No fim das contas, a função primordial do ministro Gilmar Mendes à frente do Supremo Tribunal Federal foi a de produzir noticiário e manchetes para a falange conservadora que tomou conta de grande parte dos veículos de comunicação do Brasil. De forma premeditada e com muita astúcia, Mendes conseguiu fazer com que a velha mídia nacional gravitasse em torno dele, apenas com a promessa de intervir, como de fato interveio, nas ações de governo que ameaçavam a rotina, o conforto e as atividades empresariais da nossa elite colonial. Nesse aspecto, os dois habeas corpus concedidos ao banqueiro Daniel Dantas, flagrado no mesmo crime que manteve o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda no cárcere por 60 dias, foram nada mais que um cartão de visitas. Mais relevante do que tudo foi a capacidade de Gilmar Mendes fixar na pauta e nos editoriais da velha mídia a tese quase infantil da existência de um Estado policialesco levado a cabo pela Polícia Federal e, com isso, justificar, dali para frente, a mais temerária das gestões da Suprema Corte do País desde sua criação, há mais cem anos.
Num prazo de pouco menos de dois anos, Mendes politizou as ações do Judiciário pelo viés da extrema direita, coisa que não se viu nem durante a ditadura militar (1964-1985), época em que a Justiça andava de joelhos, mas dela não se exigia protagonismo algum. Assim, alinhou-se o ministro tanto aos interesses dos latifundiários, aos quais defende sem pudor algum, como aos dos torturadores do regime dos generais, ao se posicionar publicamente contra a revisão da Lei da Anistia, de cuja à apreciação no STF ele se esquivou, herança deixada a céu aberto para o novo presidente do tribunal, ministro Cezar Peluso. Para Mendes, tal revisão poderá levar o País a uma convulsão social. É uma tese tão sólida como o conto da escuta telefônica, fábula jornalística que teve o presidente do STF como personagem principal a dialogar canduras com o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.
A farsa do grampo, publicada pela revista Veja e repercutida, em série, por veículos co-irmãos, serviu para derrubar o delegado Paulo Lacerda do comando da PF, com o auxílio luxuoso do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que se valeu de uma mentira para tal. E essa, não se enganem, foi a verdadeira missão a ser cumprida. Na aposentadoria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá tempo para refletir e registrar essa história amarga em suas memórias: o dia em que, chamado “às falas” por Gilmar Mendes, não só se submeteu como aceitou mandar para o degredo, em Portugal, o melhor e mais importante diretor geral que a Polícia Federal brasileira já teve. O fez para fugir de um enfrentamento necessário e, por isso mesmo, aceitou ser derrotado. Aliás, creio, a única verdadeira derrota do governo Lula foi exatamente a de abrir mão da política de combate permanente à corrupção desencadeada por Lacerda na PF para satisfazer os interesses de grupos vinculados às vontades de Gilmar Mendes.
O presidente do STF deu centenas de entrevistas sobre os mais diversos assuntos, sobretudo aqueles sobre os quais não poderia, como juiz, jamais se pronunciar fora dos autos. Essa é, inclusive, a mais grave distorção do sistema de escolha dos nomes ao STF, a de colocar não-juízes, como Mendes, na Suprema Corte, para julgar as grandes questões constitucionais da nação. Alheio ao cargo que ocupava (ou ciente até demais), o ministro versou sobre tudo e sobre todos. Deu força e fé pública a teses as mais conservadoras. Foi um arauto dos fazendeiros, dos banqueiros, da guarda pretoriana da ditadura militar e da velha mídia. Em troca, colheu farto material favorável a ele no noticiário, um relicário de elogios e textos laudatórios sobre sua luta contra o Estado policial, os juízes de primeira instância, o Ministério Público e os movimentos sociais, entre outros moinhos de vento vendidos nos jornais como inimigos da democracia.
Na imprensa nacional, apenas CartaCapital, por meio de duas reportagens (“O empresário Gilmar” e “Nos rincões de Mendes”), teve coragem de se contrapor ao culto à personalidade de Mendes instalado nas redações brasileiras como regra de jornalismo. Por essa razão, somos, eu e a revista, processados pelo ministro. Acusa-nos, o magistrado, de má fé ao divulgar os dados contábeis do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), uma academia de cursinhos jurídicos da qual Mendes é sócio. Trata-se de instituição construída com dinheiro do Banco do Brasil, sobre terreno público praticamente doado pelo ex-governador do DF Joaquim Roriz e mantido às custas de contratos milionários fechados, sem licitação, com órgãos da União.
Assim, a figura de Gilmar Mendes, além de tudo, está inserida eternamente em um dos piores momentos do jornalismo brasileiro. E não apenas por ter sido o algoz do fim da obrigatoriedade do diploma para se exercer a profissão, mas, antes de tudo, por ter dado enorme visibilidade a maus jornalistas e, pior ainda, fazer deles, em algum momento, um exemplo servil de comportamento a ser seguido como condição primordial de crescimento na carreira. Foi dessa simbiose fatal que nasceu não apenas a farsa do grampo, mas toda a estrutura de comunicação e de relação com a imprensa do STF, no sombrio período da Idade Mendes.
Emblemática sobre essa relação foi uma nota do informe digital “Jornalistas & Companhia”, de abril de 2009, sobre o aniversário do publicitário Renato Parente, assessor de imprensa de Gilmar Mendes no STF (os grifos são originais):
“A festa de aniversário de 45 anos de Renato Parente, chefe do Serviço de Imprensa do STF (e que teve um papel importante na construção da TV Justiça, apontada como paradigma na área da tevê pública), realizada na tarde do último domingo (19/4), em Brasília, mostrou a importância que o Judiciário tem hoje no cenário nacional. Estiveram presentes, entre outros, a diretora da Globo, Sílvia Faria, a colunista Mônica Bergamo, e o próprio presidente do STF, Gilmar Mendes, entre outros.”
Olha, quando festa de aniversário de assessor de imprensa serve para mostrar a importância do Poder Judiciário, é sinal de que há algo muito errado com a instituição. Essa relação de Renato Parente com celebridades da mídia é, em todos os sentidos, o pior sintoma da doença incestuosa que obriga jornalistas de boa e má reputação a se misturarem, em Brasília, em cerimônias de beija-mão de caráter duvidoso. Foi, como se sabe, um convescote de sintonia editorial. Renato Parente é o chefe da assessoria que, em março de 2009, em nome de Gilmar Mendes, chamou o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), às falas, para que um debate da TV Câmara fosse retirado do ar e da internet. Motivo: eu critiquei o posicionamento do presidente do STF sobre a Operação Satiagraha e fiz justiça ao trabalho do delegado federal Protógenes Queiroz, além de citar a coragem do juiz Fausto De Sanctis ao mandar prender, por duas vezes, o banqueiro Daniel Dantas.
Certamente em consonância com o “paradigma na área de tevê pública” da TV Justiça tocada por Renato Parente, a censura na Câmara foi feita com a conivência de um jornalista, Beto Seabra, diretor da TV Câmara, que ainda foi mais além: anunciou que as pautas do programa “Comitê de Imprensa”, a partir dali, seriam monitoradas. Um vexame total. Denunciei em carta aberta aos jornalistas e em todas as instâncias corporativas (sindicatos, Fenaj e ABI) o ato de censura e, com a ajuda de diversos blogs, consegui expor aquela infâmia, até que, cobrada publicamente, a TV Câmara foi obrigada a capitular e recolocar o programa no ar, ao menos na internet. Foi uma das grandes vitórias da blogosfera, até então, haja vista nem um único jornal, rádio ou emissora de tevê, mesmo diante de um gravíssimo caso de censura e restrição de liberdade de expressão e imprensa, ter tido coragem de tratar do assunto. No particular, no entanto, recebi centenas de e-mails e telefonemas de solidariedade de jornalistas de todo o país.
