Por mais tentado que esteja a ignorar os insultos e a argumentação fascistóide de muitos que por aqui passaram para comentar o post “Arruda: a fase do autismo”, não posso deixar de levar em conta o sentimento original dos pais e mães de autistas, mesmo os mais alterados, que se revoltaram contra a utilização do termo por mim.
A eles, portanto, me dirijo agora.
Tenho dois filhos e dois enteados, todos mentalmente saudáveis, por isso seria hipocrisia lhes dizer que sei como vocês se sentem. Não, eu não sei. Apenas imagino e, ao imaginar, sou capaz de me solidarizar. Por isso, aliado a uma formação humanista sólida e a uma experiência de vida conduzida pelo respeito ao próximo, vou relevar as agressões verbais de alguns comentaristas que me chamaram de “pseudojornalista”, “pseudointelectual”, e coisas semelhantes. Essas reações, tenho certeza, são fruto de um desequilíbrio emocional altamente justificável, por oriundo de uma vida regulada pela rotina, certamente sofrida, de cuidar de um filho autista.
Como jornalista, profissão que exerço, diariamente, há 23 anos, aprendi a ter um enorme apreço ao drama humano e a ele me dediquei a traduzir, como missão de vida. Tento, na medida do possível, dar voz a quem não tem, aos excluídos, aos invisíveis sociais. Ao longo dessas duas décadas, ajudei a denunciar todo tipo de injustiça e a desnudar canalhas, não sem algum custo e risco – já fui ameaçado de morte e processado algumas vezes, normalmente, por gente corrupta e bandida. Não me importo, é esse o meu trabalho.
Eu tive a oportunidade de explicar, em resposta a alguns comentaristas, que o texto não tem nenhuma intenção, nem mesmo implícita, de ligar autistas a políticos corruptos. Essa interpretação é rasa, primária e de má fé, nada tem a ver com o sentimento de revolta de alguns pais. A utilização do termo “autismo” tampouco é uma metáfora, como muitos assim disseram, alguns no intuito de me defender. É, na verdade, uma analogia com base em larga utilização do termo, na literatura e no jornalismo, para designar comportamentos de intensa introspecção. Da mesma maneira que se fala, por exemplo, da relação “esquizofrênica” entre o PSDB e o PT, em textos de jornalismo político. Quem não é capaz de entender isso, certamente não é capaz de entender muita coisa.
Essa minha justificativa, contudo, não tem a força necessária para subjugar as circunstâncias dos pais que lutam, diariamente, para criar filhos autistas e sofrem, nessa dura rotina, com o peso mortificante do preconceito. Mesmo que alguns, como se pode constatar na caixa de mensagens do post em questão, não tenham a menor condição emocional e intelectual de sustentar argumentos e articular idéias sem partir para a agressão pura e simples. A crença de que as dificuldades formam o caráter, como se vê, não tem valor absoluto. O comportamento histérico e mal educado de uns, no entanto, foi suplantado pela elegância e gentileza de outros, caso da leitora Rita Louzeiro que, delicadamente, com base em argumentos simples e verdadeiros, pediu que eu me pronunciasse sobre o tema, novamente, aqui no blog.
É o que faço agora, ao deixar meu carinho e minha solidariedade a todos os pais de autistas que me lêem. Mesmo os mais alterados.
16/12/2009 at 10:04
Muitos em seu lugar limitar-se-iam ao “não tive a intenção de ofender ninguém, logo, não devo desculpas”. Pequenos.
A você, meus parabéns! Este post é um bravo sinal de hombridade.
16/12/2009 at 21:55
Tito Rajarshi Mukhopadhyay – um adolescente do sul da Índia que foi diagnosticado com autismo clássico aos três anos. Ele se balança, gira, faz movimentos repetitivos, faz barulhos estranhos, não consegue ler expressão do rosto de outras pessoas, não mantém contato olho-a-olho. Embora tenha um autismo clássico ele consegue expressar seus pensamentos e sentimentos. Descreve como se sente preso a um corpo autista, um caso único.
Segundo Tito ele se balança e faz movimentos repetitivos com as mãos para conseguir sentir o seu corpo. Não olha no olho porque só consegue processar um sentido de cada vez, ou seja, não consegue ver e escutar ao mesmo tempo (só foi perceber que isso não era normal ao se dar conta que outras pessoas podiam usar outros sentidos juntos). Uma mãe perguntou a ele em uma conferência qual o conselho que daria aos pais de autistas. Ele disse “Acreditem nos seus filhos”. Tito é fluente em inglês e bengali (tem dificuldades para falar e ser compreendido escreve muito bem e é mais fácil para ele escrever no computador) têm dois livros publicados: Beyond the silence: My life, the world, and autism e The mind tree: A miraculous child breaks the silence of autism. Ele conseguiu superar as barreiras que o autismo lhe proporcionou graças à mãe Soma Mukhopadhyay que desenvolveu uma maneira de ensinar e comunicar com o filho chamada “The rapid Prompting Method”.
20/12/2009 at 20:16
Caro(a)s, eu até evitei voltar aqui pq gosto muito dos artigos do Leandro Fortes.
Infelizmente, a retratação saiu pior que o original. Ele nao entendeu nada sobre o autismo. Nao entendeu que o que nos vemos como introspecção é só uma deficiencia em estabelecer a comunicação “nos nossos termos”.
Ele nao entendeu, que se todos, de jornalistas a governantes, tivessem um pouco mais de informação, essas crianças poderiam conviver em ambientes especialmente adaptados a elas e se desenvolver “naturalmente”.
Mas fazer o que? Quem comentou foi acusado de ser fascistoide. Uma pena.
Bola pra frente.
16/12/2009 at 21:59
Hombridade seria se houvesse reconhecido o erro na escrita, e não imputar aos outros o erro de interpretação.
O termo autismo foi usado de forma incorreta, porque não admitir isso?
16/12/2009 at 10:16
Leandro
Um belissimo texto o anterior, e os comentarios, 200 e poucos, mais sobre o uso da imagem/palavra autista, do que propriamente do texto.
O problema é a dor e o sacrificio com que esses pais lidam no seu dia a dia, e a luta por seus filhos.
A net tras cada reação que a gente não imaginava. E aprendemos mais um pouco.
16/12/2009 at 10:22
mais uma vez.. PARABENS…agora acho q esta mais q explicado
16/12/2009 at 21:47
Jerry Newport
Nasceu em 5 de Agosto de 1948 e foi diagnosticado com síndrome de Asperger em 1995.
Jerry Newport é conhecido pela sua capacidade de executar cálculos extremamente dificeis apenas pela sua cabeça. É licenciado em Matemática pela Universidade de Michigan, onde foi também um membro da Delta Chi Fraternidade.
Trabalha como free-lance accounting, participa em palestras sobre Autismo/Asperger pelos Estados Unidos e também escreve para revista Autism Asperger´s Digest Magazine.
É casado com Mary Newport que também tem Síndrome de Asperger. Escreveram juntos o livro “Autism-Asperger´s and sexuality puberty and beyond”. A vida dele é retratada no filme “Mozart and the Whale”.
16/12/2009 at 10:37
Caro Leandro,
Quero me solidarizar contigo. Conheço teu trabalho aqui e, principalmente, na Carta Capital. Sempre que passo por aqui leio o que você posta e não faço reparo a nada do que você publicou até agora. Fiquei assustado com as reações contrárias do post anterior. Diria até que fiquei com medo. Não aquele medo da Regina Duarte, mas medo do que está aí fora, nas ruas, que nunca mostra a sua real face, e aqui mostrou. Face da intolerância, do ódio cego, dos palavrões, da defesa da censura. Faltou pouco para se pedir a volta do pau-de-arara, dos choques elétricos, dos afogamentos, dos esquartejamentos de corpos, do lançamento das carcaças ao mar.
Li recentemente o excelente livro “O Filho Eterno”, de Cristovão Tezza, sobre seu filho que é portador da sindrome de down (será que posso falar a palavra?). É uma leitura que eu recomendo com entusiasmo a todos. Uma grande obra, merecidamente premiada ao longo do ano.
Eu sei o que é ter um parente com doença gravissima. Meu pai tem Alzheimer e já perdeu a lucidez. Procuro estreitar minha convivência com ele o mais que posso, procuro entendê-lo, procuro desculpá-lo por divergências que tivemos no passado, e peço também minhas desculpas por destemperos que eu cometi.
Não podemos, de forma alguma, nos afastarmos de uma postura humanista em relação às pessoas, principalmente aquelas que mais precisam, como os doentes, os abandonados, os desvalidos. Não pratico a caridade, porque não acredito. Procuro praticar a solidariedade, essa atitude que cria vínculos. E o que mais precisamos hoje é criar vínculos, estarmos perto das pessoas.
Não esmoreça em sua batalha. Continuo seu leitor.
Como jornalista, só posso te dizer uma coisa: as palavras não tem dono, são de todos.
16/12/2009 at 21:46
As palavras são de todos e tem força.
Devemos ter a maior responsabilidade possível em usá-las para não cairmos no risco de discriminar, diminuir, magoar, etc…
Principalmente por um jornalista, alguém que tem o dom da palavra, elas deveriam ser usadas com sabedoria.
O texto político é muito bom, mas na parte do autismo houve realmente um erro o qual até agora não se admitiu.
Houve descontrole sim, de ambos os lados que comentavam, não só dos pais de autistas e as suas dores. Mas, não esqueçam que há tb as alegrias.
