
No flagrante, Brilhante Ustra, símbolo de uma época que implora para deixar de existir
Ainda não surgiu, infelizmente, um ministro da Defesa capaz de tomar para si a única e urgente responsabilidade do titular da pasta sobre as forças armadas brasileiras: desconectar uma dúzia de gerações de militares, sobretudo as mais novas, da história da ditadura militar brasileira. A omissão de sucessivos governos civis, de José Sarney a Luiz Inácio Lula da Silva, em relação à formação dos militares brasileiros tem garantido a perpetuação, quase intacta, da doutrina de segurança nacional dentro dos quartéis nacionais, de forma que é possível notar uma triste sintonia de discurso – anticomunista, reacionário e conservador – do tenente ao general, obrigados, sabe-se lá por que, a defender o indefensável. Trata-se de uma lógica histórica perversa que se alimenta de factóides e interpretações de má fé, como essa de que, ao instituir uma Comissão Nacional da Verdade, o governo pretende rever a Lei de Anistia, de 1979.
Essa Lei de Anistia, sobre a qual derramam lágrimas de sangue as viúvas da ditadura em rituais de loucura no Clube Militar do Rio de Janeiro, não serviu para pacificar o país, mas para enquadrá-lo em uma nova ordem política ditada pelos mesmos tutores que criaram a ditadura, os Estados Unidos. A sucessão de desastres sociais e econômicos, o desrespeito sistemático aos Direitos Humanos e a distensão política da Guerra Fria obrigaram os regimes de força da América Latina a ditarem, de forma unilateral, uma saída honrosa de modo a preservar instituições e pessoas envolvidas na selvageria que se seguiu aos golpes das décadas de 1960 e 1970. Não foi diferente no Brasil.
Uma coisa, no entanto, é salvaguardar as Forças Armadas e estabelecer um expediente de perdão mútuo para as forças políticas colocadas em campos antagônicos, outra é proteger torturadores. Essas bestas-feras que trucidaram seres humanos nos porões, alheios, inclusive, às leis da ditadura, não podem ficar impunes. Não podem ser tratados como heróis dentro dos quartéis e escolas militares e, principalmente, não podem servir de exemplo para jovens oficiais e sargentos das Forças Armadas. Comparar esses animais sádicos aos militantes da esquerda armada é uma maneira descabida e sórdida de manipular os fatos em prol de uma camarilha, à beira da senilidade, que ainda acredita ter vencido uma guerra em 1964.
Assim, ao se perfilarem num jogo de cena melancólico em favor dessas pessoas, o ministro Nelson Jobim e os comandantes militares prestam um desserviço à sociedade brasileira. Melhor seria se Jobim determinasse aos mesmos comandantes que pedissem desculpas à nação, em nome das Forças Armadas, pelos crimes da ditadura, como fizeram os militares da Argentina e do Chile, ponto de partida para a depuração de uma época terrível que, no entanto, não pode ser esquecida. Jobim faria um grande favor ao país se, ao invés de dar guarida a meia dúzia de saudosistas dos porões, fizesse uma limpeza ideológica e doutrinária na Escola Superior de Guerra, de onde ainda emanam os ensinamentos adquiridos na antiga Escola das Américas, mantida pelos EUA, onde militares brasileiros iam aprender a torturar e matar civis brasileiros.
A criação do Ministério da Defesa, em 1999, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, deu-se por um misto de necessidade política e operacional. O Brasil era, então, um dos pouquíssimos países a ter um ministro fardado para cada força militar, o que fazia de cada uma delas – Marinha, Exército e Aeronáutica – um feudo administrativo indevassável e obrigava o presidente a negociar no varejo assuntos que diziam respeito ao conjunto de responsabilidades gerais das Forças Armadas. Do ponto de vista de gerenciamento da segurança nacional, aquele modelo herdado da ditadura era, paradoxalmente, um desastre. Ainda assim, apesar de ter havido alguma resistência na caserna, o Ministério da Defesa foi montado, organizado e colocado em prática.
Faltou, no entanto, zelo na indicação de nomes para a pasta. Desde o governo FHC, o Ministério da Defesa serviu para abrigar políticos desempregados ou servidores públicos sem qualquer ligação e conhecimento de políticas de defesa e realidade militar. A começar pelo primeiro deles, o ex-senador Élcio Álvares, do ex-PFL, acusado de colaborar com o crime organizado no Espírito Santo. Defenestrado, foi substituído, sem nenhum critério, pelo então advogado-geral da União, Geraldo Quintão, praticamente obrigado a aceitar o cargo por absoluta falta de outros interessados. No governo Lula, já foram quatros os ministros da Defesa: o diplomata José Viegas Filho, o vice José Alencar e o ex-governador da Bahia Waldir Pires, além do atual, Nelson Jobim.