Não deixa de ser irônico que, às vésperas de deixar a presidência do STF, Gilmar Mendes tenha sido obrigado, na certa, inadvertidamente, a se submeter ao constrangimento de ver sua gestão resumida ao caso Daniel Dantas, durante entrevista no youtube. Como foi administrada pelo Google, e não pelo paradigma da TV Justiça, a sabatina acabou por destruir o resto de estratégia ainda imaginada por Mendes para tentar passar à história como o salvador da pátria ameaçada pelo Estado policial da PF. Ninguém sequer tocou nesse assunto, diga-se de passagem. As pessoas só queriam saber dos HCs a Daniel Dantas, do descrédito do Judiciário e da atuação dele e da família na política de Diamantino, terra natal dos Mendes, em Mato Grosso. Como último recurso, a assessoria do ministro ainda tentou tirar o vídeo de circulação, ao menos no site do STF, dentro do sofisticado e democrático paradigma de tevê pública bolado por Renato Parente.
Como derradeiro esforço, nos últimos dias de reinado, Mendes dedicou-se a dar entrevistas para tentar, ainda como estratégia, vincular o próprio nome aos bons resultados obtidos por ações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), embora o mérito sequer tenha sido dele, mas de um juiz de carreira, Gilson Dipp. Ministro do Superior Tribunal de Justiça e corregedor do órgão, Dipp foi nomeado para o cargo pelo presidente Lula, longe da vontade de Gilmar Mendes. Graças ao ministro do STJ, foi feita a maior e mais importante devassa nos tribunais de Justiça do Brasil, até então antros estaduais intocáveis comandados, em muitos casos, por verdadeiras quadrilhas de toga.
É de Gilson Dipp, portanto, e não de Gilmar Mendes, o verdadeiro registro moralizador do Judiciário desse período, a Idade Mendes, de resto, de triste memória nacional.
Mas que, felizmente, se encerra hoje.
23/04/2010 at 00:22
Se ele se aposentasse faria um bem danado ao Brasil.
23/04/2010 at 00:23
Leandro, desculpe-me a grosseria, mas não encontro outras palavras: belo chute no saco desse pústula.
Obrigada mais uma vez.
23/04/2010 at 21:04
Gilmar Mendes é apenas uma das tristes heranças de FHC…que não voltem nunca mais
23/04/2010 at 00:26
Parabéns !
23/04/2010 at 00:38
[…] fazer um comentário » Do blog Brasília, eu vi […]
23/04/2010 at 01:06
Bravo!
23/04/2010 at 02:54
Como sempre, brilhante texto, Leandro!
É uma desgraça existir raríssimos Jornalistas (com ‘J’ maiúsculo mesmo!) da sua envergadura no país.
Continue assim, nos brindando com Jornalismo de verdade (seja na Carta Capital, seja aqui no blog).
Um forte abraço, cara.
23/04/2010 at 03:55
Leandro, parabéns!! Depois da perfeita definição da Miriam, acima, qualquer outro comentário fica reduzido às congratulações. Força! Ainda existem outros capadócios a desmascarar por aí. Vamos atrás deles.
23/04/2010 at 07:54
Valeu, Leandro! Lavou nossa alama mato-grossense.]
23/04/2010 at 08:54
parabéns! belo texto!
23/04/2010 at 08:56
[…] A Idade Mendes […]
23/04/2010 at 08:58
Parabens Leandro,
Poético como sempre.
obrigado.
23/04/2010 at 09:02
Soberbo!!
23/04/2010 at 09:12
Caro Leandro, muito obrigada.
Vc com a maetria das palavras expôs o sentimento de toda uma sociedade, esse texto é absolutamente perfeito.
Em primeiro lugar tenho a satisafação da leitura, em seguida a alegria de imaginar a cara da criatura lendo isso (ele vai ler sim!), e por último, a alma lavada.
Valeu!
23/04/2010 at 09:17
Paz e bem!
Leandro Fortes escreveu:
“Num prazo de pouco menos de dois anos, Mendes politizou as ações do Judiciário pelo viés da extrema direita, coisa que não se viu nem durante a ditadura militar (1964-1985), época em que a Justiça andava de joelhos, mas dela não se exigia protagonismo algum.”
E não havia esta politização pela direita
porque não era necessária
os atores políticos da direita
estavam nos quartéis, no executivo
e um pouco no legislativo
(enquanto não conseguim ser nomeados
pro executivo).
Agora o executivo nacional é progressista e própovo (com excessões como o Hélio Costa); a direita legislativa é fraca; assim sobrou pro Gilmar Dantas.
23/04/2010 at 15:42
Realmente, faz todo o sentido este teu comentário, Eugênio. Como não poderia deixar de ser, o Poder não-eleito é o mais tradicional, no pior sentido do termo.
Belíssimo texto, Leandro. Disse tudo o que eu penso. Abraço.
23/04/2010 at 09:36
Em 2011, depois de conquistarmos, com muita luta, a eleição de Dilma, é hora de Constituinte.
Entre outros assuntos para essa Constituinte: eleição direta para juízes e desembargadores em todos os níveis.
23/04/2010 at 09:57
Leandro
Seu texto é simplesmente brilhante. Completo, abrangente, bem escrito, conciso, quero assinar embaixo com voce.
E graças a Deus passou esse periodo nefasto.
A parte boa do dois HCs é que a indignição foi generalizada, e muita gente descobriu a blogosfera a partir desse episodio, eu mesmo sou exemplo. E QUE BOM
23/04/2010 at 10:00
Esse saiu sem querer, apertei tecla errada, podem eliminar! Valeu!
23/04/2010 at 09:59
Leandro
Seu texto é simplesmente brilhante. Completo, abrangente, bem escrito, conciso, quero assinar embaixo com voce.
E graças a Deus passou esse periodo nefasto.
A parte boa do dois HCs é que a indignição foi generalizada, e muita gente descobriu a blogosfera a partir desse episodio, eu mesmo sou exemplo. E QUE BOM ter descoberto, e participar, desse evento/movimento Historico e transformador. O nefasto gilamrdantas deu um belissimo empurrão pra democratização da comunicação, mas um empurrão totalmente diferente do que era a intenção dele…
Valeu Leandro, toda a força pra voce!
23/04/2010 at 10:00
parabéns Leandro. ótimo balanço da trágica administração de GM. entraremos em nova e melhor fase no STF. o GM servirá apenas como paradigma negativo, a não ser seguido.acredito que o Magistrado Peluso recolocará o STF no seu devido lugar de Corte Suprema.
23/04/2010 at 10:22
[…] A Idade Mendes […]
23/04/2010 at 10:33
Leandro, parabéns por este magnífico artigo. Dá gosto começar o dia lendo um texto deste quilate. De emoldurar e pendurar na parede da sala.
23/04/2010 at 10:53
Gilmar Mendes (ou Dantas, segundo aquele ato falho do Noblat) JÁ VAI TARDE !!!
23/04/2010 at 11:21
Caraca! Como eu queria saber escrever assim. Perfeito!
23/04/2010 at 11:23
Leandro,
Voce continua expressando, com muito talento, minha indignação e a minha revolta com tudo que se relaciona a essa nova tática da direita de alterar o rumo democrático, utilizando-se primeiro, da Mídia corporativa e parcial e depois de membros capachos do judiciário como esse gilmar mendes de triste memória.