Caro jornalista, o sr. não pensa que se todos os brasileiros defendessem e lutassem por seu país com a mesma galhardia e união que os pais de autistas lutam por seus filhos, nesse momento nós já não estaríamos longe de ter entre nós essa corja de Arruda, Collor e etc? E o seu bom texto com comentário infeliz nem teria razão de ser?
16/12/2009 at 21:50
Ludwing Wittgenstein – foi sugerido por Oliver Sack que ele teria traços de um autista “high-Functioning” de bom funcionamento. Era um filosofo.Teve dificuldade para desenvolver a fala começou a falar com quatro anos. E era considerado um idiota na infância. Sempre foi um péssimo estudante, mas tinha grandes habilidades mecânicas. Construiu uma máquina de costura com apenas 10 anos.
16/12/2009 at 21:57
Matthew Savage foi diagnosticado com autismo (Pervasive Developmental Disorder) quando tinha três anos de idade. Os pais começaram então a seguir o protocolo DAN. Matthew naquela época não suportava sons, mas com a “auditory integration Therapy” (terapia de integração auditiva) conseguiu superar este problema. Os pais de Mattew usaram a fascinação do menino por palavras e, exploram o seu lado visual, para estimular e complementar as atividades. Hoje, com 11anos, ele compõem música e tem um trio de jazz. ” The Matt Savage Trio” participa de festivais de Jazz e da concertos, sempre lotados, pelos EUA e Canadá. Já lançou três CDs e o dinheiro arrecadado com a venda foi doado para pesquisas sobre autismo. Matt continua com dificuldades de comportamento, fixação por certos assuntos, com dificuldade para se desligar deles. As vezes não compreende o que falam com ele ou compreende de maneira diferente.
16/12/2009 at 22:07
CARACTERÍSTICAS DO AUTISTA
Atualmente não há um teste médico que diagnostique definitivamente o autismo.
O diagnóstico é feito com base na observação das características do indivíduo, uma vez que a maioria das crianças começa a mostrar sintomas de autismo entre 18 a 24 meses.
Pesquisadores da Inglaterra desenvolveram um (screening) exame chamado CHAT “Checklist for Autism in Toddlers” que tem ajudado muito na avaliação e prognóstico de crianças que desenvolverão o espectro do autismo.
16/12/2009 at 11:50
Prezado Leandro,
Não se deixe levar pelas pedradas. Serão muitas e algumas certeiras.
No entanto, como disse o velho e sempre (quase) bom Mino Carta: “Não abuse das ironias, pois muitos não entenderão”.
Evidente está no texto o sentido conotativo dado a um dos significantes da palavra “autismo”.
Em nenhum momento, perpassou em minha leitura ao seu texto qualquer sentido denotativo ao real significado do mal (autismo) que acomete àquelas que dele sofrem, muito menos sentido pejorativo.
Todos sabemos de sua integridade e caráter. Esteja firme em suas convicções e que sua verve continue tocando fundo nas almas humanas.
Feliz Natal a você, família e colaboradores.
16/12/2009 at 21:53
Dra. Temple Grandin – Nasceu em 1947 e foi diagnosticada como autista aos dois anos. É PHD em Ciência Animal e professora da Universidade do Colorado. Grandin oferece várias palestras sobre autismo além de ter escrito alguns livros sobre a sua experiência como autista. Inventou a “Squeeze-Machine” (“Máquina do aperto”) para ajudá-la nas suas dificuldades sensoriais. No seu livro “Thinking in Picture” Grandin relata que a sua primeira língua foi visual e como esta experiência a ajudou profissionalmente. A Dra. Grandin diz que conseguiu sucesso graças às oportunidades de mentores na escola e o apoio da família, principalmente o da mãe. Sua mãe publicou um livro “A thorn in my pocket” sobre sua experiência de criar uma criança autista em um tempo que as mães eram consideradas culpadas pelo autismo dos filhos e suas crianças eram encaminhadas para uma instituição por não existir cura.
16/12/2009 at 13:12
Prezado Leandro,
Como baiano, tricolor e neurologista, gostaria de parabeniza-lo pela sua postura.
Torno-me ainda mais orgulhoso de ter como conterraneo um jornalista de sua grandeza.
ps. ainda aguardo sua materia sobre o Bahia e os cartolas+Opportunity.
Cordiais saudacoes.
Guilherme
16/12/2009 at 13:16
Leandro,sempre elegante…
Parabéns e um super natal e 2010:liiiiindo!
16/12/2009 at 21:54
Bill Gates – (citado no livro “Thinking in pictures” de Temple Grandin como tendo características autistas) é diretor da Microsoft e inventor do Windows. Nasceu em 1955 em Seattle (EUA). Gates se balança continuamente durante reuniões de negócios e em aviões (autistas fazem isso quando nervosos), não gosta de manter contato olho-aolho e tem pouca habilidade social. Não dá importância à sua aparência.
16/12/2009 at 13:41
Parabéns pela transparência destas suas palavras. Embora por motivos diferentes, e em menor escala, tive problemas com reações bastante parecidas com estas em meu blog. É incrível como uma interpretação equivocada pode quase acabar com qualquer possibilidade de diálogo. Um abraço. Alexandra.
17/12/2009 at 06:59
Menina, vi a confusão no seu blog (aliás, muito bom). Mas é assim mesmo, faz parte do ritmo democrático desse fenômeno maravilhoso de comunicação que é a internet. Há de se compreender a posição dos pais.
Forte abraço.
16/12/2009 at 14:48
Com todo o respeito pelos que tem familiares autistas (eu não tenho), eu pergunto: será que todos os que reclamaram estão de fato expondo seu sentimento ou ALGUNS deles simplesmente se aproveitaram para criticar o Leando – mentindo simplesmente?
Não sei o que sentiria se tivesse um filho autista, mas não achei que o texto trouxesse qualquer conotação negativa aos autistas. Mas, como o Leandro, não posso avaliar os sentimentos alheios.
16/12/2009 at 22:00
lbert Einstein – Nasceu na Alemanha em 1879 e tinha a Síndrome de Asperger.(Tipo leve de autismo) Foi um grande cientista e desenvolveu as duas teorias da relatividade (a restrita e a geral). Einstein só falou aos três anos e repetia frases para ele mesmo até os sete anos de idade. Nunca foi considerado um gênio na infância, aliás, tinha algumas dificuldades: preferia brincar sozinho não se socializava bem. Apesar de ser tranqüilo tinha rompantes de insatisfação.
Foi casado duas vezes e teve dois filhos no primeiro casamento. Em 1922, recebeu o prêmio Nobel de Física. Em 1933, temendo os nazistas por ser judeu, mudou-se para os Estados Unidos, onde se tornou cidadão americano em 1940. Foi professor da Universidade de Princeton. Seus alunos tinham dificuldades de acompanhar suas classes (segundo Temple Grandin por que ele pensava visualmente e os outros não o acompanhavam). Morreu em 1955 de um ataque cardíaco. Foi eleito pela Revista Times Magazine como personalidade do século pelo seu descobrimento. Frase:
“O único homem que está isento de erros, é aquele que não arrisca acertar”.
16/12/2009 at 15:08
Parabéns, Leandro por mais um texto brilhante que respondeu com bastante perspicácia e educação os comentários, em sua maioria, grosseiros e desarrazoados.
Parece que todo mundo que leu o texto anterior preferiu interpretá-lo da pior forma possível. Mas esse é um preço que se paga por novos leitores. E o pior, os novos leitores se destrambelham a falar várias coisas sem ao menos ver o conjunto da obra.
16/12/2009 at 16:15
Nós temos muitas metáforas crueis embutidas no discurso ordinário de cada dia. Já pensou donde veio o verbo judiar, judiação, p.ex.? Porque tamanha judiação — está até na grande música do Gonzagão. Eu nunca consegui entender se ser judiado era ser tratado (mal)com se você fosse um judeu sofrido (o que implicaria uma certa simpatia) ou tratar outros (mal) como você fosse judeu (malvado) (o que é preconceituoso).
Falando de loucura e doidos e tal, nós diminuimos o sofrimento de pessoas com trantornos mentais. Autismo tambem desperta um certo medo que nos leva ao preconceito sem pensar. Conseguimos um certo alívio quando menosprezamos e sacaneamos o terrível e impensável sofrimento de outros.
Bem, achou que o Sr. acertou: devidas desculpas aos pais de crianças autistas, levantando um assunto de verdadeiro interesse social (eu trabalhava como crianças sofrendo disso no passado e posso testemunhar), e sem desculpa nenhum ao governador … o qual podia, sem preconceito, ser comparado a alguem que acabou de bater em parede correndo 120 kph e fica num estado de choque. Ou que seja.
16/12/2009 at 16:26
o esclarecimento é, certamente, sincero. além disso, ninguém duvida que fortes seja um dos grandes jornalistas do país. mas o enorme post tentando justificar o injustificável e seu término com o tal “mesmo os mais alterados” é um interessante exemplo de um comportamento típico desta profissão: a falta de humildade para admitir erros. o testo todo poderia ser substituído por “desculpem, errei”. mas não, nossos jornalistas, mesmo no caso do ótimo fortes, NUNCA erram. aí complica, realmente…
16/12/2009 at 16:34
Não sei de onde você tirou essa idéia, aliás, um preconceito em si, de que jornalistas não erram. É uma idealização tola e fantasiosa usada, isso sim, para desqualificar uma atividade intelectual importantíssima do processo civilizatório. Erro, e muito. E aprendo um bocado com meus erros.
Forte abraço.
16/12/2009 at 23:26
Caro Sr. Leandro, li seu novo artigo, e me coloco no lugar daquele pai ou mãe que ultrapassou a linha do bom senso, perdi a paciência com alguns dos seus leitores e peço desculpas.