Todos, em maior ou menor grau, gastaram tempo e energia em cima das mesmíssimas discussões sobre salários e equipamentos, mas ninguém ousou tratar da questão doutrinária e de novos parâmetros para a educação e a formação dos militares brasileiros. Na Estratégia de Defesa Nacional, elaborada por Jobim e pelo ex-ministro de Assuntos Estratégicos Mangabeira Unger, em 2008, o tema é abordado, simplesmente, em um mísero parágrafo. A saber:
“As instituições de ensino das três Forças ampliarão nos seus currículos de formação militar disciplinas relativas a noções de Direito Constitucional e de Direitos Humanos, indispensáveis para consolidar a identificação das Forças Armadas com o povo brasileiro”.
A polêmica sobre a possibilidade ou não de revisão da Lei de Anistia é um reflexo direto do descolamento quase que absoluto dos quartéis da chamada sociedade civil brasileira, que, a partir de 1985, cometeu o erro de relegar os militares a uma quarentena política aparentemente infindável, da qual eles só se arriscam a sair de quando em quando, mesmo assim, de forma envergonhada e, não raras vezes, desastrada. Basta dizer que, para reivindicar melhores salários, recorrem os nossos homens de farda às mulheres, normalmente, esposas de oficiais de baixa patente e de praças subalternos, a se lançarem em panelaços e acampamentos públicos a fim de sensibilizar os generais. Estes mesmos generais que se mostram tão irritados com a possibilidade de instalação, aliás, tardia em relação a toda América Latina, da Comissão Nacional da Verdade, prevista no Plano Nacional de Direitos Humanos.
Mas, afinal, por que se irritam os generais e, com eles, o ministro Nelson Jobim? Com a possibilidade de, finalmente, o Estado investigar e nomear um bando de animais que esfolaram, mutilaram, estupraram e assassinaram pessoas às custas do contribuinte? Por que diabos o Ministério da Defesa se coloca ao lado de uma escória com a qual sequer existe, hoje em dia, uma mínima ligação geracional na caserna?
O Brasil precisa se livrar da ditadura militar, mas não antes de dissecá-la e neutralizar-lhe as sementes. Os militares de hoje não podem ser obrigados a defender gente como o coronel Brilhante Ustra, o carniceiro do DOI-CODI de São Paulo, nem o capitão Wilson Machado, vítima mutilada pela própria bomba que pretendia explodir, em 1º de maio de 1981, durante um show de música no Riocentro, onde milhares de pessoas comemoravam o Dia do Trabalho. Um Exército que dá guarida e, pior, se orgulha de gente assim não precisa de mais armamento. Precisa de ar puro.
02/01/2010 at 19:41
Prezado Leandro,
Mais uma vez todos têm de admitir: você não nega o seu ser. És, antes de tudo um Fortes – não apenas no sobrenome.
Parabéns pelo artigo. EXCEPCIONAL!
Um próspero e feliz 2010 para ti e família.
02/01/2010 at 19:45
Caro Leandro, sou militar da Marinha, com 15 anos de serviços prestados à Nação e muito me orgulho das nossas valorosas Forças Armadas. Por isso achei o seu artigo muito importante porque essa é uma discussão que está faltando no meio militar. Não aceito a tortura e nem conheço nenhum desses torturadores da chamada “Revolução de 1964”. Acho que chegou a hora de esse assunto ser encerrado e os militares se obrigarem a defender um erro do passado. Não somos torturadores nem golpistas mas brasileiros que colocam a vida em favor do país. Obrigado pela sua lucidez.
03/01/2010 at 17:48
É bom saber que há Guerreiros nas Forças Armadas.
07/01/2010 at 09:58
Eu conheço vários assim. Aliás, só uma meia dúzia de velhos que não entenderam que o mundo mudou.
abs
12/01/2010 at 01:55
Convivi mais com o pessoal da Aeronáutica e do Exército, e posso afirmar que não são cúmplices dos torturadores. Além do que, não se fala em vingança, ninguém vai dar choque nos testículos de nenhum velhinho sádico. Se a Justiça decidir puní-los, terão amplo direito de defesa. Poderão até, se condenados, receberem, aí sim, uma anistia (não a que se auto-concederam, mas uma generosidade de um governo democrático, eleito).
Parabéns ao Silvio Tendler, brilhante artista e mais ainda cidadão. Sua carta deve ser divulgada o mais possível, para desmascarar a mídia golpista que mente criminosamente sobre o tema.
03/01/2010 at 00:08
Leandro, é exatamente isto que precisa ser feito. Além de resgatar as Forças Armadas é preciso extirpar esta doutrina que destroi a segurança pública. As PMs brasileiras até hoje são treinadas neste figurino que considera como inimigo o civil brasileiro. Os sociopatas e os psicopatas, com um treinamento deste tipo, encontram abrigo para serem os torturadores de ontem e os de hoje. É preciso lembrar que a psiquiatria e a psicologia ainda não encontraram solução para este problema. É preciso, pois, tirar estas pessoas das Forças Armadas e das Pms.
03/01/2010 at 09:29
Leandro
Mais um artigo seu que tenho a compulsão de assinar embaixo.
Irretocavel.