Abraços
Fernando Simas
23/04/2010 at 11:29
Beleza, valeu.
Só não entendi por que o Lula arregou.
A direita brasileira é muito violenta.
23/04/2010 at 11:30
Cruel: “É de Gilson Dipp, portanto, e não de Gilmar Mendes, o verdadeiro registro moralizador do Judiciário desse período, a Idade Mendes, de resto, de triste memória nacional.”
23/04/2010 at 11:38
Excelente! sempre brilhante leandro! Parabéns e viva a nova fase do judiciario brasileiro!
23/04/2010 at 11:41
Magnífico!
23/04/2010 at 12:03
Leandro, sinto a alma lavada com o seu artigo. Parabéns!!!
23/04/2010 at 12:25
“Mendes politizou as ações do Judiciário pelo viés da extrema direita.”
– Não ficou claro se critica é por ter politizado o Judiciario ou pelo “vies da extrema direita”?
Se fosse pelo “vies da esquerda” estaria certo?
…………..
“O presidente do STF deu centenas de entrevistas sobre os mais diversos assuntos, sobretudo aqueles sobre os quais não poderia, como juiz, jamais se pronunciar fora dos autos.”
Será que o jornaliste pretende emudecer o PRESIDENTE DE UM DOS PODERES da Republica?
O Chefe do Executivo fala ( e como fala…). O chefe do Legislativo fala ( apesar de que anda meio calado, meio escondido, ultimamente né…?).
Mas o Chefe do Judiciario não pode falar….
Nem mesmo quando o chefe de um dos outros poderes reclama por ter que obedecer ordens judiciais?
Ainda assim deve se calar o Chefe do Judiciario?
Saudades dos bons tempos da “redentora”????
…………….
“Não deixa de ser irônico que, às vésperas de deixar a presidência do STF, Gilmar Mendes tenha sido obrigado, na certa, inadvertidamente, a se submeter ao constrangimento de ver sua gestão resumida ao caso Daniel Dantas, durante entrevista no youtube.”
– Pois é… O que o Leandro viu como constrangimento o Alon (pra quem não conhece: Jornalista e blogueiro de Brasilia) viu como atitude a ser seguida pelos demais chefes de Poder…
Não vi a entrevista no youtube, mas a ideia me pareceu sim, muito boa!
…………..
“nossa elite colonial”
– deixei pro fim essa expressão muito usada por comentaristas e jornalistas na blogosfera.
Essa tal elite é terrivel mesmo!
E se for a “Colonial” então….
Uma historinha:
Enquanto teve um blog o Mino Carta gostava muito de falar mal da “elite nativa”. Sempre muito elegante, descrevendo os bons modos da culturas europeia e nos matando de inveja com suas receitas de bacalhau ( sempre com azeite extra virgem, por favor!!!!) ou massas italianas finas, acompanhados de vinhos – finissimos – que esste suburbano sequer ouvira falar, o Mino desancava as elites. Ás vezes, pra variar um pouco, descrevia suas frequentes viagens à italia.
Coisas de proletario, certamente…
Mas toda a desgraça brasileira era culpa da “elite nativa” ( Obs: O Mino não é nativo. Ele proprio não perdia oportunidade de deixar isso bem claro…hehehe).
Pois bem, de tanto encher o saco dele com perguntinhas chatas o pobre Mino reconheceu que fazia parte sim, da elite, mas escusou-se (com razão, por óbvio…) de se incluir entre a “elite nativa”.
Era sim, da elite, mas “de outra elite”. Da Boa elite, certamente….
Tudo isso pra perguntar:
O leandro é da elite? Algum dos comentaristas se acha parte da Elite?
Ah… sei…
“Elite colonial” são os outros, né?
São “eles”….
Todos aqui somos da “elite boa”.
( por favor, me incluam nessa, vai….)
23/04/2010 at 13:24
Acho que vou me dar o trabalho de responder…
Sobre sua primeira objeção:
Não há dúvida de que o STF, como toda suprema corte, é uma corte política, já que a constituição rege a forma como a sociedade se organiza.
Só que os ministros dessa corte não são eleitos, de forma que a corte não pode ser partidária. A política do STF deve ser feita EXCLUSIVAMENTE através das decisões soberanas, manifestas nos autos, a respeito de como a Carta Maior tem de ser interpretada. É a definição do poder judiciário.
O que Fortes critica é que Gilmar Dantas imprimiu à corte – ou melhor, à imagem dela, já que os outros ministros mantiveram certo decoro – um viés horrivelmente partidário e espetacularizado que pouco ou nada tem a ver com interpretação da matéria constitucional. Se foi à direita, é ruim, se fosse à esquerda, também seria.
Caso estejas pensando em Joaquim Barbosa, pelo menos esse sempre se manifestou exclusivamente através de seus votos…
Mesmo Marco Aurélio, quando presidiu a corte, e que gostava de um holofote e um microfone, sempre falava DEPOIS que emitira sua decisão. E ainda assim não faltava quem criticasse sua exposição indevida.
Gilmar Dantas parece reconhecer intimamente seu viés ao admitir a possibilidade de deixar o STF para concorrer a cargo eletivo no futuro.
Podia ter feito isso antes. Livraria o Pretório Excelso de constrangimento maior se não o tivesse usado como trampolim.
Sobre a tentativa de emudecimento: não sei que foi que andaste fumando em teu recôndito reacionário, mas já te ocorreu que as prerrogativas de cada poder trazem consigo responsabilidades diferentes?
O presidente da república e o do congresso falam o que querem porque seu poder individual de decisão monocrática é limitado, e porque seu mandato é eletivo. O presidente pode falar sobre maioridade penal, aborto, direitos das minorias e até mesmo manifestar sua indignação a respeito do judiciário porque, ao fazê-lo, ele não é mais do que um cidadão. Sim, ele pode encaminhar projetos de lei que traduzam em matéria legislativa aquilo que pensa, mas é um caminho pedregoso de desfecho incerto. O mesmo vale para o líder do legislativo.
Mas Gilmar Dantas, ao falar fora dos autos sobre assuntos que ainda virão a julgamento, expressa indevidamente a decisão que virá de sua parte, com o agravante de que não há instâncias intermediárias que possam modificar o desfecho (o que é ainda mais grave durante os recessos do judiciário, em que o presidente toma decisões sozinho, como ocorreu com os HCs e o Sean Goldman, sem contar o HC de Cacciola que Marco Aurélio concedeu). O que a corte decide é final, a não ser que o Congresso decida emendar a Carta Magna. E, ao contrário do presidente e dos parlamentares, não há como tirar o boquirroto de lá. Portanto, se Gilmar Dantas pode falar em lei da anistia quando ela ainda não foi a julgamento, então vamos entrevistar os outros dez ministros de uma vez e encerrar essa bobagem de sessões plenárias, já que não há motivo para crer que aquilo que eles dizem diante das câmeras será diferente daquilo que virá no papel. Até porque a TV Justiça já expõe os ministros à turba em tempo real, a ponto de o ministro Lewandowsky ter reclamado de ter de votar com a faca nas costas.
Se Gilmas Dantas falasse sobre decisões já tomadas, ou desse sua opinião sobre o tempo, a roupa da entrevistadora, ou sobre temas que não virão a julgamento, como o sexo dos anjos ou uma cláusula pétrea da constituição, eu não veria problema algum. Só que o STF decide sobre questões polêmicas, diz qual é a posição da Carta Maior sobre esses assuntos, logo seu presidente tem de ficar quieto, pois se quiséssemos saber se os conflitos fundiários no Pará violam a constituição através de uma entrevista a jornalista, nós não precisaríamos de um STF.