Como peço desculpas ao senhor que citei, sem ao menos conhecer, nunca li nada seu como não leio seus artigos. Desculpe-me pela ofensa, em momento exarcebado. E também aos seus leitores.
Mas lendo o seu texto sabe que pensei o que é ser mentalmente saudavel?
A linha que separa a normalidade mental da perda dela é muito tênue.
Vou lhe contar uma pequena história triste, tenho um primo que fazia faculdade, rapaz saudável, mas que sofreu um acidente de carro, e perdeu totalmente a noção da realidade, por causa de uma hemorragia cerebral, ele esquece as pessoas, foge, minha tia tem vigiá-lo, sempre, e ele não é autista. Uma fatalidade externa o fez perder a dita normalidade mental.
Nenhum de nós está livre dela. Ok…
Mas posso ser sincera com o Senhor eu dispenso sua solidariedade.
Paz e luz
Liê mãe de um rapaz autista,
17/12/2009 at 17:20
“Não sei de onde você tirou essa idéia” – tirei de respostas atravessadas como a sua, tanto às críticas ao post anterior quanto ao meu comentário. difícil ficar mais clara a situação: jornalistas têm enorme dificuldade em admitir seus erros, como você acabou de comprovar.
16/12/2009 at 17:25
Fez ótimo em aceitar a sugestão da Rita, porém acho que o desafio que ela propôs vai ser mais difícil, pois a primeira coisa que vem à mente das pessoas quando ouvem “autismo” adivinhe o que é? Porém dá pra perceber que as pessoas em geral assumem apenas a causa que é de seu interesse, vide uso da palavra “denegrir” ao se referir à forma aparente em que o texto trata os autistas. Imagine agora, autista e negro, o que será desse cidadão nessa nossa sociedade? Bem essa discussão parece não ter fim, mas por fim o texto ficou ótimo ao se referir à fase autista de Arruda, essa é a forma de autodefesa que lhe resta, assim como um autista o faz por sua sobrevivência.
16/12/2009 at 21:18
Orahcio,
a palavra “denegrir” já está tão arraigada no discurso do dia-a-dia que nem percebi isso que vc falou quando usei. É esse mesmo caminho que a palavra autismo vai seguindo, infelizmente. Obrigada pelo alerta. E a causa em questão no seu comentário é sim de meu interesse. Mas eu sou humana, erro também.
Abraços!
Rita.
17/12/2009 at 13:18
Acabei respondendo ao Gabriel Gustavo, leia logo abaixo. Obrigado.
16/12/2009 at 22:09
São três as áreas de preocupação:
1) INTERAÇÃO SOCIAL: Uma pessoa com o espectro de autismo poderá não usar ou não compreender a comunicação verbal, ou não desenvolver interações sociais que sejam apropriadas para a sua idade. Normalmente pode-se notar a falta de emoção recíproca (você sorri para eles, mas eles não sorriem para você). Adultos autistas podem parecer afastados e indiferentes aos outros, alguns aparentam estar presos no seu próprio mundo.
2) COMUNICAÇÃO: Há um atraso significativo ou a ausência do desenvolvimento da língua. Um autista pode ter dificuldades em iniciar e/ou sustentar uma conversa, ou então poderá usar a fala de maneira repetitiva, sempre sobre o mesmo tópico sem parar (over and over).
3) COMPORTAMENTO: Restrito, repetitivo, e estereotipado. O autista pode ter uma grande preocupação com um assunto ou interesse ou ficar apáticos, enquanto outros mantém uma rotina. Em crianças pode-se encontrar a falta de imaginação ou brincadeiras sociais. Repetições motoras como bater as mãos, rodar objetos, movimentos repetitivos com o corpo são alguns sinais comuns.
17/12/2009 at 13:17
Oi Rita,
Não a de quê. Ainda bem que temos pessoas com essa preocupação histórica com o emprego das palavras. Até porque o simples ato de praticar a escrita levando em consideração esses “pormenores” faz o texto fluir pra quem está lendo como uma música.
Um forte abraço.
16/12/2009 at 18:13
Sou negro e já me senti muito mal quando associam as palavras “negro” ou “preto” a algo ruim, como “fulano vive um momento negro de sua vida” ou “a coisa está ficando preta”.
Mas fico muito mais chateado quando afirmam “o ladrão era negro…”. Nunca dizem: “Arruda, um branco, é chefe da quadrilha do mensalão do DEM”. Se Arruda fosse negro, não faltaria quem não vacilasse: “Arruda, único governador negro da história do DF, é o chefe da quadrilha”.
Obviamente não seria seu caso, Leandro, mas você sabe que existe quem gosta disso.
Entendo e até aceito a associação das palavras para exemplificar uma situação. Foi isso que Leandro fez.
Penso que a reclamação dos pais de autistas seria justa se o autismo tivesse sido usado como sinônimo de ladrão. Não foi. Ele explicou: no sentindo do comportamento introspectivo.
Penso que está claro. Mas entendo até a incompreensão dos pais.
Parabéns, Leandro, pela honestidade como enfrentou esta e outras polêmicas.
E viva a nossa blogosfera!
16/12/2009 at 19:15
O Jornalista Leandro Fortes provou mais uma vez ser o Jornalista.
E agora? Onde estão eles, os que ficaram irados e malcriados?
Ou será que queriam apenas esconder o tema central do post em questão?
17/12/2009 at 19:05
Carlos, eles voltaram (parecem os zumbis do filme do George Romero). Nunca falaram uma palavra sobre política, nunca deram uma contribuição ao debate político. Só sairão daqui quando não falarmos mais no assunto, não citgarmos mais aquela palavra proibida da qual eles são donos. Tenho medo de pensar como essas pessoas votam. Pior que o voto delas vale o mesmo que o meu e o seu. Coisas da democracia, que ainda é o melhor regime, apesar dos pesares. Mas que alguns têm saudades da “ditabranda”, isso têm. E já vou me preparar porque vão xingar minha santa mãezinha, que não tem nada a ver com a história.
20/12/2009 at 20:26
Cara, vc é a prova do ditado, que a ignorância é uma dádiva. Politica e economia eu comento todos os dias.
Mas isso não me torna um “zumbi”. Se vcs tivessem ideia das besteiras que estao dizendo.
Leia os comentários do Gabriel Gustavo e parem pra pensar/ler um pouco.
29/12/2009 at 11:59
Obrigado FsCosta por sua referência a mim,fico comovido. Mas eu não polemizo com personagens do filme do Romero (é uma discussão que não leva a nada, e eu preservo minhas energias). Faça comentários sobre o artigo do Santayana, desta semana, aí nós conversaremos sobre esse tema importante, que é a desistência de Aécio em ser candidato a Presidência da República. Mas com certeza você não virá aqui falar sobre o Aécio.
16/12/2009 at 20:02
Olá Rodrigo
Sempre dou uma olhada no seu blog.
Sempre gostei do seu ponto de vista. Agora ganhou meu respeito por mostrar uma sensibilidade fora do comum nos dias atuais.
Quando li não percebi preconceito. Entendi como uma analogia ao alheamento dos fatos pelo Arruda, numa tentativa premeditada de encobrir a verdade.
De qualquer forma parabéns pela sensibilidade e pedir tolerância aos afetados pela seu comentário.
Saudação, Sérgio.
16/12/2009 at 20:47
Eu portadora de depressão bi polar , mulata , filha de negro e branca origem Italia do norte, tb casada com filho de alemães arianos , conheço o termo quando usado preconceituosamente.
E o senhor aproveitou da ocasião e meteu o termo lá pois chamava a atenção.
É a doença da moda.
Sobre sua atividade profissional nao posso falar pois não conheço o seu trabalho.
O senhor não tem noção do amor que o autista desperta na familia.
O meu autista loiro de olhos verdes fala que nem um papagaio.É arteiro demais e te digo sem auxilio de meu marido seria muito dificil criá-lo
O termo que o senhor usou para chamar atenção sobre o seu texto foi de tremendo mau gosto.
já reconhecido.
obrigada.
mas o senhor acredito eu teria capacidade de chamar atenção sem usar o termo autismo.
uma pessoa que foi a vida toda discriminada pela cor , pela doença etç, não faça isso , pois magoa muito , e leva muitos ao choro compulsivo.
foi DEUS que nos escolheu para termos serzinhos autistas , como poucos se defendem, os pais falam por eles.
nereida serra de souza peters
16/12/2009 at 21:02
Leandro,
obrigada por finalmente responder =)
A reação dos pais não é, como você disse, “fruto de um desequilíbrio emocional altamente justificável, por oriundo de uma vida regulada pela rotina, certamente sofrida, de cuidar de um filho autista”, é sim fruto de uma revolta por ver mais uma vez o autismo sendo descrito, ainda que para fazer uma analogia, de forma muito equivocada. O maior problema em se ter um filho autista não é o trabalho que se tem ou a rotina diferente, muito pelo contrário, muitas famílias levam uma vida leve e muito divertida exatamente por terem que conviver com pessoas autistas. Ainda que seja uma leveza intensa e cheia de surpresas rsrsrs. O maior problema, Leandro, é a noção equivocada que se tem do autismo. “Não olha nos olhos”, “segue rotina de forma quase robótica”, “vive em um mundo impenetrável”, “não tem criatividade” “cria um mundo próprio” e por aí vai… isso dá um problemão na vida das pessoas. Eu entendi muito bem a analogia que você fez e foi exatamente por entender que me pronunciei. O seu texto traz sim uma visão equivocada sobre o que é o autismo, faz analogias sem sentido que só ajudam a perpetuar equívocos. Ok. Eu não entendi se o desafio que eu propus foi aceito… Na sua resposta, fica claro que você pensa que não houve erro no uso da palavra, mas sim na interpretação do texto, portanto, não há pedido de desculpa ou coisa do tipo, posição firme, caminho escolhido, entendi. O desafio ainda está lançado, não precisa ser agora, nem na próxima semana, mas desafio é desafio e uma proposta precisa de resposta. Agradeço a consideração que teve comigo no post.
