso é coisa de torcida, não é preconceito, pode ser de mau gosto, mas faz parte do
futebol.”
O que está inerente então, não é preconceito?
A escravidão então, não era preconceito? Os latifundiários da época pensavam igualzinho.
15/10/2009 at 21:02
Parabéns, Leandro. Esse post foi certeiro. Um assunto extremamente relevante. A “grande mídia” (apenas no nome), mais uma vez, comeu mosca.
15/10/2009 at 21:13
[…] Os novos negros Não faz muito tempo, o mundo – e o Brasil, em particular –, se escandalizou com as manifestações racistas contra […] […]
16/10/2009 at 14:55
“Novos negros…”? Talvez os “gays” tenham herdado sim a maldição que fora construída contra as mulheres dos séculos passados, as que não tinham direito a desejar, as impotentes, as acossadas de “tentações”, aquelas que tinham “a natureza fraca”, o miolo mole… parte com o ex-PFL (rsrsrs)e a lista segue… Modo de desqualificar uma identidade em proteção de outra (mulher – homem). A identidade do homem forjada diante da identidade (“anti-norma”) da mulher (isto é, da “mulherzinha”). Daí o medão que os homens têm de fraquejarem: identificarem-se com o “outro lado”, impotente, mole, dependente, carente, doente…
As torcidas de times de futebol gritam: somos machos! somos invencíveis! somos muitos! somos iguais! Ops! Mas odiamos a torcida adversária, odiamos uma facção da mesma torcida… iguais? diferentes?
E, no fundo, é tudo muito a mesma coisa. Os coros, as músicas, as crenças… as brigas… As torcidas de futebol tornando-se um dos (últimos?) refúgios dos canalhas!
Freud chama isto de “narcisismo das pequenas diferenças”: um conceito esclarecedor, anti-obscurantismo, civilizador.
“Deus me livre” dos religiosos, dos fanáticos (inclusive por times), dos que não aceitam a diversidade… infelizmente – como mostra a Carta Capital desta semana – cada vez mais buscando (e conquistando) o poder político de disciplinar a (nossa) vida de acordo com suas crenças e oportunismos. Asssim está sendo feito: barra-se o direito de um grupo (“pecadores”) aqui, aprova benefícios para outro ali… usando todas as armas possíveis, todos os argumentos (mesmo os medievais) que a grande mídia repercute – quem sabe os jornalistas estão com medo?!
Enquanto o sujeito se perde na massa (embriagada) e grita: “joga pedra na Geni”, sentindo-se poderoso… quem sabe, por uns 90 minutos, se tanto, está vigorosamente ajudando a forjar normas e anti-normas.
16/10/2009 at 16:23
[…] Leia texto completo […]
16/10/2009 at 16:30
Nessa eu acho que há um certo exagero (posso estar errado, é claro).
Acho que é uma coisa do futebol. Sempre teve esse tipo de provocação e sempre vai ter. Não quer dizer que todos são preconceituosos (a maioria nem é).
P.S.: o Flamengo teve a primeira torcida gay do futebol brasileiro.
Saudações Tricolores.
17/10/2009 at 22:10
[…] isso, é revelador o texto do jornalista Leandro Fortes, da revista Carta Capital, em seu blog, “Brasília, Eu Vi”, quando […]
18/10/2009 at 03:02
[…] isso, é revelador o texto do jornalista Leandro Fortes, da revista Carta Capital, em seu blog, “Brasília, Eu Vi”, quando […]
18/10/2009 at 05:28
vejam esse link: http://www.charlesdarwinresearch.org/portuguese.pdfe tirem suas proprias conclusões sobre as raças humanas ( sim eles existem)
18/10/2009 at 05:30
Clique para acessar o portuguese.pdf
agora foi ,ai esta o link !
18/10/2009 at 05:36
e va la saber porque os negros estão sendo hostilizados na europa!
sera que os indices de criminalidade continuam os mesmo com imigração oriunda da da africa ? acho que não ,pelo que sei italia,portugal,inglaterra,espanha ,frança estão tendo muitos problemas com os negros oriundos do terceiro mundo ,( trafico de drogas ,aumento da criminalidade e etc).
acontece que o fãs do futebol que fazem parte do povo ,naõ querem saber se o negro que esta causando problemas no seu pais é jogador de futebol ou imigrante ilegal , pra eles todos são negros e todos tem a mesma culpa .
pelo menos é assim que eu penso , pois antigamente tambem havia negros no futebol mas não havaim casos de ofensas contra os jogadores!