“Exemplo a ser seguido”… que absurdo. Meu caro, quantas vezes tenho de repetir que os líderes dos demais poderes já se submetem ao escrutínio público o tempo inteiro, sem contar as urnas? Por acaso os entrevistadores da Band não bombardearam o Lula com tudo o que tinham? E Fortes sequer está falando do fato de ele ser entrevistado, mas do conteúdo da entrevista em si, que foi, de fato, constrangedora para Gilmar Dantas.
Não deveria tentar explicar o que Mino Carta pensa da elite para ti. Mas lembra que Cláudio Lembo, um pefelê das antigas que não poderia ser mais elite nem se quisesse, reclamou exatamente daquela elite branca de olhos azuis que era responsável pela perpetuação das desigualdades.
Não há mal em ser rico no capitalismo. Ou bem-nascido, ou educado nas melhores escolas. Desde que não se gaste o poder econômico que se tem em impedir que os que pouco ou nada possuem de se erguer de sua miséria.
Parece-te um bom critério para separar a elite boa da ruim?
Que eu saiba, Mino Carta coloca na elite todo mundo que esteja nas classes A e B. E isso certamente te inclui, como inclui a mim, porque a sociedade brasileira é tão desigual que… ah, deixa para lá, o IBGE deixou os dados na rede.
A elite colonial de Mino Carta é a elite separatista de PHA e a branca de olhos azuis de Lembo, disso não resta dúvida. Não te parece bom atestado de validade do conceito que um velho de tradição carbonária, um jornalista de viés social-democrata (mas que adora o poder enriquecedor do capitalismo e aplica na bolsa alegremente) e um senhor de extração liberal conservadora o adotem?
Se acreditas que não existe conflito de classe no Brasil, talvez também creias que aqui não há racismo (Ali Kamel), que vivamos um Estado Policial (Gilmar Dantas), no saci-pererê, na iara mãe d’água e no boitatá.
Fico com Fortes e Carta. Faz mais sentido e vejo mais coerência.
23/04/2010 at 14:06
Fortes excelente. Paez pontualíssimo.
23/04/2010 at 16:12
Putz, quase ficou melhor que o artigo do Fortes…rs
Parabéns pelo dispêndio de tempo na resposta, poupei-me do trabalho.
23/04/2010 at 17:29
H. C. Paes,
Comprimento-o pelas palavras sensatas e respeitaveis, embora com muitas não concorde…
1- STF- Embora seja a mesma pessoa, faço distinção entre o Gilmar Mendes ministro do STF ( um voto no colegiado de 11) e o CHEFE do Poder Judiciario, eleito ( ou indicado, nem sei…) por seus pares para exercer um mandato de dois anos.
Enquanto Ministro no Colegiado realmente vale o que Leandro e Vc falaram: Comedimento, moderação, falar apenas nos autos.
Mas acontece amigo, que o Presidente do Poder Judiciario não exerce suas atribuições ( DE CHEFE DO PODER JUDICIARIO, por favor….) nos autos de processos judiciais.
Seria, me permita, até mesmo ridiculo imaginar tal hipotese…
Portanto, insisto: O chefe do Poder Judiciario deve falar sim, sobre assuntos que digam respeito ao Poder Judiciario e especialmente a relação deste com os outros poderes.
2-ELITES- Inicialmente louvo sua sinceridade. Não são muitos que aceitam ser considerados membros de tão combatida categoria sociologica.
No mais, sua referencia à diversas qualificações de elites, usadas por todos que as criticam (sempre criticas, né? interessante isso…) fortalece minha convicção de que a elite (especialmente a elite ruim…hehehe) são as outras.
Daí então não nos cansamos de inventar “outras” elites:
A Branca, A nativa, a colonial, a separatista, e todas quanto nossas necessidades de auto-preservação precisar.
Criamos muitas…
Mas sempre com o cuidado de deixar implicito ( nem tão implicito, né?) que a “boa elite” é a nossa…
É isso, quanto mais tipos de “elites ruins” houver, melhor será a nossa…
Com a graça do Bom Deus!
Um abraço.
23/04/2010 at 18:52
Parabéns, Paes.
Bela e exata resposta a alguém que pensa pequeno e mantém no coração a escuridão dos preconceitos.
24/04/2010 at 03:13
Caro Emanuel:
o Judiciário tem atribuições muito diferentes dos demais poderes. Seu presidente possui muito mais funções administrativas do que propriamente soberanas: ele é um primus inter pares, não um líder. A instância máxima do judiciário brasileiro é a plenária do STF.
Ele deve se manifestar sobre assuntos do judiciário, sim. E teve todo o direito de responder à besteira de Lula. Mas isso NÃO inclui fazer acusações sem fundamento (caso do grampo), chamar o presidente às falas, intimidar a primeira instância (caso Dantas), jogar para a platéia (estado policial), manifestar-se sobre a lei da anistia antes que essa vá a julgamento, ligar para a governadora do Pará por ocasião dos conflitos fundiários, etc., etc.
O judiciário fiscaliza os demais poderes e julga. Tem autonomia financeira e administrativa, mas legisla muito pouco, e não é eleito, o que significa que não pode ingerir no cotidiano dos demais poderes, até porque seus membros são muito mais estáveis em seus cargos do que os dos demais poderes.
Se Gilmar Dantas quisesse falar à imprensa sobre os assuntos do judiciário, sobre as iniciativas do CNJ ou o que fosse, não haveria mal. E se se limitasse a defender o poder que representava quando achacado pelos demais, tudo bem. Mas ele agiu como se o Pretório Excelso fosse um caixote de sabão.
Tanto é assim que todas as associações de classe, muitos dos principais juristas do País, e, a julgar pela insistência de Peluso em ressaltar que será um presidente discreto e restaurará a imagem do STF, mesmo os pares de Gilmar Dantas acharam que ele passou dos limites.
Sobre elites, apresentei um critério objetivo: aqueles que usam de seus privilégios para assegurar que os outros se perpetuem na miséria, e o País, no atraso, são a elite colonial, separatista, branca de olhos azuis ou como queira chamá-la. És elite, como eu sou, pelo critério financeiro do IBGE, mas certamente não circulamos nas mesmas esferas do que gente como os quatrocentões paulistas que fazem pressão para retirada de benefícios trabalhistas, os latifundiários do centro-oeste e norte que especulam com terras devolutas ou grilam glebas da União ou de pequenos produtores, ou os financistas que quebram países inteiros.
A elite de Carta, Amorim e Lembo é aquela que consubstancia o egoísmo mais nefasto que se pode imaginar. Não é definida por vinhos, roupas ou bagagem intelectual, e sim por um poder econômico a serviço da ganância e do preconceito de classe.
Creio ser essa uma definição ampla e direta o suficiente, e não mera hipocrisia de estigmatizar o “outro” como “elite ruim”. Norteio-me por ela para reconhecer aquilo que devo combater pelo voto.
24/04/2010 at 12:11
H. C. Paes,
Uma das vantagens de dialogar com pessoas inteligentes é – além de sempre aprender um pouco, obvio – a possibilidade de se chegar a um consenso, sem necessidade de “matar ou morrer”.
Gostei no seu ultimo comentario ( 03:13 de 24/04/10)especialmente deste paragrafo, que me permito transcrever:
……..
“Ele deve se manifestar sobre assuntos do judiciário, sim. E teve todo o direito de responder à besteira de Lula. Mas isso NÃO inclui fazer acusações sem fundamento (caso do grampo), chamar o presidente às falas, intimidar a primeira instância (caso Dantas), jogar para a platéia (estado policial), manifestar-se sobre a lei da anistia antes que essa vá a julgamento, ligar para a governadora do Pará por ocasião dos conflitos fundiários, etc., etc.”