Forte abraço!
Rita.
16/12/2009 at 21:07
Meus sinceros votos de solidariedade. Entendi como se sentiu ao usar inapropriadamente uma metáfora e virar refém da “meta do poeta”. Abraços fraternos, Marco
16/12/2009 at 22:36
Albert Einstein físico
Vincent Van Gogh pintor
Steven Spielberg realizador
Leonardo Da Vinci pintor
Charles Darwin naturalista
Isaac Newton físico
Sócrates filósofo
Miguel Ângelo pintor
Andy Warhol pintor
Bill Gates fundador da Microsoft
Não há certezas quanto a todos, mas foram encontradas evidências de Asperger(tipo leve de autismo) nestas dez personalidades
16/12/2009 at 21:17
Leandro
Li o texto logo que publicado no blog (sou teu leitor assíduo). Descreveste um comportamento usando uma analogia perfeitamente compreensível e correta. Conheço duas crianças autistas, filhos de amigos meus. Em nenhum momento associei os personagens do texto a essas crianças. A única associação que fiz foi com a governadora do meu Estado (RS), que em alguns momentos parece viver em outro mundo. E uma das mães indignadas referiu exatamente isto: que seu filho vive em um outro mundo. Esse o sentido da analogia. Faltou aos indignados a compreensão de que uma analogia não é uma identidade.
Abraço
Adroaldo
P.S. Blogueiro sofre…
Blogueiro sofre…
16/12/2009 at 21:23
“blogueiro sofre, blogueiro sofre”
kkkkkkkkkk
leitor de blog também sofre e briga e sofre rsrsrs
quase não vejo bom humor por aqui.
16/12/2009 at 21:32
Senhor Leandro, metáfora de decepção.
Esta é a última vez que posto no seu blog e sei que cumpri meu papel de mãe e mãe especial, condição que me foi presenteada por Deus.
O Sr. se mostrou exatamente igual aos que o Sr. questiona e alguns leitores demonstraram que estavam apenas se divertindo contrapondo, outros ainda não entenderam nada do que estávamos falando ou estavam fazendo de conta. Acho que vocês se merecem.
Meu filho (12 anos) tem síndrome de asperger, grau mais leve do autismo e quis saber o que eu e minha filha estávamos falando. Deixamos que ele lesse e ele vai te dar um recado. Ele é nota 10 de português e não vive nem um pouco recluido, vai para a Escola, joga futebol na rua, vive neste mundo e é bom caráter.
Filho: eu sou autista e não escondo dinheiro na meia e não sou tão melancólico.
Ass:Paulo
16/12/2009 at 21:49
Sr. Leandro,
Concordo com a Rita, não há retratação em seu texto.
Aguardamos
17/12/2009 at 18:50
Nenhum esclarecimento, nenhuma demonstração de respeito e solidariedade, nenhum convite à racionalidade basta. Nada menos que a vitória, por direito divino!
Mundo louco esse da internet.
Um post sobre política, no blog de um jornalista político, acaba sendo seqüestrado por um grupo de auto-ajuda que não resiste, a vida não é fácil, à tentação de se comportar como um típico bando de linchadores.
Qualquer inimigo externo está valendo. Forçar a barra não é problema. O que importa é cobrar a dívida, aplacar a fúria, fazer um estrago. Feel the power!
17/12/2009 at 21:46
Retratar-se do quê?
20/12/2009 at 20:30
Caros,
Eles não entendem, eles não entendem. Desisto.
Mas imagino como deve ser difícil pra vcs (pais de filhos autistas).
Putz, estou abismado com tudo isso, sinceramente…
20/12/2009 at 21:06
eu já falei que isto está um exagero,sou mulata portadora de depressão bipolar, mãe branca , pai negro,
sou casado com filho de alemães arianos e meus filhos são brancos e um é loiro, imagina o senhor como fui discriminada a vida toda .tenho 49 anos
parece que elas ou eles querem estravazar a raiva em cima de um individuo.
meu filho autista tem 7 anos , se chama rolf.
ele errou , mas senão me engano ele já pediu desculpas mas não adianta , acharam um judas….
16/12/2009 at 21:53
Ao senhor Leandro Fortes e somente a ele, sem seus leais leitores criadores de caso. A sua “tentativa” de esclarecer a situação só mostrou o óbio: Você não tem a menor noção do que é autismo. Só pela imagem postada já mostra o que a maioria pensam: Eles vivem em um mundo só deles. Comece a pesquisar direito e verá que sua visão que já estvava errada continua errada e com todo respeito está parada no tempo. Não venha com aquela história de que fez, porque fez.
Sobre os pais estarem emocionalmente descontrolados, foi a prova final de falta de maturidade de sua parte. Não tente consertar mais nada pois acredite: A emenda foi pior que o soneto.
Se gastasse um tempo dos seus 23 anos de jornalista, como você mesmo diz para conhecer esses pais maravilhosos nunca teria dito essa atrocidade, afinal é o que seu texto verdadeiramente significa. Espero que consiga conviver com sua consciência e enfim encerro minha discussão aqui. Mas lembre-se:
DEUS DÁ FILHOS ESPECIAIS A PAIS ESPECIAIS
17/12/2009 at 14:33
Rita, me perdoe, mas não vejo aqui “criadores de caso”. Vejo cidadãos, alguns até equivocadamente, a meu ver, é logico, dando sua opinião sobre um assunto que revolveu sentimentos muito fortes. É claro que deve ter um e outro que entra aqui só para estragar o bom debate, mas generalizar é ruim.
Abraços fraternos.
18/12/2009 at 10:48
Não sou Rita apesar de concordar com o texto dela. Só acho que ele tem que parar de se esconder, é só fazer algo que causa polêmica que ele para de postar no próprio blog.
18/12/2009 at 18:46
Raquel, eu me referi a você mesma. Errei ao citar Rita, mas é para você. Mas entendo a ira sua e a de muitos, embora não concorde. Como disse num post bem abaixo, creio que o Leandro está ocupando com seus afazeres de repórter especial da Carta Capital e por isso não deve ter tempo para vir aqui responder a você, Rita e outros. Mas pelo tom, em vezes muito desrespeitoso seu e de outros, acredito que não haveria disposição para tanto. Pelo que conheço da postura do Leandro (vejam bem, nem o conheço pessoalmente, nunca falei com ele; me baseiou no que leio dele e da história que conheço) é possível que não fuja do debate.
Abraços fraternos
21/12/2009 at 14:03
Assim espero que ele apareça.
16/12/2009 at 22:11
Thomas Jefferson – Mencionado no livro Diagnosing Jefferson, de Norm Ledgin, como tendo possívelmente Síndrome de Asperger,(tipo leve de autismo)
foi presidente dos Estados Unidos de 1800 a 1808. Nasceu em 1743 na Virgínia (EUA). Formou-se em Direito. Em 1776 redigiu a Declaração da Independência. Foi vice-presidente e, em 1800, eleito presidente e re-eleito novamente em 1804. Casou-se e teve filhos. Morreu em 1826. Algumas de suas frases:
“Quando nervoso, conte ate dez antes de falar; Se você estiver muito nervoso, até cem.”
(Thomas Jefferson para Thomas Jefferson Smith, 21de fevereiro de 1825)
“Os dois princípios a que nossa conduta com os índios deve ser fundada são a justiça e o medo. Depois do sofrimento que causamos a eles, não conseguem nos amar…” (Thomas Jefferson para Benjamin Hawkins, 13 de agosto de 1786)
“Nossa liberdade depende da liberdade de imprensa, e não se pode ter limitações sem se perder”
16/12/2009 at 22:22
Leandro, eu desisto de ti!…
Assim como nós entendemos o teu texto, tu entendestes a nossa indignação.
É claro que tu estás dando a tua contribuição pra vida das pessoas autistas, pena que seja deste modo, ajudando a construir uma imagem errada…
Cansei! Desisto…E lamento.
16/12/2009 at 22:35
Prezado Leandro,
Leio o seu blogue muito eventualmente.
A partir de agora acho que o acompanharei um pouco mais de perto.
Li o texto sobre o “autismo” do Arruda a partir de um “link” num comentário dentro do blogue do Nassif.
Ao ler o texto acima resolvi lhe escrever esse depoimento.
Tenho 62 anos de idade e sou pai de um rapaz de 37 diagnosticado desde os 3 anos com autista.
Meu filho – e conheço pessoalmente uma tricentena de autistas – conseguiu algum contato real com o mundo (me recuso a aceitar como autistas alguns indivíduos assim tratados pela mídia, com a qualificação “autistas de grande desempenho) e tem escolaridade regular até o nível médio.No entanto, continua sendo um autista no sentido estabelecido pela OMS a partir de relatos de especialistas.
Mas, o que quero dizer aqui é que, conhecendo tão de perto o que é um autista, concordo plenamente com a analogia que foi feita sobre o Sr.Arruda, tanto quanto ao Sr. Collor de Melo quando perdeu o seu mandato de Presidente da República.
Essas pessoas, como você deixou bem claro no texto em questão, passaram a ter “comportamentos autísticos”, ou seja, desligaram-se do mundo real e criaram um mundo próprio, talvez (não sou psicólogo ou psiquiatra) até mesmo comouma defesa inconsciente para manter a sanidade.