Tirar os bandidos de tras do biombo das FA. As FA Brasileiras são nossas, não deles, e quero me orgulhar delas.
03/01/2010 at 10:19
Leandro, falou e disse.
Expressou meus sentimentos mais profundos sobre este assunto.
Os novos militares precisam perceber que essa nódoa que ainda mancam nossas Forças Armadas só lhes traz prejuízo. E muito prejuízo também para a Nação.
Os torturadores são traidores da Pátria, nada mais.
03/01/2010 at 10:28
Bravo Leandro
Tenho lido e ouvido muita “gritaria” contra o desplante do ministro Jobim e dos três patetas chantagistas. Mas poucos falam na questão central, que você abordou com muita propriedade: a formação dos militares brasileiros. A lavagem cerebral anticomunista e reacionária – mais que isso, fascista – começa nas escolas militares superiores e a metástase chega aos praças que, nos exercícios, repetem palavras de ordem anticomunistas sem sequer entenderem o que estão dizendo.
Enquanto isso estiver acontecendo, estaremos correndo o risco de ver a história se repetir. Exagero? V. Honduras.
Parabéns pelo texto claro, objetivo e corajoso. E que Lula tenha coragem.
03/01/2010 at 10:33
Leandro,
É uma honra ser teu contemporâneo e amigo. Simplesmente brilhante!Um texto com a densidade, a clareza e a precisão que nos acostumamos a ver em teus trabalhos. Mais importante: com a postura e a coragem que se espera de Lula na solução deste impasse, absurdo após 25 anos do final melancólico da ditadura. Os torturadores que encheram os porões dos quartéis de sangue e gritos de dor na década dos anos 70 hoje são velhinhos aposentados de quase 80 anos – todos impunes, apesar dos crimes que cometeram. É com essa gente que Lula ficará solidário? O presidente devia ler e reler o teu texto, Leandro, para lembrar que é preciso ter lado na história, o lado certo. Os comandantes militares não precisam olhar para o passado distante de um golpe que completa agora 46 anos. Devem olhar para a frente, sem esquecer a história, nem esconder a verdade. Lula, transforma o texto do Leandro Fortes numa ordem do dia obrigatória nos quarteis! Isso só fará bem à tua biografia. Do contrário,…
03/01/2010 at 14:20
Leandro (LBFortes)
parabéns, você vai no essencial da questão.
Um abração,
de Nadja Miranda
04/01/2010 at 09:15
Nadja, que bom ver vc por aqui.
bjs
03/01/2010 at 15:18
“(…)desconectar uma dúzia de gerações de militares, sobretudo as mais novas, da história da ditadura militar brasileira.”
É disto mesmo que se trata, Leandro.
Está sendo gestado, progressivamente, o momento oportuno para que as Forças Armadas deste País sejam tão grande quanto ele. Está chegando a hora das Forças Armadas se reconciliarem, de fato, com o povo brasileiro. Está chegando a hora de separar o joio do trigo. Está chegando a hora das Forças Armadas se libertarem do chorumem deixado por aqueles fardados que patrocinaram e promoveram no Brasil um subterrâneo vergonhoso de desumanidade.
civis e militares daremos um grande salto de qualidade quando este momento chegar!
03/01/2010 at 16:07
Clap, clap clap !!!
03/01/2010 at 17:23
Como podia ser diferente?
“Por que diabos o Ministério da Defesa se coloca ao lado de uma escória”, esperar o que?
Lembram do famoso “grampo” do STF?
Onde foi parar o Paulo Lacerda?
03/01/2010 at 18:24
Parabéns, Leandro,
Foi, sem dúvida, um dos melhores textos sobre o assunto.
Vamos torcer agora para que o Lula assuma o que assinou outro dia.
Quero ao menos ter direito de acesso aos arquivos.
03/01/2010 at 18:30
Meus parabéns pelo artigo!
03/01/2010 at 18:59
[…] A longa despedida da ditadura […]
03/01/2010 at 21:03
Leandro Fortes, nós apoiamos e comungamos de suas palavras. Isto de fato é JORNALISMO!
Parabéns pelo brilhantismo das palavras aos impunis brilhantes sustentados ainda pelo dinheiro do contribuinte brasileiro!
04/01/2010 at 00:07
Muito bom artigo com apenas duas ressalvas: “animais sádicos” e “bando de animais”. Por acaso, o articulista não estaria se referindo ao ser humano? Não conheço “animais sádicos” e “bandos de animais” saindo por aí a torturar, esfolar e estrupar pessoas.
11/01/2010 at 15:41
Bem lembrado. Acho uma ofensa aos animais, eles não merecem.
Abs.
04/01/2010 at 00:23
[…] ditadura, leia aqui mais um artigo de Leandro Fortes , um dos jornalistas que tem primado por esclarecer a população […]
04/01/2010 at 09:14
A anistia não foi pra todo mundo não? Vamos dissecar também os movimentos revolucionários da época? Ou elas eram todos cavaleiros jedi que faziam apenas o bem.