………
Ok,ok… Acho que chegamos a bom termo.
O Presidente do STF pode (e deve, reforço!)se pronunciar sempre que o assunto diga respeito à “INSTITUIÇÃO” STF ou mesmo a Poder Judiciario como um todo.
E Obvio… ( me permita, pra mim o mais importante nessa discussão toda) não fará isso “nos autos” como exigido por muitos.
Gostei sobremaneira da sua sinceridade ao reconhecer que o Ministro presidente “teve todo direito de responder à besteira do Lula”.
Olhe amigo, só de saber que vc aceita como possibilidade Lula dizer besteiras (e quem não as diz, não é mesmo?) já é mais um motivo para crescer em meu conceito.
Infelizmente – e o amigo não haverá de me desmintir – a quantidade de “devotos” que sequer admitem tal possibilidade é espantasa…
( um parentesis: Mais um pouco e correrás o risco de ser considerado um “membro do PIG”, ou “agente das elites Coloniais/nativas/brancas/separatistas” infiltrado no blog do leandro…).
Esclarecido isso, lembro ao amigo que em DIVERSAS ocasiões critiquei o Ministro Gilmar Mendes em seus excessos discursórios…
( outro parentesis: Se não quiser acreditar em mim, não será nenhuma ofensa. Peço apenas que perca mais um pouco de seu tempo e faça uma pesquisa no Blog do Nassif, por exemplo, onde sempre me manifestei sobre as patetices do Gilmar.)
Mas, insisto: Isso não pode ser motivo para que autoritários transvestidos de progressistas pretendam ver cassada a palavra do chefe do Poder judiciario. Já vi esse filme. E não gostei…
Enfim, acho que quanto a isso chegamos a um consenso:
1- O Presidente do STF pode sim ( e DEVE!!!!) falar em nome da instituição ( FORA DOS AUTOS) sobre assuntos que digam respeito ao poder que presidente. Ponto
2- ex-presidente fazia isso. E fazia mais ( aqui o erro). Falava sobre materias pendentes de julgamento e sobre assuntos que mesmo estavam na alçada do tribunal. Ponto.
Como observação final, lembro que a reclamação do Gilmar no episódio do Grampo foi pertinente. A forma (“chamar às falas”) é que foi deselegante, incompativel com o cargo que ocupa. Mas aqui não resisto a um veneno…
“Também… com o exemplo que tem….”
Considerando que tenha havido ao menos suspeita de grampo ( sei, sei… muita gente parte da “CERTEZA” que não houve grampo, que tudo foi invenção…)é natural que o Chefe do Poder Judiciario exija apuração.
Também não achei pertinente ( e até pedagogica) a intervenção do Presidente do STF no episódio do “estado policialesco” e das “algemas”.
Também não vejo nada demais ( compreendo que alguns vejam…hehehe) o Ministro lembrar que TODOS estamos submetidos à lei. Que TODOS devemos prestar contas de nossos atos. Que a Lei vale pra TODOS.
Realmente, essa coisa de respeitar a lei é, muitas vezes, uma grande chateação, né…?
Por fim, amigo, quanto às elites, alem de nossas diferenças serem mais profundas ( porque entendo que transbordam o aspecto politico/juridico/ administrativo) não tem, a rigor, tanta importancia assim…
Trata-se, como já aventei, apenas uma tentativa (Saudavel, por certo) de auto-preservação.
É muito dolorido se sentir parte de alguma coisa que condenamos, né?
24/04/2010 at 12:20
H. C. Paes,
Desculpe, uma correção:
Lá no fim de meu comentario de 12:11 tem um “não” a mais que muda todo o sentido da frase.
“Também não achei pertinente ( e até pedagogica) a intervenção do Presidente do STF no episódio do “estado policialesco” e das “algemas”.”
Esse “NÃO” entrou aí de gaiato ( só Freud – o legítimo- poderá explicar o que me levou a esse erro…hehehe).
Portanto, corrigindo:
“Também achei pertinente ( e até pedagogica) a intervenção do Presidente do STF no episódio do “estado policialesco” e das “algemas”.”
23/04/2010 at 14:36
Tomou!
23/04/2010 at 17:31
E bem tomado!
24/04/2010 at 14:50
Serrista (ou malufista, tanto faz) tem mais é que defender o Gilmar Mendes mesmo.
Se ele for contrariado, se o PSDB impedir sua entrada em algum lugar, o Mendes abre a boca e aí é pena para todo lado!
24/04/2010 at 16:11
O que o “amigo” não consegue entender sobre a história do grampo sem áudio de uma conversa estapafúrdia é que essa “denúncia” do Gilmar Mendes tinha o único propósito de fritar o Paulo Lacerda de maneira torpe, covarde e orquestrada. O “amigo” também parece ignorar a relação criminosa do ministro-presidente-empresário-político com a coisa pública. Os contratos do IDP com o próprio STF, STJ e outros órgãos públicos sem licitação são um escândalo! Gilmar Mendes é detestado pelo conjunto da obra suja! Estive nas manifestações em Brasília contra ele e fiquei impressionada de ver juízes, desembargadores, procuradores e serventuários de vela acesa na mão pedindo luz para o Judiciário.
24/04/2010 at 17:54
Andrea,
Quisera ter as suas certezas…
Deve ser muito bom viver assim (imagino…)com respostas prontas e acabadas para tudo. Com um lado fixo, imutável
Branco, branco. Preto, preto.
Não sei se houve grampo. Sinceramente não sei. E muito menos posso saber qual a razão teria o Gilmar para “armar” uma denuncia falsa e queimar o Lacerda.
Mas compreendo ( não concordo, mas compreendo…) com os que concluem: “Só pode ter sido isso!!!”
É que essa resposta apascenta a alma dos aflitos. Acalma os angustiados. Conforta…
Repito: Deve ser muito mais fácil viver assim…
Quanto a Relação do Gilmar e o IDP concordo inteiramente com você. Algo de estranho por tras daqueles contratos. No minimo, tratando-se de um Ministro do STF, deveria ser evitada tal exposição.
Se vc observar mais acima, também já critiquei o excesso de declarações e entrevistas concedidas pelo GM, sem, entretanto, pregar a cassação da palavra do presidente do poder judiciario.
Já que falei da dificuldade em conviver com a duvida (e até de uma certa inveja dos que são só certezas…) deixa agora eu dizer que nem tudo é ruim nessa minha posição.
Há sim, suas compensações.
Posso, perfeitamente, como acabo de fazer, tentar rebater uma critica feita ao Gilmar mendes, e emendar em seguida com outra critica, ou concordar com criticas já feitas.
Realmente, pra mim isso não tem preço…
Pensar com minha propria cabeça, usando o que resta de meus dois neuronios ( que ultimamente andam se estranhando…). Não seguir simplesmente manadas.
Não participar de clubes, torcidas organizadas, religiões nem partidos.
Ser livre pra usar uma camisa bem folgada. E trocá-la caso a ache desconfortável!
Isso eu posso fazer!
Não tem preço!!!!!
Pensar é muito divertido! ( às vezes doi um pouco, mas nada substitui o prazer de pensar…)
PS- As aspas na palavra “amigo” soam estranhas para mim.
Usa-se essa expressão (pelo menos eu uso…)como sinal de cordialidade, respeito, assim como se pode usar “prezado”, “caro”, “companheiro”, tudo sem aspas, logico.