Portanto, àqueles pais de filhos autistas que reclamaram do uso que você fez dessa analogia eu só tenho um recado: prestem um pouco mais de atenção a eles e se dispam do preconceito e do sentimento de culpa que sentem por ter um filho “defeituoso” (no senso comum de ser diferente dos demais).
16/12/2009 at 23:34
camarada,
de certas pessoas, é um elogio ser criticado.
22/12/2009 at 11:01
Caro Filipe, nós, familiares e profissionais que trabalham diretamente com autistas, agradecemos a sua crítica, ficamos realmente lisonjeados.
16/12/2009 at 23:51
Leandro Fortes
Somos pais de uma menina autista.
Em nada nos ofendeu o uso que você fez do termo “autismo” no post sobre arruda. Aliás muito bom, como tudo que sai de sua caneta.
Somos sim é gratos, pelo excelente jornalismo que pratica, que nos informa, sem custo algum, sobre temas que a grande mídia evita, quando não distorce.
Sentimos muito pelas agressões que sofreu, ainda que estas sejam até fáceis de suportar.
Pela coragem com que, em suas matérias, você tem enfrentado bandidos poderosos, tememos, e pedimos a Deus, que te livre de agressões que ultrapassem os limites da palavra.
Forte abraço
Ana e Gerson.
16/12/2009 at 23:51
O Gabriel isso se chama Flood…já deu o seu recado, se manca
20/12/2009 at 20:37
Nao tem argumentos melhores? Flood é o melhor que vc pode fazer?
Eu estou aqui só pra ler os comentário do Gabriel Gustavo.
Alias Gabriel Gustavo, vou usa-los no meu blog, ok?
Acredito que vc nao vai se incomodar.
17/12/2009 at 04:53
Sei que meu mundo não é complexo e fechado como todos pensam.Pelo contrario é aberto, sem dissimulação e mentiras, tão ingenuamente exostas aos demais que é dificil penetrar nele. Mas preciso de sua ajuda e seu amor para crescer cada dia mais e sentir que posso muito mais.
Gabriel/autista 21 anos
17/12/2009 at 12:46
Parabéns Gabriel,
Pelo menos alguém realmente está ensinando o que é autismo. O problema é que muitos se recusam a aprender. Continue assim ^^
17/12/2009 at 07:56
Prezado Leandro,
pra quem lhe conhece da Carta Capital e sabe da sua luta diaria contra preconceitos, este texto é desnecessario. Para acalmar estes que nao entenderam o texto, sugiro que troquemos o titulo: em vez de fase do autismo, substitua para fase do avestruz que ,reza a lenda, costuma enfiar a cabeça em um buraco pra nao ver o perigo iminente. Agora, espero que a sociedade protetora dos animais nao me crucifique por isto. Ps: esta ironia é um recado para aqueles de leitura superficial.
17/12/2009 at 08:19
No inicio estava chocada, triste, agora estou decepcionada, um pai com filhos e enteados mentalmente saudáveis, não entenderia mesmo!
Para entender teria que ter sentimento, amor!
Pessoas como o sr. jornalista e quem os defende não sabe o que é isso!
17/12/2009 at 09:00
senhor Leandro se assim posso me expressar…vi comentarios nesse blog de pais que tentou te ajudar enteender o que é autismo e simplesmente foi ignorados, vi comentarios de admiradores seu que muito me chocou um deles disse ter o pai com Alzheimer e pensei talvez na proxima comparação sua deveria por de “homenagem a ele” o tema Arruda na fase de Alzheimer, assim se o paizinho dele estive-se no lugar de nossos filhos ficaria mais facil pra ele entender!,desde ja deicho claro que ta longe de mim fazer tal comparação que ofende e decrine a imagem de pessoas que ja tem uma vida um tanto complicada,a você um dia pedi retratação e esperei por ela! e fui muito educada!,mas hoje não quero seu pedido de desculpas não quero sua solidaridade e confesso que o erro foi todo meu!pois é! fico perdendo tempo lendo porcarias!.
17/12/2009 at 19:20
Fui eu que falei que meu pai tem Mal de Alzheimer. Sofro muito com isso e não transfiro esse problema para ninguém. Não tente usar meu pai em sua campanha. Ele não tem nada a ver com essa história. Sou educado com você, seja educado comigo. Releia o que eu escrevi para entender o que eu escrevi. Não manipule minhas palavras. Não chame meu pai pelo diminutivo. Guarde essa ironia pobre e desnecessária para você. Não deixarei seus comentários sem respostas. Sempre educadas, mas firmes.
18/12/2009 at 10:49
Acho que este é exatamente o ponto: como manter uma conversa sobre um tema tão sério, para todos os envolvidos, de forma civilizada (e não como uma gangue).
Já comentei isto no outro post: a procura dos pais/parentes não é em encerrar o preconceito que toma conta do nosso quotidiano: autista, esquizofrênico, viado, crioulo, lora (burra).
É provar que só um lado tem a razão. E para isto, vale ridicularizar, xingar, menosprezar (ou ironizar) a doença enfretada por outros – primeiro foi com o alcoolismo, agora é com o mal de Alzheimer. Acaba-se o diálogo, iniciam-se os combates.
Citando o próprio Leandro, “a crença de que as dificuldades formam o caráter, como se vê, não tem valor absoluto.”
O novo texto do Leandro não atendeu aos pais. Claro que não. Mesmo os supostos propositivos, como a Rita, não querem dialogar (pois o diálogo, como dito e repetido por muitos, envolvem duas ou mais vozes, é feito num ambiente cordial, aceitando-se o direito do outro em defender seus argumentos e, muitas vezes, em um compromisso onde os dois lados cedem).
Como na Santa Inquisição, não é almejado “apenas” corrigir o herege (autor): espera-se deste um expurgo total de suas idéias, a renúncia de sua fé, para a aceitação incondicional do padrão moral dos donos da verdade (aqui, pais/parentes). Não cabe a nós, o rebanho, discutir com aqueles que tem conhecimento dos caminhos (infelizmente tortuosos) da fé, experimentado diariamente pelos nossos pastores.
Sinceramente, creio que, embora educado, o Leandro foi indulgente com este tipo de comportamento.
17/12/2009 at 10:43
O autista (criança ou adulto) é, via de regra, uma pessoa ensimesmada, absorta em seu mundo interior. Foi esse, obviamente, o sentido que você quis dar ao texto. As reações contrárias são totalmente descabidas.
Achar que você está igualando um autista a um político corrupto é absoluta paranóia. Será que não poderemos mais dizer que “Fulano está louco” ou “essa atitude é paraóica”, etc, por risco de ofendermos alguém?
17/12/2009 at 12:44
Vá pesquisar e depois volte aqui ok?
17/12/2009 at 16:52
As pessoas se agarraram à menção do autismo e, com isso, se desviaram do principal, que era discutir a corrupção demo-tucana.
O fato de muitos tenham reagido ao texto do Leandro com ódio doentio, reações descabidas e até agressões fascistóides, mostra que essas pessoas é que estão precisando de tratamento psicológico… ou psiquiátrico.
17/12/2009 at 17:50
Hum… Não, não estou com ódio e estou muito bem obrigada.
20/12/2009 at 20:39
Cara, pelo menos leia sobre o autismo, pode ser nos comentários dos 2 posts mesmo.
Mas tem que LER.
17/12/2009 at 17:00
Caro jornalista,
se vc ler o q seu leitor Roberto escreveu (34) entendera o pq de tanto barulho por parte dos pais de autistas.
Autista NAO E, via de regra, uma pessoa absorta em seu mundo interior. O autista NAO E uma pessoa desconectada da realidade.
Mesmo q a sua proposta no texto politico tenha sido so ilustrar com o uso da palavra autismo, perpetua um mito incabivel na sociedade. E ai esta o problema, qq um le seu texto e qq um interpreta conforme a propria cultura, e por isso q temos q ter cuidado com as palavras escolhidas, nao por censura ou castracao da liberdade de expressao, mas pq escrever ao publico e um ato muito forte de comunicacao.
Para vc ter uma ideia dessa “desconexao com a realidade” q vcs atribuem ao autismo, meu filho de 4 anos autista ao ver os primeiros flocos de neve cair logo comentou “Santa is comming to town!” (para os criticos de plantao, nao e desconexao coma realidade esperar por Papai Noel aos 4 anos de idade na epoca de Natal); meu outro filho de 6 anos, tambem autista e q tem uma enorme dificuldade de comunicacao verbal quando eu expliquei q estamos de mudanca para o Brasil, no fim da nossa conversa ele foi ate sua mesa de desenho e com seus crayons e papel desenhou um papagaio, qual a desconexao com a realidade?
Eu espero q este seu texto tenha sido fruto de frustracao por um sentimento de ter sido mal interpretado e nao o reflexo de sua personalidade. Se for o primeiro caso, vc sentiu um milesimo do q e a vida de uma pessoa com autismo, frustracao por nao ter seus comportamentos corretamente interpretados e assim sao qualificados como pessoas desconectas da realidade.
Caso alguem conviva com uma pessoa com autismo e ainda afirme q essa pessoa e desconecta da realidade, urge q essa pessoa repense a maneira com q se relaciona com a pessoa com autismo.
Este mito tras consequencias desastrosas na vida de muitas pessoas com autismo pq alguns medicos, profissionais da area e alguns pais falam de seus filhos/pacientes com autismo e tomam decisoes por eles como se eles nao estivessem presentes na mesma sala, isso e uma atrocidade alimentada por esse uso descabivel da palavra autismo.