Eu acho descabido dissecar um lado só daquela situação, e acredito ser melhor deixar aquilo morrer para o lado e esquecer. Assim como os alemães esqueceram do nazismo e tocaram um país que estava absolutamente destruído em 1945 para ser uma grande potência mundial em 2009. Mesma coisa o Japão.
Acredito ser mais produtivo seguir esses exemplos. Esquecer a escuridão do nosso passado (de todos os lados) e andar pra frente com as lições que tiramos dali.
Vingança não vai nos levar a lugar algum.
04/01/2010 at 09:17
Não tem nada a ver com vingança, mas com Justiça, meu caro. E os alemães não esqueceram o nazismo, pelo contrário. Criaram leis que impedem que ele seja novamente professado, levantaram memoriais para as vítimas dele e processaram e julgaram os nazistas.
Forte abraço.
12/01/2010 at 02:04
Ninguém propõe um Tribunal de Nuremberg por aqui. O que se quer é virar a página da História, apontando os erros e os responsáveis de uma fase anti-nacional, anti-povo brasileiro.
Os militares devem ser os primeiros interessados em tirar esta mancha de suas fardas, voltando a ter o respeito do povo (e não o medo, que ainda persiste).
Para isso, os torturadores e ladrões (como bem aponta Silvio Tendler, sobre o relógio de sua mãe – conheço dezenas de casos assim)precisam ser julgados, com todas as garantias democráticas. Não podem é exibir suas fortunas e sua impunidade, acobertados pelas Forças Armadas, que são instituição permanente.
Sei de agentes militares que exigiam dinheiro das famílias para darem informações (falsas) sobre presos, alguns deles já “desaparecidos”. Os comandantes das FFAA sabem disso, o Jobim tb. Será que têm medo de entregar tais meliantes à Justiça?
06/01/2010 at 08:14
“A anistia não foi pra todo mundo não? Vamos dissecar também os movimentos revolucionários da época? Ou elas eram todos cavaleiros jedi que faziam apenas o bem.”
Perfeito. Já que já existe uma política de reparação às vítimas do regime militar e todos concordamos que a anistia aos militares deve ser revogada, passou da hora de falarmos de reparação para as vítimas dos movimentos armados de esquerda e punição para estes que cometeram crimes que mataram e aleijaram civis é o próximo passo natural.
E vamos parar com essa de “Grupos armados em prol da democracia” que não engana ninguém. Gnete tyreinada por Cuba e financiada / coordenada pela URSS entende de tudo menos de democracia.
O Brasil teve duas vitórias no pós-ditadura: a deposição dos militares e a derrota dos grupos armados de esquerda.
07/01/2010 at 09:54
Eu por exemplo sou financiado pelo ouro de Curitiba, ouro de Evo Morales, ouro de Hugo Chávez e por isto defendo que os torturadores da Ditadura Militar sejam julgados pela justiça!
08/01/2010 at 12:37
Rodrigo, vc conhece alguma vítima dos movimentos armados de esquerda? Sabe de algum civil morto ou aleijado por estes grupos?
12/01/2010 at 02:10
Na segunda-feira o Jornal da Band, apresentado pelo ex-CCC e sempre fascista Bóris Casoy, falou em guerrilheiros “torturadores”! A canalha da Band tenta imputar à esquerda o crime que a direita sempre cometeu e só ela.
Cuba teve milhares de fuzilamentos de inimigos do regime, a maioria pega com armas ou bombas nas mãos. Jamais houve tortura naquele país, pós-59. Qualquer abuso foi punido exemplarmente. É um dos orgulhos de Cuba, até para contrastar com o enclave de Guantánamo, onde a tortura era a regra.
A mídia golpista perdeu qualquer limite. E gera imbecis como este aí…
13/01/2010 at 16:02
Cidadão, para constar, já que citou o nazismo. Lá a Alemanha não “esqueceu” o ocorrido. Houve julgamentos, Nuremberg foi o mais famoso por terem juntado processo contra os principais líderes, mas houve outros menores. Usando sua analogia, seria como se, acabada a guerra os aliados assinassem documento livrando todos os nazistas de julgamento e incorporando-os à vida alemã, sem qualquer discussão ou, como você propõe que fossem julgados, então, aqueles que participaram da resistência contra o nazismo, algo como condenar judeus junto com nazistas ou livrar esses com uma anistia “ampla”. Lamentável. Pense o seguinte: os que lutaram contra a ditadura (não sei sua idade, mas informe-se melhor) já foram julgados e condenados durante aquele período negro de nossa história. Ou você acha que os desaparecidos, os mortos, os torturados e mutilados não sofreram sua “pena”? Então apenas os militares podem ficar impunes? O que achei excelente no artigo foi exatamente uma questão importantíssima que é separar o joio do trigo em nossas forças armadas. Eu não preciso de força militar que proteja assassinos de cidadãos brasileiros. Aliás, você usa “cidadão” cono nick, pense em mudar pois certamente você ainda não conhece a extensão de seu significado.