18/10/2009 at 22:18
Não consigo entender as reações aos argumentos do Leandro. Ele defende que é ainda pior ser gay do que negro no Brasil, pois já há um certo consenso sobre o racismo, mas não sobre a homofobia. Pode questionar o argumento, por exemplo, lembrando que, ao contrário, há uma certa folclorização do homossexual que pouco ocorreu com o negro (talvez na figura do “negão”, sim). Uma folclorização que pode assumir a forma de amenização, talvez. E sobre a questão da rivalidade e de sua naturalização, há muito o que pensar. Uma grande questão é pensar porquê não se pode ter um mínimo de civilidade em tais, digamos, espetáculos?
19/10/2009 at 11:04
Me choca como ainda temos mentes tão pequenas…. sem comentarios .. apenas deixo aqui minha lástima!
Jhonathan Motta
21/10/2009 at 07:13
Que perda de tempo!
22/10/2009 at 18:19
Uma pequena correção:
O São Paulo não é oriundo do bairro do Morumbi, como querem tantos de seus torcedores. O São Paulo é Oriundo do Bairro operário do Canindé, e era, em um passado que seus torcedores preferem esquecer, alcunhado de o “time dos engraxates”. À parte o preconceito contido na alcunha, o grosso de sua torcida, mesmo hoje em dia com toda a repaginação ideológica levada a cabo por suas últimas diretorias, não me parece formada pela alva e rica elite do morumbi.
26/10/2009 at 11:20
Leandro.
A alcunha de VIADO dada ao São Paulo e aos seus torcedores tem conotações bem mais profundas do que o simples preconceito por opção sexual, como você mesmo diz. Evidentemente, há em São Paulo – como em todo o País – forte preconceito contra gays, mas o buraco (epa!) é mais embaixo.
Você falou sobre as raízes aristocráticas do São Paulo Futebol Clube e isso é fato. Até porque o apelido bambi foi dado pelo Vampeta e, até então, são-paulino era chamado de pó-de-arroz, apelido dado originalmente aos torcedores do Fluminense. Aliás, o termo “pó-de-arroz” faz sentido apenas no RJ. Mas há muito mais na história do SPFC que justifica o apelido.
Tem a ver também com a tentativa de acabar com o Palestra Itália durante a segunda guerra mundial, aproveitando-se do momento de perseguição aos italianos, as manobras para pilhar o patrimônio do clube, assim como acabaram fazendo com o Germânia. Sem falar na construção de um gigantesco estádio com dinheiro público, quando a ditadura militar impedia que tal escândalo viesse a público. Aliás, é o time que levou Médici – de helicópero! – para a final de um campeonato, em 1970.
Tudo isso criou uma sensação de asco em relação ao São Paulo. O comentário de Vampeta e a ascensão de Richarlyson no time apenas criaram novos desdobramentos.
Não sei como acontece no RJ e no DF, mas as provocações feitas a Richarlyson existem mais como forma de desestabilizar o adversário. Até porque os palmeirenses, que são os que mais tiram sarro do jogador, na verdade são os que mais o respeitam, pela raça com que joga e pela dedicação ao seu clube, num contraste claro com mercenários que hoje jogam no SPFC.
27/10/2009 at 15:44
Até parece que essa cagada saída de sua boca tem algum paralelo com a realidade.
Primeiro, o SPFC jamais tentou tomar o estádio do palmeiras, o que houve foi uma promulgação de lei por Getúlio Vargas, colocando na ilegalidade instituições com ligação de nome com países inimigos do Brasil, caso do Palestra, o SPFC, que não tinha nada a ver com o pato, foi pego para cristo pelos fascistas que compunham a maior parte da direção daquele clube. Os paulistas, como se sabe, devido a revolução de 1932, eram absolutamente contra Getúlio, e a Bandeira do SPFC era uma forma de resistência ao ditador. Quando o ditador se voltou contra seus inspiradores fascistas do Palestra, esses viram no SPFC, por ser absolutamente brasileiro, um alvo para atingir o país que os abrigava,mas que declarara guerra a pátria mãe deles. Repito, o SPFC é vítima dessa mentira canalha dos fascistas do Palestra.
Sobre o Germânia, outra mentira da Fascistada do Palestra, visto que os clubes alemães também tiveram dificuldades pela perseguição do Estado Novo, o Deuscht Club, um clube de alemães do Canidé, propôs ao SPFC uma fusão, o que foi feito, constanto nas atas de ambos os clubes, o Germânia verdadeiro, continua existindo, mas por força da lei de Getúlio, também teve que mudar o nome para Pinheiros, e está sediado na margem direita do Rio Pinheiros, portanto, mais uma mentira da fascista do Palestra cai por terra.