Marie
17/12/2009 at 11:47
Bom, sou mãe de uma menina com autismo, essa não é uma realidade fácil. Li o texto e tentei pensar como antes e depois do diagnostico da minha filha. Antes, minha ideia de autismo era exatamente a que você retratou no texto – a pessoa sozinha , introspectiva, alheia ao mundo ao seu redor, isolada e presa mas sem muros. Depois que uma neurologista me disse : Sua filha tem autismo, chore hoje e amanhã levante porque ela vai precisar de você o resto de vida. Eu fique perdida e não acreditei. Não acreditei porque os textos a que tive acesso me diziam que o autista é meio dono de um mutismo e de uma solidão extremas. Minha filha não é assim, então não é autista ??? É sim !! O Autismo tem muitas (só Deus sabe quantas) faces. Textos como o seu não são felizes porque exarcebam características do transtorno que são as maiores geradoras de preconceito e as que inibem as pessoas na busca da proximidade. Acho que daí vem o descontentamento de tantos pais. Mas mesmo com alguns passando dos limites do tolerável eu fiquei contente. Fico contente por ver que os pais de crianças com autismo não estão mais se escondendo e/ou escondendo seus filhos. É um movimento de abertura que se inicia. Só precisamos dosar as palavras e de mais tolerância com aqueles que não tem o autismo como uma realidade próxima, mas como termo/realidade de dicionário, temos que ser didáticos. Creio que o Senhor errou no tom em seu artigo anterior, poderia ter sido um pouco mais cuidadoso na escolha de suas palavras.
17/12/2009 at 12:53
É, realmente você pisou na bola ao utilizar o termo Autista.
17/12/2009 at 12:55
Leandro,
O preconceito está em quem lê, é a própria imagem refletida no espelho.
O primeiro texto é ótimo, o segundo dará margem a novos textos com reparações, se a moda pega, a polícia blogueira estará sempre a postos.
Nao se preocupe, um cidadão com cultura mediana e limitada como a minha, entendeu perfeitamente sua intenção…
“Fortes” abraços.
17/12/2009 at 15:43
Leandro,
Aproveitando que o tema foi abordado, novamente indico, como fiz no comentário do post do Arruda, um blog de Autismo que desenvolvi com colegas do último ano de faculdade.
Fizemos uma reportagem integrada, com texto, áudio e vídeo contando histórias de pais que têm filhos autistas, mostrando a difícil trajetória de educá-los em centros especializados. Conheci pessoas fabulosas, como Matheus e são mãe, uma batalhadora que, sozinha, cuida de três filhos e ainda testa sua paciência com a dificuldade de Matheus proveniente do autismo.
Abraços!
17/12/2009 at 16:26
Autopiedade…
Porquê em mim!!!
Porque na minha Família…
Este são pensamentos mesquinhos que acompanham o ser humano durante a sua vida.
Não obstante estamos todos passiveis de sermos atingidos por qualquer tragédia.
Tem alguns de nós que já nascem em uma tragédia, abandonados a própria sorte, na ausência completa de qualquer cuidado, seja de berço, seja do estado ou qualquer outro que possa suprir suas necessidades ou falar em seu benefício.
Interessante é ver como a autopiedade se manifesta em pessoas que nao se conformam com a dureza da vida, tem gente que acha que as desgraças só acontecem com os outros e esta quando se m
17/12/2009 at 16:31
seguindo… manifesta perto de nós, daí falsamente conformados, acabamos por desferir improperios a qualquer um que ouse citar tal patologia, pois atinge direto… porque em mim, porque em um dos meus…
Isso sim é puro preconceito, só o homem no reino animal é dotado desta “qualidade” AUTOPIEDADE…
17/12/2009 at 18:08
Próximo advogado por favor.
17/12/2009 at 21:35
Na mosca!
18/12/2009 at 16:01
Para Flavio (post 39 e 40).
quando usamos frases/textos que nao nos pertence devemos informar a fonte de origem.
A frase “só o homem no reino animal é dotado desta “qualidade” AUTOPIEDADE…(filme: G. I. Jane com Demi Moore, qual é o nome do filme em portugues? )” se adaptou muito bem ao que vc escreveu. Deu aquele desfecho de ouro! Sinceramente Parabens! Infelizmente, a questao aqui nada tem a ver com autopiedade. Assim, vc errou longe! A questao aqui nao é esta. Infelizmente, creio que voce escreveu este seu comentario somente pra tentar justificar o injustificavel! E claro, tentar machucar os maes/pais de autistas para faze-los se calarem. Que pena Flavio, errou de novo! Nos pais/maes de autistas jamais nos calaremos! Nossa vida é nossos filhos/filhas.
Fora isto Flavio, os pais/maes de autistas que aqui estao “lutando” pelos filhos ja ultrapassaram a fase da dor. Ja ultrapassaram a fase de perguntas que nao tem respostas. Este tempo de “dor” é muito curto, porque nos maes/ pais temos muito que “aprender” para auxiliar os nossos filhos nesta caminhada. E nos nao temos tempo a perder pra ficar chorando. Aprender? Sim, aprender! Nos maes/pais viramos: fono, psicologas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, professoras (ABA, Sonrise, Floortime, Teach, entre outros), entre tantas outras atividades diarias. Nos estudamos muito! Muito mesmo!
Sorte e muitas felicidades sempre.
20/12/2009 at 09:13
Bom dia Sra. Ana Muniz, não gostaria de polarizar em uma discussão solitária, entretanto conheço esta cantilena de palavras mansas, com maciez de elogios, você me parece ser daquelas pessoas que bate e após sopra ou afaga e ao mesmo tempo crava as garras.
Vários autores, filósofos e psiquiatras citam esta qualidade que só o homem possui, se fosse uma monografia eu realmente deveria citar a fonte, como no caso é um simples post, acredito que não seja necessário, tenho para mim sim que você precisa ler mais, talvez somente filmes não lhe trarão para a dura realidade, sua tentativa de me desqualificar é o inicio do que descrevo a seguir.
Não tenho a intenção de machucar quem quer que seja, e não citei ninguém, apenas fiz um comentário, mesmo porque seria anti-democrático tentar calar a força e desfazer daqueles que já se encontram fragilizados, eu citei sim uma situação freqüente e se você entendeu que está na situação que descrevi em meu post, que bom, sinal que pode melhorar, é um bom começo, percebeu que a dificuldade (preconceito) está dentro e não em outros.
Quando eu falo, faço na primeira pessoa do singular, falo somente por mim, não possuo procuração para defender quem quer seja, opino com as idéias que ao longo do tempo amadureci dentro de mim, principalmente descobrindo que a vida é muito mais difícil do que alguns acham.
Ela é muito tênue e poucos sabem disso, só estamos aqui neste momento segurados por uma tênue linha, talvez por este motivo, quando nos tornamos Pais ou Mães e somente neste momento descobrimos o quanto é importante estarmos muito perto de nossos filhos, mesmo que eles demorem em entender isto, talvez quando eles se tornarem Pais também poderão entender.
Justificar o injustificável não! Procurar entender o impossível é o que você parece tentar fazer. Perguntas? Porquê tantos sentem fome, adoecem antes mesmo de nascer, o porquê alguns tem tanto e querem mais ainda e outros não tem nada e tentam tirar a dignidade, o porque na historia o homem sempre se comporta com mesquinhez, não todos, mas sempre aqueles que deveriam dar o exemplo. Poderia ficar aqui discorrendo mais desgraças, mas seria infindável, tamanha a capacidade de maldades.
Tem gente que acha que lamentar-se por ter de exercer varias tarefas as torna diferente dos outros mortais e aí esta o grande equivoco, pensar que o nosso fardo é mais pesado que o de outros é puro egoísmo, talvez você não possa imaginar o sem fim de desgraças que assola muitos brasileiros todos os dias, com sua arrogância quando diz ao jornalista que será o seu ultimo post como se isto possa fazer muita falta, isto é uma característica dos insubstituíveis.
Tem gente que sempre pensa que faz muito por alguma coisa, mas se fizesse mais por si mesmo estaria fazendo melhor, o final de seu texto é um amontoado de desculpas, tentando justificar toda a sua dedicação que é o que você deve fazer mesmo, dedicar-se muito, mas muito mesmo, porque seu filho precisa muito, mas não pense que isso a torna diferente dos outros pais, mães ou filhos, muitos também precisam de ajuda e a muitos está ajuda nunca chegará.
Viva bem sempre, apesar dos pesares…
17/12/2009 at 16:51
O ser humano anda tão fragilizado interiormente, aprisionado aos seus próprios conceitos auto-depreciativos, que qualquer evento a corroborar com estas suas “teses” próprias, logo encontra motivo para transformar em justo ao seu vitimismo. Pode ser um rótulo qualque e o ego ferido, naturalmente reagirá violentamente. Precisamos notar que este é o caminho de um ciclo vicioso difícil de ser liberado, pois a tendência e a repetição levem o indivíduo mais e mais para baixo.
Por favor, meus caros, ninguém é tão pouco que seja transformado em uma designação médica ou em um número de CID.
Lembra isto, uma entrevista com o psiquiatra Jorge Alberto da Costa e Silva que foi da OMS, onde dizque :
“Hoje em dia, se o indivíduo não tomar cuidado e passar desavisado pela porta de um psiquiatra, pode entrar numa categoria dessas mais de 500 designações para distúrbios mentais e sair de lá com um diagnóstico e um tratamento na mão. Até eu, se não me cuidar, acabo me enquadrando em quatro ou cinco casos. Às vezes atendo clientes que saem muito chateados porque eu digo que eles não têm nada.”