Se vc prefere se dirigir a mim, ou qualquer outro comentarista, sem usar qualquer dessas expressões, tudo bem…
Mas se o fizer, não use aspas. Fica parecendo (espero que só parecendo) ironia…
24/04/2010 at 20:30
Caro Emanuel,
primeiramente, coloquei amigo entre aspas porque usei uma palavra citada por vc. Respeito sua posição, mas não concordo. Não conclui que “só pode ter sido isso”. Acompanhei atentamente todo o caso do suposto grampo. Vc sabe qual foi a conclusão da investigação solicitada por Gilmar Mendes? A conclusão do relatório é que não houve grampo nenhum. A grande imprensa não deu isso. Só ví uma notinha no Valor Econômico. Sou apenas uma cidadã que atua há anos no Judiciário. Sou soldado raso. Eu e vários colegas ficamos estarrecidos com os mandos e desmandos de Gilmar Mendes. Não tenho resposta pronta pra tudo não. Por isso, faço questão de ler mais do que a grande imprensa. Fuço a blogosfera. Leio comentários de internautas, como o seu. Isso me ajuda a ver o outro lado e pensar. Mas os seus argumentos não me convenceram em nada. Todos eles foram fundamentadamente desmontados por H.C. Paes. Quanto à sua dúvida sobre o interesse de Gilmar Mendes em queimar o Larceda, como a história é longa, digo apenas o seguinte: muitas autoridades do país queriam (e conseguiram) queimar o Lacerda por uma razão muito simples. Foi na gestão de Paulo Lacerda que a PF deixou de combater apenas o narcotráfico e passou a investigar grandes esquemas de corrupção, colocando os chamados bandidos do colarinho branco na cadeia, mesmo que por pouquíssimo tempo.
24/04/2010 at 20:53
Sr. Rego, o Gilmar Mendes é um juiz-empresário que foi colocado no STF pelo finado FHC, que promoveu as privatarias, onde um dos beneficiados é o Daniel Dantas (tô quase achando que ele é sócio do juiz-empresário, aquele que é o chefe dos capangas de Mato Grosso; você que é bem informado deve saber desta notícia também). Este Daniel Dantas tem ligações umbilicais e intestinais com pessoas do PSDB, que tem certas contas de investimentos que não deveriam ter segundo regras do BC.Um certo candidato, acho que o nome do fulano é Nosferatu, tem uma filha que tem uma ligação sui generis e suspeita com o Daniel Dantas. Se a justiça pegar este Daniel Dantas, também pegará os amigos de Daniel Dantas, aqueles que têm certas contas de investimentos e que não deveriam ter por serem cidadãos brasileiros. E veja bem, senhor Rego, muitos destes cidadãos que têm certas contas tem outras ligações umbilicais e intestinais com o próprio Nosferatu e companheiros íntimos do mesmo!
Por este motivo, o juiz-empresário Gilmar Mendes, para defender os interesses dos seus amigos, conseguiu bater um recorde (!): Dar em menos de 48 horas dois HC para o cidadão denominado Daniel Dantas.
E onde aparece o tal do grampo? O grampo não aparece! Ele foi uma armação do juiz-empresário Gilmar Mendes (aquele que suspeito ser sócio de Daniel Dantas)com o senador Jabha (o que sempre se apresenta em público com um ovo na boca) e com o ministro serrista e quinta-coluna (o tal que usa uniforme militar e que é amigo de Nosferatu). Com este grampo que existiu somente para este trio singelo, um dos intregrantes do trio foi às falas com o presidente Lula e exigiu a demissão do delegado Paulo Lacerda.
Pois bem, senhor Rego, esta é a razão para o juiz-empresário e chefe dos capangas de Mato Grosso “armar” uma denúncia falsa e queimar o Lacerda.
Observação: esse armar esta entre aspas pois copiei o trecho final do próprio senhor Rego e não tem nada de ironia nisto, pois sou “livre pra usar uma camisa bem folgada. E trocá-la caso a ache desconfortável!
Isso eu posso fazer!
Não tem preço!!!!!
Pensar é muito divertido! Às vezes doi (com acento!) um pouco, mas nada substitui o prazer de pensar…”. Sem ser irônico, né!
24/04/2010 at 21:00
Senhor Rego, esqueci de acentuar a palavra esta que está localizada um pouco acima da palavra observação.
E sem parecer irônico!
24/04/2010 at 21:03
Senhor Rego, desconsidere o texto enviado às 21:00 deste dia 24, pois os dois neurônios que me restam se pegaram e fiquei desnorteado momentaneamente!
03/05/2010 at 10:39
a título de curiosidade consultem o nome da nova diretora-geral do IDP.
23/04/2010 at 12:26
Magnífico texto.
Correção mínima e incidental, que nada detrai do peso da argumentação: quando Gilmar Dantas forçou a queda de Lacerda, este já não dirigia a PF, mas a Abin.
Naturalmente, eu entendi que o que provavelmente tinhas em mente era o legado de Lacerda na PF, ainda que não estivesse mais à frente dela. Perfeito.
23/04/2010 at 12:59
Esse vai tarde .
Foi um problema anunciado quando da sua escolha por FHC .
23/04/2010 at 13:45
[…] Leandro Fortes, do Brasília, eu vi . No fim das contas, a função primordial do ministro Gilmar Mendes à frente do Supremo Tribunal […]
23/04/2010 at 14:40
Ótimo post! A “despedida” vai ser homenageada com protestos de jornalistas cujo mote é “JÁ VAI TARDE”,
23/04/2010 at 15:18
Excelente texto, parabéns pela dedicação e perseverança na busca do que é justo. Abraço e conte conosco!
23/04/2010 at 15:20
[…] Por Leandro Fortes Do Blog Brasília, Eu Vi […]
23/04/2010 at 15:40
[…] Do brasiliaeuvi […]
23/04/2010 at 15:58
Leandro,
Seu texto foi o que lí de MELHOR, até hoje, sobre o Gilmar Mendes. Você resumiu o sentimento do brasileiro, sem voz.
PARABÉNS.
Abs.
23/04/2010 at 17:03
Parabéns, Leandro Fortes. É uma brilhante síntese que eu gostaria de ter a capacidade escrever sobre esta época estranha.
Eu enxergo dois grandes méritos no seu texto, que me parece ser um dos mais fundamentais – junto com texto um do Maierovitch e outro da procurada Janice Ascari, além da cobertura realizada pelo Nassif – para entender o STF da Satiagraha.
Primeiro, que consegue abranger todos os pontos importantes nas relações políticas que originaram esse desfecho. Neste ponto a análise parece beirar a perfeição.
Segundo, que – apesar de não ser um blog da direita – não se furta a reconhecer aquilo que foi um dos piores erros da atual gestão de esquerda, em que pese a decisão ter sido tomada em um momento inusitado: a inédita pressão direta e pública de quem representava o STF, berrando como se fosse o Ministério Público quando munido de fartas provas diante do júri.
Escrevo esta mensagem comprida, mas é porque dá satisfação perceber que estamos entrando em uma nova era de jornalismo. Que quebra as velhas relações da imprensa com o patrimonialismo e o poder (inauguradas, de certa forma, nas cadeiras do meu querido Largo São Francisco, quando da República Velha, mas que não tem culpa por alguns filhos que pariu).
E, principalmente, dá alegria de ver nascer um jornalismo completo, que tem elegância sem se tornar chapa branca.
Torço para que você tenha motivação para continuar o bom trabalho, apesar dos processos e das críticas. E tomara que esta nova mídia que vem nascendo possa ocupar o espaço necessário para conseguirmos um país mais culto.