05/10/2010 at 18:32
Ou vai.
04/01/2010 at 12:00
auhuahuhau mais uma que querem botar na conta do Sarney. Para com isso vai.
04/01/2010 at 14:24
Uma vez o nosso amigo Juca, que já se foi e era do 5a. Emenda, levantou a questão e foi aquele bate-boca. Normal, quando se trata de prestar contas. Os que têm algo a esconder, os que têm algo a pagar e os que têm algo para ser registrado na História do Brasil. Nunca devemos passar borracha nos fatos, principalmente quando se trata de crimes, torturas e maldades contra ideias, lutas políticas e por uma vida melhor. Parabéns! Admiro muito o seu trabalho.
Abraços.
04/01/2010 at 17:29
Assino embaixo do comentário do internauta Ivo. Os animais só agem com agressividade por instinto, nunca por sadismo ou crueldade. No lado emocional do cérebro dos mamíferos brotam apenas sentimentos nobres, como amor, lealdade e solidariedade. Compará-los a esses monstros que torturavam e matavam durante a ditadura é uma ofensa brutal.
05/01/2010 at 13:41
ah, não, de novo não, depois dos pais de autistas agora o problema é a palavra animal??
pois, o interessante é desviar do assunto do artigo e ficar só na semântica mesmo…
06/01/2010 at 01:51
Senhora Camila.
Ninguém está se desviando do assunto. O caso é que as pessoas, como a senhora e muitos jornalistas, quando acontece alguma coisa hedionda em que os protagonistas são seres humanos (com raciocínio) como a senhora, partem para o velho chavão: ” Êste animal devia estar preso”, “Animais sádicos”, etc. Na verdade, a palavra é “o animal racional”. O problema é o animal racional, como a senhora.
04/01/2010 at 23:31
As nossas Forças Armadas deveriam ter a vergonha de defender a continuidade da impunidade de muitos dos seus integrantes.
As Forças Armadas deveriam ser orgulho para nós brasileiros, mas por enquanto, eu e muitos milhares de brasileiros não nos orgulhamos de nossas Forças Armadas por continuarem a pensar dessa forma. Eles tem que ser colocados no seu devido lugar, nos quartéis e na defesa de nossas fronteiras.
05/01/2010 at 10:03
Porque que toda vez que alguém sugere que os crimes de esquerda praticados contra civis na ditadura sejam investigados, um esqerdista pula e chama essa pessoa de amante da ditadura?
Crime é crime, povo: que se julguem e punam todos os ocoirridos na ditadura, cada um de acordo com seus graus. Mas não peçam para o povo esquecer de bomba de grupo armado de esquerda q mata dona de casa ou tiro de revólver que mata vigia de banco.
Pra essas famílias não tem reparação, não tem pensão, não tem porra nenhuma. Nem mesmo a pena da esquerda hipócrita e seus jornalistas amestrados que adoram posar de imparciais e independentes.
05/01/2010 at 13:11
Ia responder, mas desisti. Seria perda de tempo.
05/01/2010 at 22:14
Nem perca seu tempo amigão, pq não tem resposta. Crime é crime. Só pq são da sua turma, não quer dizer q não sejam criminosos.
Que todos os crimes cometidos durante a ditadura sejam punidos. Sem colher de chá.
06/01/2010 at 22:51
Ô Rodrigo:
coturnonoturno.blogspost.com (ou será coturnosoturno.blogspot.com?)
Vá pra lá que é o seu lugar.
07/01/2010 at 19:02
Puura inveja, viu Diógenes, pois o sujeito que você menciona pediu financiamento de Cuba e da URSS, nem Cuba e nem a URSS quiseram financiar o sujeito.
Já eu, no meu caso, era financiado pelo ouro de Havana e pelo ouro de Moscou (enquanto existia a velha e boa URSS), hoje sou financiado pelo ouro de Curitiba, do Evo e do Chávez e faço campanha para que a justiça alcance os militares que torturaram e mataram os que defendiam a liberdade e a democracia!
12/01/2010 at 02:12
O Rodrigo poderia sugerir uma punição para o Vlado Herzog, o Manoel Fiel Filho, a Zuzu Angel, o Davi Capistrano, entre milhares.
Que tal fazermos um julgamento deles?
08/01/2010 at 12:53
Respondendo a sua questão Rodrigo: este tipo de comentário provoca indignação em algumas pessoas que conheceram o ambiente da ditadura militar pois parece totalmente despropositado, é muito difícil fazer um paralelo entre os crimes da ditadura militar e a reação dos diversos grupos de esquerda.
Pegar a ditadura militar, financiada e articulada pelos EUA com apoio logistíco e militar daquele país que tinha interesses em manter o nosso país sob sua influência, que usava todo o aparato de Estado,forças armadas, forças econômicas aliadas ao interesse externo, mais imprensa vendida, e tentar equiparar com os raros e desarticulados grupos de esquerda, formados em sua maioria por estudantes e intelectuais pode ser considerado como uma postura provocativa, pois é um comparação que não se sustenta racionalmente.