Vale a pena conferir em:
http://veja.abril.com.br/270601/entrevista.html
São os riscos de confundir MEU corpo e suas limitações com EU, a consciência na torre de comando (do corpo).
17/12/2009 at 18:06
Não precisamos de psicólogo não, aliás não precisamos de nada vindo de vocês. Só estamos tentando fazê-los entender que não se deve usar um diagnóstico nestes textos. Mas pelo visto nem soletrando.
17/12/2009 at 19:53
É a última vez que me pronuncio a respeito. Eu, sinceramente, esperava uma atitude mais corajosa, uma resposta com argumentos. Eu expliquei a forma como o discurso ajuda a construir um preconceito, tenho certeza absoluta de que fui entendida pelo autor do texto, tanto que não tive nenhuma resposta direta, nenhum argumento apresentado que contestasse o que eu disse. Eu lancei um desafio, fiz uma proposta que exigia coragem para ser rejeitada e também para ser aceita. O autor escolheu ignorá-la, isso não exige coragem. Seria necessário coragem para dizer “não, eu não vou tentar fazer um texto com analogias positivas sobre o autismo, eu vou continuar reforçando o que já está posto.” e apresentar argumentos que justificassem tal postura. Também seria necessário coragem para entrar em contato com o que é de fato o autismo, com o que é o mecanismo subversivo construído através de um discurso inteligente e construir um texto que fosse na contramão da mesmice. Sinceramente, Leandro, eu ainda prefiro a “falta de educação” de alguns pais e a minha. Prefiro a sinceridade emocionada, a forma aberta de falar, até mesmo desrespeitosa. O que eu não suporto é a diplomacia com a qual você ignora e ofende essas pessoas. Com todo o respeito, grande ironia este seu sobrenome. Faço minhas as palavras da Ana Sérgia.
Rita Louzeiro.
17/12/2009 at 21:41
Calma, Rita, o Leandro deve estar ocupado apurando alguma matéria para a CartaCapital.
Lembremos todos – e saibam os que desconhecem – que o Leandro é reporter especial da revista e, às vezes, está tão ocupado apurando e redigindo que mal dá tempo de passar por aqui. Ele já se desculpou por essa ausência há tempos atrás.
Tenho certeza, Rita, que quando ele tiver tempo vai ver a sua proposta e se pronunciar a respeito.
Acho sua proposta interessante e tenho certeza que se fosse afeita à editoria dele na revista, lhe renderia uma excelente pauta.
Tenha só um pouco de paciência.
Abraços fraternos.
17/12/2009 at 22:27
João, se ele assim o fizer, ficarei surpresa, pedirei desculpas e ficarei muito feliz por mais esse aprendizado. Até lá, não digo nem desdigo nada.
Abraços!!
19/12/2009 at 02:15
João,
Rita não é uma pessoa intelectualmente honesta. É uma lobista da causa (uso o termo de forma depreciativa); sua tese é uma só e repetitiva, descartando as alternativas de visões intectualmente mais sólidas e plausíveis.
Travestiu-se de moderadora entre pais e o articulista. Não tendo êxito na sua causa (assim pensa ela ao não subjugar o articulista) em prol daqueles que empreenderam a cruzada, passou a desqualificá-lo. O Leandro caiu na lábia daquela que parecia a mais articulada. Ela não é, trata-se de uma provocadora vocacionada para o extremismo, conduzindo o movimento de matilha.
19/12/2009 at 11:59
Caro Celso:
Percebi isso da Rita ao longo da leitura de suas intervenções aqui. A Rita mostra-se raivosa, indignada e sectária, num tom que a desmacara. Demonstra ainda que não está interessada no bom debate. Já saquei a da sujeita.
Mesmo assim muito obrigado pelo alerta.
Já havia até registrado num post anterior que é melhor mesmo Leandro não perder tempo com esse tipo de gente.
Fortes abraços
20/12/2009 at 20:45
Minha proposta:
“Vamos queima-la em praça publica. Pode ser?”
Tchau gente, não volto tão cedo aqui.
Sorte e paciência aos pais de autistas. Humildade aos jornalistas. Aos demais, estudem primeiro, depois comentem.
Gabriel vou usar seus posts com a devida citação, ok?
PS.: Vou continuar lendo o Leandro Fortes, pq exceto qdo erra feio e não assume o erro como agora, saca muito de politica e jornalismo investigativo.
Abraços,
17/12/2009 at 23:24
Leandro Fortes, espero que as pessoas, pais e mães, e aqueles que se pronunciaram educadamente, descubram logo o quanto um jornalista como você contribui com o seu trabalho para com a verdadeira democracia em nosso país. Espero que percebam o quanto é difícil viver sendo perseguido pelos poderosos porque tem a coragem de transgredir as regras do silêncio sobre as suas atitudes e desmandos.
Espero que você não se torne também, alvo permanente da ira dessas pessoas que se sentiram ofendidas. Penso que vc. se retratou e que temos, precisamos do teu esforço, do meu e o de todos eles para avançarmos alguns passos em direção à conquista da nossa liberdade nos meios de comunicação alternativos, da tv e dos rádios futuramente. Em direção a liberdade de dizer o que se pensa sem uma auto-censura que nos iniba a criatividade e a nossa peculiar ambiguidade. Senhores e senhoras façamos um acordo de cavalheiros e encerremos essa dicussão que já se torna estéril.
18/12/2009 at 03:49
Várias pessoas que convivem com autistas estão testemunhando aqui que os autistas NÃO estão desconectados da realidade. Bem, se é assim, o primeiro passo para mudar a visão da sociedade é não chamar mais essa condição de “autismo”, pois a própria palavra já tem uma etimologia que induz a ver o autista como um ser voltado para si mesmo.
18/12/2009 at 10:44
Este é o problema, acontece que a palavra autismo já era diagnóstico há mais tempo do que esta comparação. Também queremos um acordo, desde que respeitada o nome do diagnóstico
18/12/2009 at 16:04
Sr. Leandro,
Nas minhas primeiras mensagens ao Sr. eu questionei a sua capacidade como jornalista. Pra mim, o Sr. usou a palavra autista apenas para dar uma “melhorada” no seu texto, sem ao menos imaginar a repercussão que isto teria para os autistas e suas respectivas familias. Creio que isto aconteceu por pura ingenuidade! Creio sinceramente que isto não foi intencional. A principio, como disse antes, pensei na sua falta de capacidade em escrever sem utlizar “metaforas”. Fato que o Sr. mais tarde viria a me corrigir como “analogia comportamental”. Confesso Sr. Leandro, que ao ler seu ultimo post “Autismo” eu descobri que estava totalmente errada. O Sr. de fato possuiu a arte para trabalhar com as palavras. É um “conhecedor” de palavras. Parabens! E assim peço minhas sinceras desculpas. O Sr. Leandro de fato é um jornalista!
E isto Sr. Leandro me deixa mais revoltada! Mais triste! Porque sua arte para escrever deveria ser justamente utilizada para beneficiar aqueles que não tem voz. E isto não esta acontecendo. No seu ultimo post “Autismo” o Sr. se mostra uma pessoa muito inteligente. E um excelente “estrategista”. Inicia com a usual frase: “não tive intenção”, ataca sutilmente os pais/mães que foram mais exaltados em seu blog com a frase: “são fruto de um desequilíbrio emocional altamente justificável, por oriundo de uma vida regulada pela rotina, certamente sofrida, de cuidar de um filho autista”, continua tentando justificar o uso da palavra autismo como “analogia comportamental” e ainda completa: “quem não tem capacidade para entender isto, certamente não é capaz de entender muita coisa.” E termina educadamente com “sinceras solidariedades”!
Sr. Leandro, não precisamos de “solidariedades”. Precisamos de um novo texto! E o Sr. sabe disto!
Bom, Sr. Leandro, pra sua felicidade informo que esta tambem é a ultima vez que me pronuncio aqui. Antes de me retirar, gostaria que de pedir novamente uma reflexão de sua parte. Acredito sinceramente que esta “trombada” entre “Leandro Fortes” e “autismo” nao foi acidental. Assim como nada nesta vida acontece por acaso, eu sinceramente continuo acreditando que algo de “positivo” vai surgir de toda esta confusão. Ja disse antes, e torno a repetir: Errar é humano, repetir e persistir em um erro é pura burrice! (nao sei o autor). E claro, pra admitir um erro publicamente é preciso muito mais que coragem!
Feliz Natal!
20/12/2009 at 23:12
Então fica assim, o Serra não quer mostrar o quanto a sua semelhança física com o Arruda não é somente uma semelhança física, mas também semelhança psicológica e semelhança de hombridade e honestidade.
O Serra quer fazer de tudo para que ninguém discuta as suas relações mui íntimas com Arruda, o que se comprova vendo as ações comuns entre os governos de São Paulo e do Distrito Federal.
Será que esta polêmica que se extende aqui não cumpre este papel que o Zé Alagão escolheu?
Ou será que os polemistas que atacam o jornalista vivem na ilha imaginária e perdida para sempre de Lost?
18/12/2009 at 17:48
” o mundo que vos alegra não é o mesmo que me alegra”
Algumas pessoas tem dificuldade, de suportar seus designios.
Há uma carência de conhcimento, “preciso entender o porque de algo tão ruim aconteceu comigo”…
Não existe esta resposta, você estará condenado a buscar pelo resto de seus dias e nao encontrará um culpado para este infortúnio.
Então quando nao existe um “culpado” é porque o culpado deve ser você mesmo, é o raciocínio mais facil, equivocado e simplista…
Sendo assim se não conseguir desumcumbir nunca desta suposta “culpa”, jamais conseguira avançar, para poder viver melhor com o fardo que lhe foi entregue.