Sobre o Morumbi, a mentira chega a ser grotesca, uma vez que o Sr. Laudo Natel, presidente que construiu o estádio, só veio a ser governador do Estado de São Paulo, em 1971, um ano após a inauguração total do estádio. A menos que ele tenha inventado uma máquina do tempo, capaz de enviar dinheiro roubado ao passado, a estória da Fascistada do Palestra é 100% mentirosa.
Sobre o Médice, é correto, ele esteve presente na inauguração do Morumbi, mas lembremos que Getúlio, outro ditador, esteve presente na inauguração do Pacaembu, e Enest Geisel, doou o terreno de Itaquera para o SCCP, numa ruidosa visita ao Parque São Jorge.
O que existe é uma imensa inveja dos fascistas do Palestra, em relação ao Tricolor, por terem sido superados em número de títulos, patrimônio e principalmente em número de torcedores, por aquele pobre clube de brasileiros que a elite industrial da Casa de Savóia não aceitava em suas rodas, a não ser como operários de suas fábricas.
Sobrou o rancor da fascistada sem tribuna, endoidecidos pelo ciúme e carcomidos pela inveja.
02/11/2009 at 11:58
Leandro,
O texto é interessante, muito pertinente, mas vale uma ressalva. É complicado mensurar racismo e homofobia, sob pena de criar uma falsa impressão de que um dos problemas está resolvido, no caso o racismo no futebol. Até que ponto o fato do Richarlyson ser negro não acirra os ânimos homofóbicos da torcida, por exemplo? Se ele fosse branco, o coro seria no mesmo tom? Duvido. O debate sobre homofobia e racismo, dentro ou fora dos campos, deve ser feito levando em conta essa dimensão. Em geral, uma violação de direito está associada a várias outras. Os movimentos sociais, negr@s e LGBTT têm o desafio de pautar, de maneira conjunta, essa discussão com vistas à Copa do Mundo, no Brasil. Vamos nessa?
abs,
Juliana Cézar Nunes
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-DF)
03/11/2009 at 03:05
Só uma coisa: parabéns pelo post
08/11/2009 at 12:12
nunca fui ao estadio de futibol, e nem, quero ir, acho uma injustiça isso o que acontece no gramado, nao é pq sou sao-paulina, mas sim porcausa do do preconceito que é muito grande e ao mesmo tempo muito serio. despois de algum tempo do 1º acontecimento citado no texto fiquei totalmente frustrada, chokei pirua, fikei pensando: como sera a reaçao dos negros quando isso chegar aos seus ouvidos? o baki vai ser muito grande. des dai comecei a me preucupar com o racismo no brasil e no mundo, mais o que posso fazer so tenho 11 anos, a unica coisa que me resta e esperar a justiça acontecer.
10/11/2009 at 15:48
De onde saiu esse dado que a raça é a torcida mais importante do Rio?
28/01/2010 at 11:07
era o que faltava…: como é a palavra que trata de ADORADORES DE HOMOSSEXUAIS?
de cá, nada tenho contra, contanto que eles se mantenham em seus lugares, como eu faço, ficando na minha. o que é insuportável é ver gente dizendo que devemos DAR ESPAÇO a qualquer grupo que não abraçamos.
quem dá espaço para mim?
07/11/2010 at 23:42
Giovani, não me parece que o autor esteja defendendo o homossexualismo. Ele está apenas criticando o preconceito e a agressão contra qquer pessoa seja pela sua cor da pela, seja pela sua condição sexual.
23/04/2010 at 12:01
A bancada evangélica não só não permite aprovação de lei que proiba a discriminação, como até mesmo já está dando voz de prisão a homossexuais, através do inquisidor-mor que elegeram para o Senado brasileiro. É o que se viu recentemente quando prenderam um padre no interior de Alagoas por causa de um vídeo em que ele transa com rapaz de 20 anos, e que filmou e divulgou tal vídeo com o intuito claro de chantagem e extorsão. É bem verdade que o pretexto usado para a prisão foi de abuso sexual. Mas se válido fosse o pretexto, que não se usasse como prova um vídeo que é de pura homossexualidade e no qual o rapaz que se apresente como pobre vítima chupa voluptuosamente e com muita vontade o pênis do religioso.
07/11/2010 at 23:33
Excelente o texto! Do ponto de vista sociológico, achei a comparação muito pertinente. É triste e assustador a quantidade de comentários preconceituosos aqui e de julgamentos dos mais incoerentes. Evidentemente não se trata de discutir genética, mas relações sociais e respeito entre seres humanos que podem viver em harmonia. Acredito que o fato de saber se ser negro é uma condição genética ou não é irrelevante para se perceber que se trata de um preconceito socialmente criado. Assim como é irrelevante a origem da homossexualidade para caracterizar a homofobia como preconceito criado socialmente.