08/01/2010 at 16:13
Ádina, você está vendo comparação onde não existe. O que existé: crimes de esquerda que ocorreram na ditadura e nunca foram julgados por se valerem da mesma lei de anistia.
Crime é crime: quando cair a estúpida lei da anistia, que todos os criminosos paguem pelos seus crimes, cada um no seu rigor. O problema é que a esquerda quer o fim da anistia pros militares, mas a continuidade dela pros “companheiros”. Aí não há cinismo q agüente….
09/01/2010 at 20:01
Caro Rorigo,
Vc quer colocar no mesmo barco duas coisas completamente diferentes! Uma coisa é ação da força de um estado ditatorial, com toda sua estrutura, organização e equipamento, atuar contra pequenos grupos contrários; outra coisa é a ação de pessoas que se opuseram a uma ditadura, que depôs um governo democraticamente eleito, e que cumpriram seus papéis como cidadãos ao defender a constituição vigente, sem falar que boa parte dos que forqa presos e torturados por um estado ditatorial nunca participaram de ações armadas. Vc é apenas mais um saudadoso da ditabranda!!
Ab,
12/01/2010 at 02:14
Qual o crime da esquerda, armada ou não, que não foi julgado?
Talvez o roubo dos milhões de dólares roubados pelo Adhemar de Barros e tirados da casa de sua amante, no Rio?
13/01/2010 at 16:13
Rodrigo, cinismo é o que você coloca, a não ser que seja ignorância, aí a culpa é apenas de não se informar. Os “crimes” praticados pela esquerda na ditadura já foram apenados. Enxergar isso é fácil para quem não fica apenas torcendo na arquibancada. Os milhares de mortos e desaparecidos ou torturados e mutilados já sofreram sua “pena”. Os torturadores e quem “mandou” fazer o serviço estão recebendo seu soldo com o dinheiro de seu imposto. Má fé, ignorância ou mesmo saudade de um coturno no pescoço, o fato é que todos os países civilizados que enfrentaram situações semelhantes, em qualquer época, botaram o dedo na ferida, extirparam o pus e a cicatrizaram. Se você não viveu a época realmente é difícil entender (ainda mais que deve ser formado por leitura de veja e globo…) mas pense em alguém invadindo sua casa de madrugada, em nome do estado a quem você entrega parte de sua renda, sequestra seu pai (pelo simples fato de ser professor universitário) e o devolvem 80 dias depois, 20kg mais magro, com doença de pele, com a língua inchada, sem ouvir de um ouvido, 3 dentes a menos e com medo de escuro e até de barulho de torneira aberta… se você acha que quem fez isso foram os “criminosos de esquerda”, fique com sua opinião, com sua mentira. Quem fez isso está livre, recebendo em vida ou se já foi não pagou por seus crimes. Falar em lei da anistia para crimes de tortura e assassinato em nome do estado é defender o nazismo, coisa que na Alemanha, desde 1993 é CRIME!
05/01/2010 at 11:33
Leandro,
Jornalista como você nos faz acreditar que a imprensa brasileira não está totalmente perdida.
O seu pensamento eleva o debate a patamares superiores. O país precisa, sim, discutir a educação, a capacitação de sua população e não há porque deixar fora as forças armadas. A formação das pessoas responsáveis pela importante tarefa de proteger o povo brasileiro é assunto que interessa a sociedade. Esse é um ponto, o outro é a necessidade de julgamento dessa gente que cometeu crimes abomináveis, não há porque confundir justiça com vingança, só pessoas com caráter muito débil são capazes de tal juízo. Vingança seria metê-los no porão e fazer com eles exatamente igual, começando pelos choques elétricos, estupros e a série de torturas inenarráveis que só terminaria com a morte, definitivamente não é isso que se propõe.
06/01/2010 at 16:54
Leandro Fortes, você foi de uma lucidez incrível nesse seu artigo. Parabéns!
Evidente que as novas gerações de militares das três Forças não conhecem as atrocidades que foram cometidas por famigerados torturadores, durante a ditadura, em nome de uma pretensa segurança nacional. Se soubessem a metade, por certo ficariam de tal modo constrangidos que seriam os primeiros a solicitarem do Governo uma devassa nos porões que ainda fedem, seguida por severa punição aos assassinos que se abrigaram sob o manto de briosas corporações militares para cometerem crimes hediondos contra um povo indefeso.
A sociedade brasileira não deseja revanchismos, tampouco desacredita nos bons propósitos de suas Forças Armadas. Quer apenas que não se tente apagar a história, de forma tão acintosa e – mais grave – com endosso de um homem que habitou a nossa Corte maior de Justiça e que pelos muitos anos em que também transitou pelo Congresso Nacional, não poderia ignorar as atrocidades que foram cometidas por verdadeiras bestas-feras que se diziam militares.