Torcida não ganha jogo, como provavelmente diria o presidente que a maioria do povo gosta. Mas quando esta onda de dificuldades o fizer baquear, lembre que o Picasso viveu a vida inteira perseguido, fichado, processado e criticado, seja pela direita, seja pela esquerda.
E o Vinícius de Moraes não ganhava muito dinheiro com aquilo que escrevia, a ponto de pedir para os “intermediários deixarem algum para nós”, no disco “Saravá Vinícius”. Portanto, para nós que tentamos ser apenas competentes no que fazemos, o que sobrar de pé é lucro.
Grande abraço.
23/04/2010 at 17:35
Ainda bem que o juiz-empresário Gilmar Mendes, o chefe dos capangas de Mato Grosso, o que pretende (mas não conseguiu) transformar o Mato Grosso em sua capitania hereditária, vai se tornar uma insignificância qualquer.
Vai tarde.
23/04/2010 at 18:58
Grandíssimo texto, Leandro, como de hábito.
Quando aparecer por Floripa (SC) favor avisar.
Gostaria muito de conhecê-lo pessoalmente e poder agradecê-lo pelo belo trabalho feito em prol deste país e de sua democracia.
23/04/2010 at 19:45
Leandro,
Parabéns por esse texto.
Necessitamos de jornalistas desvinculados da “Grande Mídia”, preocupada únicamente em promover o “espetáculo”, como já demonstrado por Deboard, e, além disso, com corajem e ideal para enfrentar toda espécie de reprimendas e censuras.
A contribuição de seu trabalho para a sociedade brasileira é significativa e muito importante.
Abraço.
23/04/2010 at 19:47
Visitem : http://besteironas.wordpress.com/
23/04/2010 at 19:49
http://besteironas.wordpress.com/2010/04/23/como-acessar-internet-gratis-no-seu-celular/
23/04/2010 at 20:20
Caro, sugiro o compartilhamento do seu blog com o Facebook.
23/04/2010 at 20:22
Leandro Fortes fez uma excelente leitura da Era Mendes. Mas não deixa de ser um post triste. De conteúdo absolutamente verdadeiro, mas muito lamentável. Os comentários são alarmantes. Como pode uma figura como Gilmar Mendes (autoritário, midiático, empresário corrupto, entre outras coisas) chegar no STF, ser seu presidente, cometer as arbitrariedades e irregularidades que cometeu, e ainda ser aclamado pela grande imprensa?! Que país é esse? Que democracia é essa? Até quando vamos ser o país dominado pelos coronéis?
23/04/2010 at 22:00
tudo está dito no texto, parabéns!
23/04/2010 at 22:36
Lapidar, Leandro.
Obrigado!
24/04/2010 at 06:05
[…] Leandro Fortes* […]
24/04/2010 at 07:30
[…] Do brasiliaeuvi […]
24/04/2010 at 08:38
Paes, mais uma vez vc “matou a pau”!
24/04/2010 at 13:38
Sr. Leandro, muito prazer.
É a primeira vez que venho ao blog, e realmente me emocionei e me sentir com a alma lavada.A justiça brasileira sempre foi desacretitada, mas com este crápula na presidência do STF, quase perdi as esperanças. Por favor, continue, pois este sr. só saiu da presidencia, ele ainda está lá, pronto para ser a voz de tudo o que nao presta neste país, tanto da área empresarial como da imprensa.Força, continue e muito prazer. Abraços a todos do bem.
24/04/2010 at 14:43
Bravíssimo!
24/04/2010 at 15:28
Obrigado pela foto do Conde Drácula, era a figurinha que faltava para completar meu álbum de vampiros e criaturas das trevas.
Agora que ele foi defenestrado da presidência da corte, espero que vá assombrar em outra freguesia com sua capa preta.
24/04/2010 at 21:09
Com certeza o chefe, o líder destes vampiros é o Nosferatu, aquele que promove propagandas enganosas com dinheiro público que sai dos bolsos dos contribuintes paulistas.
Devemos defenestrar em outubro este Nosferatu.
25/04/2010 at 00:37
[…] Fonte: Brasília, eu vi! Blog de Leandro Fortes […]
25/04/2010 at 10:59
Ótimo! Quando estava lendo a dissertação, colegas ao lado diziam: “aqui em baixo prende, lá em cima solta…”. Perfeitamente aplicavel ao caso Dantas. O MP, PF e Juízes de 1ª instância tentaram, mas foram frustados por Mendes. Ridículo!
25/04/2010 at 11:38
[E POR FALAR EM IDADE MÉDIA!]
[MAIS] UM “NOVO” FACTÓIDE CONTRA DILMA!]
‘O articulista com complexo de editorialista’, Josias “da Folha” [da ditabranda], ancorado numa “investigação” de Ricardo Boechat, está alardeando que a candidata do presidente Lula teria usado de má-fé, simplesmente porque na página principal do sítio oficial da campanha consta uma fotografia de artista Normal Bengel –a cena seria de 1968. Teria sido veiculada num influente diário da época, o Correio da Manhã.
Ora bolas, senhor doutor, faça-me uma garapa, sem açúcar, por favor!
Provavelmente, a foto da atriz tenha sido colocada entre as fotos de Dilma criança e a Dilma de hoje, como uma homenagem aos vínculos e associações entre as mulheres – esta ponte histórica, simbiótica… Poderia ser uma mulher negra e anônima, uma mulher operária, uma mulher dona-de-casa, uma mulher professora…
Mas, não, os jornalistas-corvos de plantão, os que “não” (sic) combatem o patrulhamento ideológico já estão potencializando organizações delinqüentes peessedebistas que respondem pela alcunhas de ‘O Coturno Noturno’ e “Gente que Mente”! Estes jornalistas-colegas dos patrões estão disseminando estes ratos no esgoto da internet!
No “editorial” pró-Frias/(S)erra, Josias de Souza cita estas entidades altamente decentes – e dotadas de credibilidade tão significativa quanto o dossiê falso – e criminoso – da ‘Folha’ contra a mesma Dilma Brasileira Roussseff!
… Ah, no mesmo texto, o Josias “da Folha” menciona a euforia de um dos crápulas do famigerado/lacaio PPS:
“Presidente do PPS, partido aliado a Serra, Roberto Freire pendurou no twitter, na noite deste sábado (24), uma nota: “Dilma deve explicação”.
NOTA: quem deve explicação são vocês, vilões das ilações inconseqüentes! Corvos dos Infernos! Parvos e aloprados!
NOTA: O LINK PARA O “NOVO” FACTÓIDE DO TIPO LININHA DA RECEITA FEDERAL!
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/
Sítio oficial ‘usa’ foto de atriz como se fosse de Dilma
República Destes Açodados Bananas Fomentadores de Factóides – golpistas irregeneráveis!
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
25/04/2010 at 20:29
Gilmar não foi às ruas. Foi ao Youtube e ouviu o que as ruas tinham a dizer, ou pelo menos a parte que passou pelo crivo do provedor e da TV Justiça.
Saída tardia…
25/04/2010 at 22:04
[…] emplacada pelo quarteto Globo/Veja/Folha/Estadão. Segue artigo de Leandro Fortes, do blog Brasília, eu vi, e o vídeo da entrevista, é […]
26/04/2010 at 11:41
Vergonhoso esse envolvimento de um ministro do STF (dito como guardião da Constituição) com criminosos como Daniel Dantas.
26/04/2010 at 14:07
[…] Idade Mendes […]
26/04/2010 at 14:54
Acho que Gilmar Mendes, furioso com as informações contidas neste relato, vai respondê-los à altura, e com grande destaque, no Jornal Nacional. 😉
26/04/2010 at 16:34
O sr. Gilmar “Dantas” Mendes entra pra história do Judiciário brasileiro, como o principal protagonista da absurda ópera-bufa Suprema. Um período surreal e vexatório, que jamais será esquecido por aqueles que verdadeiramente AMAM este país!!!!