Mas ainda assim estará sempre pronto para uma guerra nao importando o motivo, você esta cego e apiedado de si mesmo…
20/12/2009 at 19:58
Vejo o Serra em 2010, morrendo com o seu proprio veneno. E digo mais ele não passa de um politico, oportunista que aproveita das desgraças, de pessoas que cruzam seu caminho, pois é assim que o vejo carregando suas baterias, que felizmente se esgotara nas eleições de 2010.
20/12/2009 at 20:55
Campanha para a eleição de 2010 – Autor(Eduardo Guimarães): Pela surra de Serra Leia mais… http://bit.ly/4IXShy
22/12/2009 at 07:17
do Dicionário Caldas Aulete:
(au.tis.mo)
sm.
1 Psiq. Estado mental patológico que leva a pessoa a fechar-se em seu próprio mundo, alheando-se, em grande medida, do mundo exterior.
Leandro, parabéns pelo seu trabalho HONESTO e DIGNO. Jornalista com J maiúsculo!
22/12/2009 at 07:49
Dicionário Michaelis:
au.tis.mo
sm Med Estado mental, caracterizado pela absorção em devaneios subjetivos e alheamento do mundo exterior.
(http://michaelis.uol.com.br/)
Dicionário On Line de Português:
autismo
s.m. Psiquiatria Traço mórbido da personalidade que se caracteriza pela tendência do indivíduo a ensimesmar-se, alheando-se do mundo exterior. (É um dos sintomas fundamentais da esquizofrenia.)
(http://www.dicio.com.br/)
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:
autismo
s. m.
Med. Estado mental caracterizado pela tendência a alhear-se do mundo exterior e ensimesmar-se.
(http://www.priberam.pt/dlpo/)
22/12/2009 at 12:56
Leandro;
Estou cansada da ditadura do politicamente correto. qualquer pessoa minimamente inteligente, incluídas as que usaram palavras desclassificadas para reclamar, sabem que vc não quis ofender ninguém. Excelente texto, excelente interpretação. Deixe o resto para lá.
22/12/2009 at 13:23
Leandro,
Se tantas pessoas bem intencionadas (nem tanto, em alguns casos) fossem capazes de expressar o mesmo grau de indignação contra o bombardeio diário de mentiras e meia verdades da mídia tradicional, certamente nós teríamos um país bem melhor.
Nilton
26/12/2009 at 14:02
Ô véi, dukrai, sensível e preciso, eu entendia o termo autista como metáfora, coisas de gente socada com poesia.
27/12/2009 at 21:15
O vergonhoso e sujo contexto político acaba ofuscado por esse tipo de angulação que as pessoas escolhem dar às coisas. Mas é isso ai, passou o Natal, os beneficiados com o esquema Arruda estão com as barrigas cheias de panetone e, no ano que vem, só o fôlego que sobrou dos movimentos sociais envolvidos no Fora Arruda e da OAB pode continuar nessa luta, já que os leitores de blogs estão mais ocupados em fiscalizar a linguagem a entendê-la.
02/01/2010 at 23:09
Caro Leandro,
Este conflito instaurado por pais de filhos autistas em vista desta sua crônica é, simplesmente, INADMISSÍVEL e, vou mais longe, RIDÍCULO, pois está claro que você usou a palavra “autismo” no sentido de dizer que, depois de publicamente e indefensavelmente desmoralizado, Roberto Arruda se ISOLOU socialmente, numa reação natural de quem perdeu toda e qualquer condição moral de se comunicar politicamente com seus pares e com o povo. SIMPLES ASSIM.
Quem não entendeu isto é intelectualmente limitado e/ou sofre de complexo de inferioridade pela situação de ter um filho autista, ou então, não se posiciona com humildade diante desta sua realidade de vida.
Falo isto com conhecimento de causa, pois sou portadora de sequela de poliomielite numa das pernas, ou seja, posso me incluir entre os deficientes físicos (e o faço com muita honra), embora não o seja na expressão literal da palavra, pois na verdade trata-se mais de uma deformação que não me limita em nada – mas que é visível e eu poderia, sim, ser complexada por causa disto e nutrir preconceito em relação a esta minha condição. Mas eu afirmo categoricamente: o preconceito está na cabeça dos outros e nunca do deficiente. Portanto, falo como deficiente físico, e como tal, vejo esse tipo de reação como comprovadora de complexo e, até mesmo, de preconceito desses pais em relação ao autismo, que deveria ser encarado com total naturalidade e aceitação.
Na verdade, são pessoas que não aceitam a condição do filho, que se revoltam por vivê-la, pois caso fosse diferente, Leandro, elas não reagiriam de forma agressiva e ofensiva com um jornalista que usou a palavra “autismo” em seu SENTIDO LATO (genérico), ou seja, não direcionado à pessoa com essa deficiência. Você a usou no sentido de se referir a um político que, em função de um flagrante indefensável de roubo, ficou sem condições de se comunicar e, por isso, “desligou-se da realidade exterior e criou, mentalmente, um mundo autônomo”para si, como fez o Collor de Mello, quando sofreu o impeachment – você, inclusive, citou o exemplo do Collor. SIMPLES ASSIM.
Provando o erro desses pais em condenar o uso da palavra “autismo” em seu sentido lato, seria a mesma situação, se você utilizasse, por exemplo, o termo “cegueira” para classificar a atitude de algum político que não tem visão clara de sua própria degeneração moral. Isto daria direito aos cegos e pais de cegos de o acusarem de estar desmerecendo e ofendendo esses deficientes físicos?
Claro que não, pois o vocábulo “cegueira” assim como o vocábulo “autismo” têm uma significação que pode ser adequada a outro contexto que não os das próprias doenças “cegueira” e “autismo”. É nessa hora que a gente percebe o quanto faz falta um bom conhecimento de Língua Portuguesa (na qual, coincidentemente, sou formada).
Por isso, digo, o erro (+ preconceito + complexo), neste caso, foi de quem, sendo pai de autista, interpretou, EQUIVOCADAMENTE, o uso da palavra “autismo” por você, e não de você por utilizá-la. Aliás, de forma BRILHANTE. Parabéns pela crônica! Como sempre, você se supera sempre em inteligência, competência, sensibilidade e profundidade analítica. É sempre um prazer imensurável ler você.
Convido-o, e aos seus leitores, para visitarem o meu blog de Literatura – Filosofia – Música: http://www.chacomletras.com.br
Abraço amigo,
Leila Brito
03/01/2010 at 00:58
Estou há mais de uma hora lendo os mais de 300 comentários sobre esse tema. Vou tentar dar minha contribuição, levando em conta que estou chegando no final do debate.
Há uma frase de que gosto muito: “Existe a minha verdade, a sua verdade e a verdadeira verdade, que é a de Deus”.
Vocês, pais e mães de autistas (com pouquíssimas exceções), se envolveram numa cruzada para defender que o termo autista não deve ser utilizado por jornalistas, políticos, etc, como analogia, metáfora nem nada parecido. Para vocês, o termo deve estar limitado ao uso médico já que qualquer outro uso contribui para a disseminação de certo preconceito e/ou certa dificuldade de aceitação dos autistas perante a sociedade, etc.
Tenham certeza de que muitos leitores se sensibilizaram com esse alerta. Muitos de nós que talvez usássemos o termo autista de forma distraída ou pejorativa passaremos a nos policiar mais. Ou seja, sua forma de encarar o assunto é totalmente legítima.
Entretanto, há opiniões diferentes das suas. Há pessoas que enxergam certo exagero na sua visão, ou melhor, não enxergam tanta gravidade no fato de usar o termo autista inserido numa conversa coloquial, entre amigos, ou até num texto jornalístico, como recurso linguístico. Também há os que até pensam ser inevitável o uso e abuso de certos termos que ao longo do tempo vão, enfim, ganhando diferentes conotações (já que a língua é viva e impossível de ser controlada).
Todas as visões devem ser respeitadas. Todas! Isso é democracia. Observei que isso não ocorreu aqui: houve exageros, ofensas pessoais, agressões. Sensibilidades foram feridas e isso prejudicou muito aquilo que seria um bom debate (ainda que distanciado do tema original). Perdeu-se muito tempo exigindo-se uma retratação (a la Falabella). Sugeriu-se até que o Leandro escrevesse um texto sobre o autismo! Vocês exigiam vencer a contenda. Mas que contenda?
Estamos no terreno das ideias, e nele não há vencedores. Todas as ideias postas nos ajudam a entender melhor qualquer assunto. E cada um de nós vai entender à sua maneira. A forma como cada um de nós vai juntar tudo o que leu com tudo o que já sabe é única e impossível de ser padronizada. A isso chamamos aprendizagem.
Não duvidem que todos que chegamos até aqui aprendemos sua lição. Vocês fizeram muito bem sua tarefa. Divulgaram, informaram, alertaram, sensibilizaram, educaram. E nós, leitores do Leandro, junto com ele, saímos com muito mais bagagem. Podem acreditar.
Só que numa próxima vez sugiro que, antes de procurarem a maldade ou preconceito de alguém em um ou outro uso de determinada palavra, procurem-nos no coração e na intenção daquele que a emite, e não na própria palavra.
Leandro Fortes tentou por duas vezes dizer que compreendia e respeitava seus argumentos, mas que não tinha tido a intenção de estabelecer nenhum preconceito nem disseminar nenhuma ideia falsa sobre o autismo e os autistas. É impossível não reconhecer esse fato.
Amorosamente,
Alexandre Anzilotti