Sou filho de um honrado cidadão que lutou na Guerra para defender a pátria, e também tive a honra de envergar a farda da Marinha Brasileira, até ser expulso de modo arbitrário no período ditatorial, e sei bem que o espírito militar não é o da covardia nem da chantagem, e sim o da hombridade e sensatez. Aquele inferno que tive o infortúnio de presenciar foi apenas um triste acaso da História, que de modo caprichoso incluiu todos (bons e maus militares) em um mesmo balaio. E é justamente pela honra desses nobres militares brasileiros que o Governo deve ir fundo nessa questão. Não pode acovardar-se, ainda mais agora quando nosso país experimenta o maior prestígio internacional de toda sua história.
Quanto ao Ministro da Defesa, esse precisa urgentemente vir a público para nos explicar o porquê dessa sua incompreensível atitude.
06/01/2010 at 16:55
O Estado brasileiro não tem direito de mandar matar ninguém, pois isto não está e nem estava dentro das leis do país de hoje e de antes da Ditadura Militar. Agora se a Ditadura Militar, cerceou a liberdade das pessoas, perseguiu, torturou, matou e ocultou cadáveres das pessoas. Estes que deram as ordens e os que praticaram as ordens tem que ser chamados para depor e julgados se for o caso.
As pessoas que lutaram contra os desmandos e arbitrariedades do Estado, fizeram isto defendendo a democracia e a liberdade, que foram feridas pelos atos da Ditadura Militar. Os que lutaram contra a Ditadura não tinham os órgãos do Estado em suas mãos e nem usaram o Estado para realizarem seus desejos sórdidos. Por isto que os que tem que ser julgados são os militares e os civis que permitiram e deram seus avais para estes atos, já os que lutaram contra essas arbitrariedades, eles não podem e não devem ser julgados, pois eles foram forçados pela Ditadura a assumirem tais posturas.
07/01/2010 at 09:55
E quem forçou esses “cavaleiros da liberdade” a matar civis? De donas de casa a vigias de banco? Onde está a honra nisso?
Porque fingir que isso não aconteceu?
Por que fingir que os grupos armados de esquerda lutavam por democracia?
09/01/2010 at 20:03
Pq a constituição vigente ditava como dever de cada cidadão defender a ordem democratica!! quem atentou contra a democracia foram os que tramaram e executaram o golpe civil-militar e inpuseram 20 anos de retrocesso aao País! Comparar o aparato de um estado ditatorial a pequenois grupos é, no mínimo, má intenção!!!
Ab,
07/01/2010 at 17:21
No inicio dos anos 50, dois paises, alemanha e japão, reestruturaram suas forças armadas, varios oficiais superiores, que haviam servido durante a guerra foram reconduzidos a seus postos ou mesmo a posições superiores,inclusive na alemanha oriental, basta dizer que o comandante do ataque a pearl harbour, Minouru Genda, foi na década de 60 o superior da Força de defesa aerea do japão. Foram homens que lutaram por seus paises, militares profissionais que independente de quem estava no poder, se destacaram, não cometeram atrocidades, ou crimes contra populações civis, apenas cumpriram seu dever sem serem criminosos.Tudo se passou sem traumas, os militares culpados de crimes de guerra e atrocidades foram julgados,condenados, e alguns até executados. Aqui parece que os pijameiros da reserva, querem se resguardar de seus crimes,e de sua incompetencia, inclusive perante a história (os arquivos da guerra do paraguai são considerados secretos!só traças leem).Vamos conhecer a verdade, de ambos os lados, a bestialidade dos torturadores, a incompetencia das forças armadas, as besteiras dos grupos da esquerda armada, o financiamento da repressão politica, tudo, afinal já tem mais de 30 anos. Particularmente eu acho que ambos os lados tem mais interesse em deixar tudo debaixo de um pesado tapete, já que não é possivel enterrar tanta coisa. (o cemitério de perus não aceita mais enterros de madrugada, em cova rasa, e nas matas do araguaia a Dina não assassina companheiros por adultério, ela foi assassinada por um sargento do exército em 1975, pelas costas e desarmada, como especifica o manual do militar covarde brasileiro, tipo estudante a gente bate, desarmado a gente mata pelas costas, e se estiver armado a gente foge, e bem rápido. E isto que todos querem esconder.)
08/01/2010 at 11:38
Até a Igreja Católica já reviu seus erros seculares. Pediu desculpas onde tinha que pedir. Tudo bem , é pouco mediante a barbaridade que se fez ? É ! Mas pelo menos João Paulo II vinha dar a cara a tapa .
Acho que é um grande exemplo para o debate atual…
08/01/2010 at 14:35
Mandam as mulheres fazer panelaço, não? Por que não os proprios miltares, praças e oficiais subalternos não poderiam fazê-lo?? Claro que a culpa não é toda deles, sim dos generais!!! Por que as mulheres dos generais não fazem panelaço, usualmente? Os generais não fazem questão de aumento?? Há hierarquia entre as esposas dos milicos também???