Parabéns Leandro Fortes!!!
26/04/2010 at 22:54
Leandro,
Ainda bem que ele encerrou as atividades no Judiciário. Do contrário, creio que a próxima ação censora deste calhorda seria mandar tirar do ar o ‘Brasília, eu vi’.
Belo trabalho.
Abs,
Tiago
27/04/2010 at 01:02
[…] sobre o ex-presidente da Suprema Corte Brasileira, trago para nossos frequentadores, o artigo A Idade Mendes da lavra jornalista Leandro Fortes em seu Blog: Brasília, eu […]
27/04/2010 at 10:04
[…] a leitura de A Idade Mendes, no blog de Leandro Fortes, texto em que se faz uma ótima análise do que foi o período de Medes […]
27/04/2010 at 17:15
PRAGA TUCANA FAZ MAIS UMA VÍTIMA: A APRESENTADORA MARÍLIA GABRIELA
27 de abril de 2010
Claudio Leal – do Terra Magazine
Marília Gabriela desmente autoria de texto contra Dilma
Nesta terça-feira, 27, o site do deputado federal José Carlos Aleluia reproduziu um texto falsamente atribuído à apresentadora Marília Gabriela.
A jornalista e apresentadora Marília Gabriela está indignada com a divulgação de um texto – falsamente atribuído a ela – contra a pré-candidata à presidência, Dilma Rousseff (PT). “Não tem nada a ver comigo”, diz a Terra Magazine, por telefone. Marília decidiu procurar assistência jurídica, nesta terça-feira, depois de ver o pseudo-libelo antipetista ser reproduzido pelo site do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA), que apoia a candidatura de José Serra (PSDB). “O próximo passo é procurar meus advogados”.
Num tom agressivo, o desabafo “Quem tem medo da ‘doutora’ Dilma?” ataca a ex-ministra da Casa Civil com paralelos zoológicos:
– Vou confessar: Morro de medo de Dilma Rousseff. Esse governo que tem muitos acertos, mas a roubalheira do governo do PT e o cinismo descarado de Lula em dizer que não sabia de nada nos mete medo. Não tenho muitos medos na vida,além dos clássicos: de barata, rato, cobra.
E lembranças escolares inverídicas:
– Dilma personifica, para mim, aquele pai autoritário de quem os filhos morrem de medo, aquela diretora de escola que, quando se era chamada em seu gabinete, se ia quase fazendo pipi nas calças, de tanto medo.
Às 14h54, ao ser informada sobre o desmentido, a assessoria do deputado Aleluia se dispôs a retirar o texto do site. O “Blog do horaciocb” é indicado como a fonte. O advogado de Marília encaminhou uma notificação ao parlamentar.
O artigo se espalhou em redes sociais e blogs, embora a jornalista utilize a internet somente para “para fazer pesquisas, leituras, nunca pra escrever textos e publicar dessa forma idiota”, como descreve. “Isso não é novo. Começaram há dois meses. O Carlos Brickman, no Observatório da Imprensa (em março), desmentiu. Mas não adiantou. Sou uma jornalista inteligente, tenho uma carreira de 40 anos. Só se eu fosse maluca! Não sou ligada a nenhuma rede social”.
Repleto de adjetivos desairosos, o texto não combina com a personalidade da apresentadora do canal GNT, mas demonsta o nível da guerra que se trava na internet, neste período pré-eleitoral.
“A internet é terra de ninguém. O problema é você ser vítima dessa terra de ninguém, não ter como controlar. É uma sacanagem”, revolta-se Marília Grabriela.
As digitais do partidarismo do autor anônimo são deixadas no final da peça: “Seja bem-vinda, Marina… Outra boa opção é o atual governador José Serra que já mostrou seriedade e competência. Só não pode PT, Dilma e alguém da ‘turma do Lula'”.
“Não tem nada a ver comigo, não escrevo daquela forma, não tem meu estilo. Qualquer pessoa criteriosa vai perceber que uma jornalista como eu não iria fazer isso, assumir uma gracinha dessas.
Eu vivo de entrevistas. Gostaria de entrevistar todos os candidatos. Não cometeria essa estupidez”, reforça a apresentadora do “Marília Gabriela Entrevista
28/04/2010 at 23:28
Parabéns pelo artigo e pela coragem!
01/05/2010 at 16:14
Parabéns pela lucidez e pela coragem.
01/05/2010 at 17:22
Caro Leandro,
Leiam o último capítulo da série: A Idade das Trevas. No ar e na rede: O Supremo Sonho Tucano: Transformar o Brasil num Imenso Paraguai!
02/05/2010 at 07:14
E pra coroar sua saída pela direita, ele votou pelo perdão aos torturadores. Bem coerente esse Mendes. Se pensarmos que os torturadores serviam aos donos do poder, e o judiciário brasileiros sempre foi servil à esses poderosos, então foi bastante coerente o juíz Gilmar. É uma lástima essa figura. Até quando é coerente, é desprezível.
02/05/2010 at 08:45
Paz e bem!
Aqui houve coverdia da OAB
bastava na defesa
terem lidos
os muitíssimos
pronunciamentos
sobre o tema
que o Gilmar Dantas
fez à imprensa
antes d julgamento
que ele se veria obrigado
a se declarar impedido de julgar.
Caso não o fizesse
até os juristas
mais conservadores
(do ponto de vista jurídico)
condenariam sua atitude.
Mas como eu disse
a OAB foi covarde.
02/05/2010 at 07:32
[…] aqui e leia tudo. // Imprimir | Enviar Dê seu voto: (Seja o primeiro a votar!) […]
03/05/2010 at 10:35
A sede pelo poder fez ruir até mesmo o Instituto que o então professor Gilmar Mendes construiu com outros dois constitucionalistas. A nova diretoria foi constituída com sua assessora de articulação parlamentar (http://www.dicasdebrasilia.com.br/078/07807015.asp?ttCD_CHAVE=24204 e http://www.idp.edu.br/web/idp/content/view/id/1403) e baseia-se na conquista de novos contratos e patrocínio de eventos, diga-se que Souza Cruz, Eletrobrás, Correios e Banco do Brasil figuram com tradicionais patrocinadores dos eventos do Instituto. Basta à imoralidade e à farsa dos patrocínios como mecanismos de articulação política. Estas informações estão disponíveis no site do IDP (http://www.idp.edu.br).
01/07/2010 at 21:04
Parabéns. Que texto…
15/07/2010 at 23:40
Ótimo texto e que expressa a verdade. Um mau caráter como esse ser o presidente da Suprema Corte do país é um desastre! “De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega . . . a ter vergonha de ser honesto” [Rui Barbosa]. A decisão da maioria dos ministros do STF a favor da impunidade dos torturadores do regime militar nos dá uma ideia do tipo de magistrados que este país possui. Desgraça! Maldição!
24/09/2010 at 11:16
Sem palavras! Ótimo texto…
30/05/2012 at 14:04
POCHA QUE TEXTO GRANDE DA POCHA DOR DE QUEM LEU ISO E DE QUEM ESCREVEL QUEM E DOIDO DE LER ISO
31/05/2012 at 21:53
[…] Por: Leandro Fortes, Brasilia eu vi […]
09/08/2012 at 00:57
ENTÃO ESSE INDIVÍDUO FAZ PARRTE DA TAL “CAIXA PRETA DO JUDICIÁRIO” ?