12/01/2010 at 11:57
O PNDH é inócuo. Seus avanços pontuais cairão gradativamente, barrados pelo conservadorismo do presidente Lula e do Congresso, mantidos apenas numa retórica assembleísta e sindicalizante de resultados nulos. O sepultamento se dará em silêncio, na mudança de governo, e ninguém reclamará.
Isso nada tem a ver com os méritos do documento. Apesar da mixórdia temática, suas propostas centrais representam avanços incontroversos. A descriminalização do aborto, a secularidade das instituições públicas e o julgamento de crimes contra a Humanidade são tendências mundiais, criticadas apenas por obscurantistas e reacionários.
Ninguém pode questionar a legitimidade da iniciativa, que foi aprimorada por três governos sucessivos, passou por extensa discussão pública e será ainda submetida ao Legislativo. As privatizações de FHC tiveram muito menos aprovação popular e nem sequer foram citadas nos debates eleitorais.
Há algo de surreal na reação da grande imprensa, que ataca o PNDH como “roteiro para a implantação de um regime autoritário” (editorial do Estadão). Essa histeria ridícula e ultrapassada revela um conceito muito peculiar de democracia: Lula jamais poderá governar de fato, mobilizando os instrumentos necessários para as mudanças estruturais que prometia seu programa de governo e foram endossadas pela população.
A alternativa ao enquadramento é o confronto, e sabemos como essa história termina, de uma forma ou de outra.
15/01/2010 at 20:33
POR QUE O GOVERNO NAO VENDE ESSE LIXO QUE SAO AS FFAA PRA ALGUMA FIRMA SUECA,HEIN?
ACHO QUE DARIA ALGUNS TROCADOS PRO TESOURO NACIONAL,KKKKKK!!!
25/01/2010 at 20:26
Caro Leandro, sou um revolucionário, com vários anos de serviços prestados à Revolução Comunista e muito me orgulho das nossas valorosas esquerdas revolucionárias. Por isso achei o seu artigo problemático porque essa é uma discussão que está faltando no seio da esquerda. Não aceito o terrorismo e nem conheço nenhum desses terroristas e assaltantes de banco da chamada “luta armada″. Acho que chegou a hora de esse assunto ser encerrado e nós esquerdistas nos desobrigarmos de defender um erro do passado. Não somos terroristas nem golpistas a serviço de nações estrangeiras, mas brasileiros que colocam a vida em favor do país. Obrigado pela sua lucidez.
28/01/2010 at 10:44
o que vc ganha com isso, leandro? idenização?
tu é do pt? quer mamar nas tetas da vacona brasileira?
vc é estudante estúpido e espúrio, que repete o que não conhece?
vc já leu sobre a “ditatura brasileira” em artigos escritos não pelos antigos terroristas?
que babaquice….
quer se revoltar? vá ver o que aconteceu no chile, na argentina. note o que ainda acontece nos próprios EUA em sua falta de liberdade civil.
05/10/2010 at 18:56
Não, porque quem deve normalmente silenciaç.
05/10/2010 at 18:58
Não, porque quem deve normalmente silencia.
28/01/2010 at 10:45
e mais: p q vc não muda para a venezuela? lá terá as coisas do jeito que quer.
28/01/2010 at 10:47
e mais:
CONHECER MEIA VERDADE é o mesmo que SER MEIO INTELIGENTE, ou seja, tb é meio burro.
neste seu caso, xará, tô só achando que vc é burro por inteiro!
07/01/2012 at 10:52
Exército Brasileiro Mata Quilombolas
espetacular vídeo, com depoimentos das famílias, no link:
(por se tratar de um link de facebook…com ser usuário do facebook, que já não é pouca coisa, se pode acessar directamente)
O vídeo mostra o depoimento, entre outros, de D.Maria, quilombola de 111 anos (segundo vídeo), que está sendo ameaçada de morte, assim como toda sua família e vizinhos, por encapuçados que atuam noite adentro em emboscadas aos moradores, oprimindo, espancando, ameaçando, cercando e levando um medo permanente. Devem deixar a área, que busquem um parente que lhes de casa, ali não podem mais ficar. Agora é área de expansão (do resort) da marinha…quiçá a colonia de ferias de generais refastelados com suas gordas aposentadorias querendo ter o clubinho de veraneio na faixa (mas isso já é ilação… teria que se ver o uso que a marinha está fazendo em suas novas “instalações”).
Segundo os moradores, os rostos noturnos tapados não faziam questão de esconder em suas ações, seus belos uniformes da marinha do Brazil-zil-zil….e olha que tudo isso bem recentemente…até quando vamos continuar com essas Farças Armadas que perpetuam um caudilhismo patrimonialista dantesco, assombrando toda a “instituição” e as “novas gerações” com um fantasma que se traduz em uma maldição pretensamente perpétua de uma disfuncionalidad sociotécnica generalizada das forças nacionais, onde parece que o parasitismo nababesco das elites milicas é o preço pago por sua fiel essência subalterna e seu profundo silêncio com a memória histórica?
No post 2 o tal “Guerreiro” deu um depoimento que fala por sí só. Abrazos